São Paulo, domingo, 22 de maio de 2011


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Foco agora é no mercado interno

Bom momento da economia brasileira faz empresas adiarem plano de investir em exportação

DE SÃO PAULO

O aquecimento da economia faz com que empresários optem por reduzir exportações de seus produtos ou por adiar a entrada no mercado externo para aproveitar o momento interno.
Foi o caso da Touch Watches, franquia de relógios. O sócio Marcelo Di Giorgio afirma que a expansão para a Itália e a Espanha estava planejada para o segundo semestre de 2010, mas a empresa preferiu aproveitar o aumento de vendas no Brasil.
"Não foi só pela questão cambial mas também pelo desaquecimento do mercado europeu", explica Di Giorgio, que tem hoje 70 franquias.
Empresários precisam ser sensibilizados sobre a necessidade de oferecer produtos e serviços para além das fronteiras do país, afirma a analista de comércio exterior dos Correios (que contam com produtos específicos para micro e pequenas empresas exportadoras) Ana Rosa Atique.
"Há rotatividade grande de pequenas empresas [exportadoras] no Brasil. Elas conseguiriam se sustentar melhor com políticas que garantam a entrada e a permanência no mercado externo", diz.
Uma das opções para quem quer sair do país sem assumir riscos em culturas muito diferentes é o chamado "mercado de fronteira", na avaliação de especialistas.
"Países andinos servem como portas para os mercados asiático e da região leste dos Estados Unidos", afirma Paulo Alvim, gerente de mercado e serviços financeiros do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Para o especialista, as empresas que já atuam no exterior não devem considerar voltar a atuar localmente. Segundo ele, o processo de retornar a um país depois de ter atuado nele é mais complexo do que o de ida.


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