São Paulo, domingo, 10 de maio de 2009


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EMPRESA NOS TRILHOS

Metrô licitará espaços para lojas

Ao todo, serão 163 concessões diretas ou indiretas em diversas estações paulistanas

Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem
O microempresário Sergio Teixeira, que pretendia expandir seus negócios com a loja no metrô, mas desistiu da ideia pela falta de lucro

NATALIE CATUOGNO CONSANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Companhia do Metropolitano de São Paulo deve divulgar, neste semestre, edital de licitação para a concessão de lojas em pelo menos dez estações do sistema. Serão oito lojas licitadas diretamente aos interessados e outras 155 oferecidas em licitação a administradores.
No primeiro caso, as oito unidades serão nas estações Santana, Luz, São Bento, Sé, Brás, Tatuapé, Carrão e Con- solação, adiantou à Folha o gerente de novos negócios do Metrô, José Yazbek.
Haverá apenas um edital para todos esses espaços -os interessados poderão apontar as lojas desejadas e fazer a oferta (www.metro.sp.gov.br). Ganhará o ponto -por 60 meses, renováveis por outros 60- o empresário que oferecer o maior valor de aluguel mensal.
Os lances mínimos começam em R$ 3.000 -para a loja na estação Carrão (linha vermelha)- e chegam a R$ 16 mil -na Consolação (linha verde).
As outras 155 unidades não serão oferecidas diretamente a lojistas, mas a administradores, que levarão um lote.
Aos gestores que ganharem a licitação, caberá alugar a lojistas o espaço via contrato, definir o "mix" ideal de estabelecimentos e cuidar da segurança.
Serão dois lotes: um com lojas nas estações Sé e Barra Funda e outro nas estações Anhangabaú, Brás e Santana.

Pré-embarque
O principal benefício desse tipo de ponto, afirmam consultores, é o fluxo de pessoas. O Metrô estima que 3,3 milhões de pessoas circulem nas estações da rede diariamente.
"Por mais que não garanta o sucesso do negócio, bom fluxo de pessoas já é meio caminho andado", diz Ricardo Pastore, coordenador do núcleo de varejo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).
Antes de embarcar na empreitada, porém, é preciso tomar cuidados. "Devem-se primeiro verificar as estações de interesse, o fluxo de pessoas, os horários de pico e quais negócios concorrentes existem no entorno", recomenda José Carmo Vieira de Oliveira, consultor de marketing do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
É preciso, ainda, avaliar a fundo o público-alvo -que varia de acordo com estações, horas do dia e dias da semana.
Como se trata de pessoas que estão no caminho do trabalho ou de casa, conveniência é a principal demanda. Negócios de lanches rápidos e que possam ser levados para dentro dos trens, assim como firmas de conserto de peças e revistarias, têm mais chances de prosperar.

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