São Paulo, domingo, 14 de julho de 2002


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FEIRAS

Os alvos são EUA, América Latina e Oriente Médio

Francal acelera passo para as exportações

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A partir de amanhã, dia 15, profissionais do setor de calçados podem conferir a Francal 2002 (Feira de Calçados, Acessórios de Moda, Máquinas e Componentes).
Estão programados para o evento um fórum de tendências, exposições de bijuterias e semijóias e um concurso dirigido aos estudantes de moda, aos estilistas e aos modelistas de calçados.
Além de ver as tendências para a primavera e para o verão, os empresários podem participar, por exemplo, de discussões sobre a criação da Ablac (Associação Brasileira dos Lojistas de Artefatos e Calçados) e conhecer programas de capacitação para a exportação.
O evento terá a presença de 45 expositores estrangeiros e de importadores. "Esperamos mais de 2.000 empresários, especialmente de países da América Latina", estima Abdala Jamil Abdala, 55, presidente da Francal.
A Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados) realizará um seminário amanhã, às 10h15, para apresentar o programa de capacitação de empresas para a exportação, promovido em parceria com a Apex (Agência de Promoção de Exportações).
"Nossa intenção é ampliar as vendas, especialmente em países da América Latina e do Oriente Médio", diz Heitor Klein, 56, diretor-executivo da Abicalçados.
Os países-alvo no Oriente Médio -região que atualmente compra 2 milhões de pares de calçados brasileiros- são os Emirados Árabes e a Arábia Saudita.

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Já na América Latina, todos os países são considerados interessantes. "Eles consomem o mesmo produto que é vendido no Brasil, ao contrário da Europa e dos Estados Unidos", afirma Klein, ressaltando que os latinos também são grandes compradores de calçados infantis e esportivos.
A maior quantidade de exportações se concentra nos calçados femininos e de couro, e o maior comprador são os Estados Unidos, que arrematam 70% das vendas brasileiras ao exterior.
O Rio Grande do Sul é o maior exportador brasileiro, responsável por 81% das vendas externas. Isso porque o Estado se especializou em calçados femininos, os mais consumidos lá fora.
Já em São Paulo, que conta com pólos de confecção de calçados masculinos (Franca), femininos (Jaú) e infantis (Birigui), a produção é destinada ao mercado interno. Mas Klein afirma que os empresários paulistas ainda têm espaços para explorar no exterior.
Para Abdala, o calçado brasileiro é bem-visto no exterior, e os fabricantes podem despertar mais interesse dos importadores aproveitando diferenciais como matérias-primas típicas do país.
Mas o estilo internacionalizado ainda predomina. "O Brasil ainda não tem expressão para ter um conceito próprio de moda. Pode ampliar as vendas quando são atreladas a eventos culturais", diz Klein. (BRUNA MARTINS FONTES)

Francal 2002 - de 15 a 18 de julho, das 10h às 19h, no Anhembi (av. Olavo Fontoura, 1.209, Santana). Entrada gratuita. Informações: www.francal.com.br.
Abicalçados: 0/xx/51/594-7011.


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