São Paulo, domingo, 22 de agosto de 2004


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Madeira é temática mais amadurecida

DA ENVIADA ESPECIAL A CUIABÁ

Entre as discussões que derivam do neo-extrativismo, o manejo sustentável da madeira pode ser apontado como um dos temas que já estão bastante aquecidos.
No dia 17, durante o Amazontech, o Sebrae lançou um edital que vai selecionar um centro tecnológico para prestar serviços às micro e pequenas empresas de pólos de madeira situados nos Estados da Amazônia Legal.
De acordo com dados da instituição, os pólos moveleiros estão concentrados no Acre, no Amazonas, no Maranhão, em Mato Grosso, no Pará e em Rondônia. A estimativa é que existem nessa área cerca de 640 empreendimentos formais e 1.100 informais.
Uma das preocupações é chegar, com auxílio da tecnologia, à fabricação de produtos nobres certificados. Não é impossível. A madeira brasileira começa a seduzir a clientela classe A européia que, além de buscar qualidade e beleza, preocupa-se em ter certeza de que não está prejudicando a natureza ao fazer sua compra.
"A certificação é fundamental para vender lá fora", reforça Ernest Zucker, da Universidade de Berna. "O FSC [selo do Conselho de Manejo Florestal] continua configurando um caminho."
Zucker acredita que a madeira deve entrar em alta no mundo todo, entre outros fatores, por causa da necessidade de consumir mais material com potencial isolante.
"O mundo está se tornando uma cela de ondas eletromagnéticas com tantos celulares e fornos de microondas. Usar madeira pode ser uma solução para quem está preocupado", diz o especialista.
Por acreditar que manejo auto-sustentável é o caminho para se destacar lá fora, as sócias Etel Carmona e Lissa Tozzi montaram, em 2002, a empresa Aver Amazônia, com produção certificada. "Cerca de 30% dos móveis vão para o exterior", conta Tozzi.


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