RAQUEL BOCATO
DE SÃO PAULO

O ano de 2010 deixou para trás parte dos resquícios da crise, especialmente para o setor de feiras e eventos.
Apesar de o número de visitantes ter crescido apenas 1,1% -passou de 4,6 milhões em 2009 para 4,65 milhões no ano passado-, o de expositores aumentou 8,8%.
Em 2010, as feiras no país abrigaram 38 mil expositores -no ano anterior, foram 35 mil, segundo dados da Ubrafe (União Brasileira de Promotores de Feiras).
"Foi uma forma de exposição encontrada pelas empresas para não perder mercado", sinaliza o presidente-executivo da entidade, Armando Campos de Mello.
Para este ano, a expectativa é que cheguem a 43 mil. Esses números consideram os 176 eventos de associados da organização. O país, contudo, registra cerca de 900, segundo o diretor do Portal Feiras do Brasil, Reginaldo Valentim Chaves, 65.
Segundo ele, tem havido um aumento de eventos -e, consequentemente, de expositores- fora das metrópoles, especialmente dos relacionados a agronegócio, indústria de base, construção civil e alimentação.
Um dos motivos para a interiorização, destaca o diretor da organizadora Comcorp, Caique Paes de Barros, 47, é a dificuldade de encontrar pavilhões com datas disponíveis para os eventos.
"Há esgotamento de espaço para feiras nos grandes centros", concorda Mello.
Outra razão é o preço. Hotéis, restaurantes e até espaço no pavilhão são mais baratos fora das metrópoles. A redução do investimento total pode superar 50%.
Barros, que organiza a Jaú Trend Show, feira de calçados com 130 expositores em Jaú, interior de São Paulo, deve organizar outros três eventos neste ano na cidade -de gastronomia e turismo, construção e arquitetura e infantil. "A interiorização vai se fortalecer", aposta.


Próximo Texto: Estandes sustentáveis são a aposta
Índice | Comunicar Erros