São Paulo, domingo, 07 de maio de 2006


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Cresce a participação de cooperativas

DA REPORTAGEM LOCAL

O número de cooperativas de crédito -uma das opções mais acessíveis para empresários que buscam financiamento- não tem aumentado. Contudo a atividade está longe da estagnação.
Enquanto elas permaneceram em torno de 1.400 entidades nos últimos anos, seu número de postos de atendimento cresceu. Dados do Banco Central mostram que passaram de 1.477, em 2000, para 2.176, em agosto de 2005.
Esse incremento também pode ser verificado no número de associados: subiu 43,3% no período.
"O aumento de postos de atendimento foi fundamental para a expansão do acesso ao crédito", avalia Éddi Yamamura, consultor da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae nacional (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
De acordo com ele, essa ramificação foi possível em razão da diminuição de agências bancárias em algumas cidades e das taxas mais competitivas oferecidas pelas cooperativas de crédito.
Esse será um dos temas debatidos durante o Fórum Nacional - Cooperativas de Crédito de Micro e Pequenos Empreendedores, organizado pelo Sebrae e pelo Banco Central. O evento ocorrerá em Brasília, de 15 a 17 de maio.
Além de mapear as barreiras e indicar novos caminhos para as cooperativas de crédito, a proposta das organizações é estimular a formação desses negócios, especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que, juntas, congregam 25% do total do país.

Recursos mais próximos
Apesar da relativa facilidade para se tornar um cooperado -hoje é possível fazer parte como pessoa física ou jurídica, desde que não haja pendências financeiras-, os recursos disponíveis estão atrelados à participação do associado.
"Os empréstimos são dez vezes superiores ao total investido", explica o presidente da Cooperativa de Crédito Mútuo de Franca e Região, Onofre de Paula Trajano. "As taxas cobradas giram em torno de 2% ao mês, enquanto as dos bancos podem passar de 3,5%."
De acordo com Trajano, a expectativa da associação é crescer pelo menos 50% no próximo ano. "Temos R$ 5 milhões disponíveis para emprestar", complementa.
O doutor em finanças pela USP (Universidade de São Paulo) Rafael Paschoarelli, contudo, ressalta: "É bom que o empresário tenha um planejamento prévio para a empresa. É muito difícil conseguir nas cooperativas um financiamento "de hoje para amanhã'".


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