São Paulo, domingo, 23 de maio de 2004


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FEIRA

Integração de sistemas e monitoramento via banda larga são focos de lançamentos da Exposec

Celular vira aliado da segurança

Fernando Moraes/Folha Imagem
Estande da Kodo, que lançou sistema de controle de imagens por acesso remoto


DA REDAÇÃO

Clima de "Big Brother" no ar. Câmeras digitais ou analógicas, com ou sem fio, espalhadas por todos os lados, e, o melhor, acompanhar tudo o que acontece a partir do computador, do notebook ou até do celular.
O objetivo, entretanto, não é o de xeretar um grupo de pessoas trancado numa casa cheia de mordomias, mas o de monitorar empresas ou residências.
Tratam-se das novidades da 7ª International Security Fair - Exposec, feira que reuniu na última semana em São Paulo 370 expositores, 15 mil visitantes e cerca de 3.000 lançamentos do setor de segurança eletrônica patrimonial.
O segmento faturou, em 2003, US$ 800 milhões, segundo a Abese (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança), o que coloca o Brasil, de acordo com a associação, entre os maiores mercados na área.
A tônica do evento foram os sistemas que possibilitam o acesso remoto a imagens geradas por CFTV (Circuito Fechado de TV e Vídeo). A forma de controle, porém, varia de acordo com a empresa. Na Siemens (www.siemens.com.br), houve uma preocupação em evitar que os clientes ficassem "viciados" checando as câmeras 24 horas por dia. São até 16 câmeras com sensores de movimento e, com o disparo, quem faz o controle é a central da empresa.
"O cliente tem acesso restrito às imagens, apenas a partir de um evento, após o disparo do alarme, e não em tempo real", explica Guilherme Gielfi Otero, gerente de produtos de monitoramento. "Ele geralmente não tem estrutura para tomar medidas que resolvam a questão da segurança." O pacote com três câmeras custa aproximadamente R$ 10 mil.
O envio de dados por celular tem também uma razão prática. É que, nos sistemas tradicionais, o aviso de pânico para a central de segurança é enviado via linha telefônica fixa, que costuma ser cortada pelos invasores.
Apesar de ser uma estreante na área, a Itautec (www.itautec-philco.com.br) já conta com clientes do porte do Palácio do Governo de São Paulo, que contabiliza 57 câmeras. Seu sistema, o Infoway Security, também tem opção para pequenos fregueses (a partir de quatro câmeras) e reflete uma outra tendência do mercado, que é a integração entre os diferentes dispositivos de segurança.
"O cliente tem todo o controle da parte de alarmes, pode programar as câmeras, trabalhar com sensores de presença e também monitorar pelo celular", afirma Paulo Grasso Bueno, gerente-executivo de unidade de serviços. O custo do "brinquedinho": a partir de US$ 3.000.
Há também novidades quando o tema é fechadura. A Bioaccess (www.bioaccess.com.br) lançou um modelo biométrico por impressão digital que possibilita o cadastro de até 30 usuários ao custo de R$ 2.000. (PAULA LAGO)


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