DA REPORTAGEM LOCAL

Os gerentes de incubadoras são unânimes quanto à maior deficiência apresentada pelos projetos que enfrentam as seleções: falta de planejamento financeiro.
"Muitas vezes os candidatos trazem planos que não falam sobre finanças. É preciso ter consciência de que o planejamento financeiro é a alma do negócio. Tudo está ligado a ele", alerta Alexandre Vancini, gerente do Iesbec.
Para Alecsandro de Souza, 30, técnico do Sebrae-SP (Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa) especializado em planos de negócios, planejar com eficiência "é o diferencial entre oportunidade e suposição".
Souza, que deu mais de dez cursos sobre o tema para candidatos de incubadoras em 2002, reconhece que o despreparo é grande.
"O mais difícil é convencer que o plano deve ser focado no negócio, e não na seleção. Entrar na incubadora é apenas o começo. O desafio mais importante é passar dela para o mercado", explica.

"Enforcado"
Enfatizar a questão financeira é uma das preocupações na seleção da Innova. "São critérios seletivos a dimensão financeira do projeto, a necessidade de investimento e a disponibilidade inicial de capital. Sem esses fatores, o empreendedor acaba "enforcado'", comenta Luís Paulo Bresciane. "A incubadora não gera renda do nada."
Planejamento eficiente foi o pontapé inicial da Proline, desenvolvedora de itens para uso médico e odontológico, que começou como "incubada" do Cietec.
"Iniciar na incubadora foi fundamental devido aos custos reduzidos", avalia a sócia-proprietária Laura de Oliveira, 23.
No final de 18 meses, conseguiu migrar para o mercado. "Em um ano começamos a ter giro e montamos a fábrica. Mas é preciso planejar com detalhes", ensina.



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