São Paulo, domingo, 25 de agosto de 2002


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NEGÓCIO EM FOCO

Reciclagem de alumínio no país cresce 7% ao ano

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Reciclagem de alumínio. O setor está longe de ser dos mais nobres na economia brasileira, mas chama a atenção pelo crescimento sistemático. Nos últimos cinco anos, tem se expandido à taxa média de 7,3% ao ano, movimentou mais de R$ 750 milhões em 2001 e sustenta pelo menos 150 mil pessoas.
Como reflexo desses números da Abal (Associação Brasileira do Alumínio), o Brasil alcançou em julho, pela primeira vez, o topo do ranking de reciclagem de latas de alumínio em países onde o procedimento não é obrigatório por lei.
O índice nacional ficou em 85% de reciclagem de todas as latas consumidas no país. O segundo lugar, Japão, registrou 82,3%, enquanto os Estados Unidos alcançaram 55%.
Quem quiser se iniciar no mercado, entretanto, deve tomar cuidado. Apesar do crescimento promissor, a concorrência é bastante grande.
O coordenador da comissão de reciclagem da Abal e diretor-presidente da Tomra Latasa Reciclagem, José Roberto Giosa, pondera que "é um negócio que demanda baixo conhecimento técnico, mas também é muito concorrido".
Na cadeia econômica da reciclagem, que inclui coleta, limpeza e prensagem, fundição e remanufatura, o espaço para pequenos empresários está no início do ciclo. "Com cerca de R$ 100 mil, dá para começar o negócio, comprar prensa, caminhão, esteiras e contratar ao menos dois funcionários", diz.
Nesse estágio, a empresa coleta a sucata e a revende para fundições por R$ 2,50 o quilo, em média. Segundo a Abal, o lucro anual varia de 10% a 20% do investimento inicial.

Concorrentes
Para o empresário Augusto Amaral, da SPMetals Trade, o cenário não é tão favorável.
"Há a perspectiva de um mundo maravilhoso, mas não é assim. Os últimos anos foram bons, mas hoje a concorrência é enorme." Segundo ele, o lucro não passa de 10% anuais.
A SPMetals começou a reciclar em 1994, com oito funcionários e capacidade para 30 toneladas por mês. Hoje há 22 funcionários e capacidade de reciclagem de 400 toneladas.
Para investir no setor, as dicas são encontrar cidades com pouca concorrência e com temperatura média de 30C (o que significa alto consumo de bebidas). Além disso, recomenda-se fazer contato com fornecedores de sucata e evitar atravessadores.


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