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Cresce a participação de cooperativas
DA REPORTAGEM LOCAL
O número de cooperativas de
crédito -uma das opções mais
acessíveis para empresários que
buscam financiamento- não
tem aumentado. Contudo a atividade está longe da estagnação.
Enquanto elas permaneceram
em torno de 1.400 entidades nos
últimos anos, seu número de postos de atendimento cresceu.
Dados do Banco Central mostram
que passaram de 1.477, em 2000,
para 2.176, em agosto de 2005.
Esse incremento também pode
ser verificado no número de associados: subiu 43,3% no período.
"O aumento de postos de atendimento foi fundamental para a
expansão do acesso ao crédito",
avalia Éddi Yamamura, consultor
da Unidade de Acesso a Serviços
Financeiros do Sebrae nacional
(Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas).
De acordo com ele, essa ramificação foi possível em razão da diminuição de agências bancárias
em algumas cidades e das taxas
mais competitivas oferecidas pelas cooperativas de crédito.
Esse será um dos temas debatidos durante o Fórum Nacional -
Cooperativas de Crédito de Micro
e Pequenos Empreendedores, organizado pelo Sebrae e pelo Banco Central. O evento ocorrerá em
Brasília, de 15 a 17 de maio.
Além de mapear as barreiras e
indicar novos caminhos para as
cooperativas de crédito, a proposta das organizações é estimular a
formação desses negócios, especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que, juntas,
congregam 25% do total do país.
Recursos mais próximos
Apesar da relativa facilidade para se tornar um cooperado -hoje
é possível fazer parte como pessoa
física ou jurídica, desde que não
haja pendências financeiras-, os
recursos disponíveis estão atrelados à participação do associado.
"Os empréstimos são dez vezes
superiores ao total investido", explica o presidente da Cooperativa
de Crédito Mútuo de Franca e Região, Onofre de Paula Trajano.
"As taxas cobradas giram em torno de 2% ao mês, enquanto as dos
bancos podem passar de 3,5%."
De acordo com Trajano, a expectativa da associação é crescer
pelo menos 50% no próximo ano.
"Temos R$ 5 milhões disponíveis
para emprestar", complementa.
O doutor em finanças pela USP
(Universidade de São Paulo) Rafael Paschoarelli, contudo, ressalta: "É bom que o empresário tenha um planejamento prévio para
a empresa. É muito difícil conseguir nas cooperativas um financiamento "de hoje para amanhã'".
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