BRUNA MARTINS FONTES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

As contas no fim do mês não fecham, o preço está maior que o da concorrência, os clientes ficam cada vez mais distantes. São muitas as preocupações que rodeiam o cotidiano de uma empresa. No caso das pequenas, a situação piora porque não há fôlego financeiro para contratar os serviços de uma consultoria de porte ou para investir em novas idéias. Mas nem sempre é preciso gastar muito dinheiro para ter auxílio de especialistas em administração, finanças e tecnologia. Empresas juniores, consultorias sem fins lucrativos, incubadoras e agências financiadoras podem ter a estratégia certa para salvar um pequeno negócio em apuros. O valor dessa ajuda varia, em média, de R$ 2.000 a R$ 10 mil, dependendo da duração do projeto e de sua complexidade. Quem recorre a uma empresa júnior chega a pagar 10% do valor cobrado por hora por uma consultoria de renome no mercado. As empresas juniores, ligadas a universidades, ajudam em dúvidas pontuais, como problemas financeiros e estratégias de negócios. Outras opções são instituições como o Sebrae e a Endeavor, que dão palestras e cursos para capacitar o empresário. Além de cursos, o Sebrae oferece consultoria para quem tem ou pretende abrir um negócio. Já as incubadoras, geralmente ligadas a universidades, são indicadas para empresas de tecnologia que ainda estão no papel -ou que acabaram de nascer- e têm propostas inovadoras.
Financiamento
Se o problema é obter financiamento para criar ou ampliar negócios em tecnologia, a Finep (Financiadora de Estudos e Pesquisas) é uma opção para conseguir investimentos de risco. No caso do programa Inovar, da Finep, o crédito concedido a empresas selecionadas chega a R$ 150 mil, que podem ser pagos em 42 meses, com prestações no valor equivalente a 1,5% do faturamento do negócio. O projeto pretende selecionar 15 empresas por semestre, que pagam uma taxa de R$ 1.000 e assistem a palestras, recebem orientação para o plano de negócios e têm acesso a uma linha de crédito. A Endeavor, que auxilia atualmente 17 empresas, ajuda na busca de financiamento e na capacitação -os empresários entram em contato com executivos e estudantes de cursos de MBA (Master in Business Administration) dos Estados Unidos. Segundo Makoto Yokoo, fundador da Endeavor, no primeiro semestre de 2002 mais de 500 empresas participaram da seleção. "A maior parte são empresas de tecnologia buscando capital ou que sentem necessidade de ter contato com profissionais experientes em tomar decisões", diz.

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