São Paulo, domingo, 17 de agosto de 2008


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BRINDE AOS CLIENTES

Adoção de táticas requer pesquisa

Serviço precisa condizer com o grau de sofisticação do negócio e deve ser divulgado

DA REPORTAGEM LOCAL

Criatividade é o que não falta ao empreendedor brasileiro, principalmente quando o objetivo é driblar uma crise que afeta diretamente o bolso.
Mas, mesmo para ser criativo, é preciso ter critério, segundo o coordenador do curso de pós-graduação em marketing de serviços da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Edson Crescitelli.
"É preciso fazer uma pesquisa com os clientes, mesmo que informal, para saber o que querem de serviço no bar", afirma.
"O grau de sofisticação da medida deve ser condizente com o grau de sofisticação do negócio", complementa João Paulo Siqueira, professor de marketing da Trevisan Escola de Negócios.
Para Siqueira, se o cliente paga uma conta de R$ 20, não quer ter um gasto igual para usar o serviço de ser levado em casa oferecido pelo bar. "Por isso, planejar as ações e calcular o seu custo é fundamental", diz.
Caso o empresário tenha feito convênios com pontos de táxi para a corrida sair mais barata ou tenha algum tipo de promoção para os abstêmios, é importante que isso seja divulgado no site do bar, segundo Antônio Cosenza, professor de marketing da Fundação Getulio Vargas.

Em cadeia
Enquanto os donos de bares e restaurantes já estão pensando em como reverter o quadro de mesas vazias, pequenos fornecedores de bebida ainda estão no vermelho.
Na Costi Bebidas, a venda de destilados caiu 26%. A de vinho, 24%, e a de cerveja, 32%. "Os pedidos de água e refrigerante subiram 27%. Ainda assim, tivemos prejuízo", diz o proprietário Cláudio Costi, 40.
Para aumentar a clientela, Costi está tentando firmar parcerias com empresas de eventos e focar no consumidor final.
Os taxistas tampouco estão comemorando. Segundo Ricardo Auriemma, presidente da Associação das Empresas de Táxi de Frota do Município de São Paulo, aumentou o número de corridas, mas não o faturamento. "As pessoas vão de táxi a locais próximos a suas casas."
Mas, apesar da aparente crise no setor de bebidas, Antônio Cosenza, da FGV, diz acreditar que o momento é de ajuste de comportamento. "Até o final do Carnaval, a situação estará normalizada, porque as bebidas alcoólicas nunca vão deixar de ser consumidas, principalmente em celebrações como Natal e Ano Novo." (MCN)


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