São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 2003 |
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Empreendedores criam o próprio método "científico" de fixar valor
FREE-LANCE PARA A FOLHA "Faço uma conta simples: compro por 20 e vendo por 40", conta Simone Timbó, 37, proprietária da Operação Papel, uma fornecedora de papéis especiais, sobre seu "método" para definir preços. A empresária afirma que seu estoque se divide entre mercadorias importadas e nacionais, e, por isso os cálculos de custo e preço são feitos com dois índices diferentes. Depois de ver suas dívidas se multiplicarem na mudança de regime cambial, Timbó passou a comprar à vista os produtos importados e estabelecer os preços com um "dólar médio". "Quando a moeda recua um pouco, fica difícil explicar para os clientes que os papéis importados foram comprados numa taxa mais alta." Precificação empírica A subida da moeda norte-americana levou a indústria de móveis Ornare a buscar materiais nacionais para preservar preços competitivos, estabelecidos por uma consultoria. "Em 1986, quando começamos, a precificação era empírica", lembra a diretora Esther Schattan, 39, que frequentou um curso de definição de valores. Ela destaca o planejamento como forma de garantir preços competitivos. "Calculamos quanto gastaremos no ano em design, marketing e publicidade. É preciso discernir o supérfluo do necessário para que os custos não invadam o preço ao consumidor." "Confronto os custos e a margem de lucro. Então, verifico a concorrência e se é possível praticar o preço ideal", conta Alvaro Ferenczi, 43, da Ferla (cereais). "Se não, o jeito é tirar da margem de lucro", explica Ferenczi, que reduziu seus ganhos em 20%. Texto Anterior: "Chutar" etiqueta é sinal de bola fora Próximo Texto: Consumidor é a chave para lucros maiores Índice |
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