DA REPORTAGEM LOCAL

Se a empresa não possui uma boa sala de reuniões e precisa receber inúmeras pessoas para fechar uma negociação importante, alugar um "escritório virtual" pode ser uma solução.
O modelo foi adotado pelo ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que o utiliza para realizar reuniões da sua organização não-governamental, enquanto aguarda as obras da sede.
A ONG de FHC aluga atualmente espaço do grupo Regus, centro de negócios que mantém três sedes em São Paulo.
Mas não faltam opções para organizar uma reunião diferenciada ou dar andamento às atividades enquanto a empresa ainda não tem endereço fixo.
"Somos flats de pessoas jurídicas", define Otávio Augusto Leal Ventura, 49, diretor do YourOffice, que conta com três unidades e 80 salas executivas na região de Alphaville. "O "escritório virtual" gera menos preocupação e ainda é mais barato", diz. De acordo com números do YourOffice, em um ano, um empresário gastaria cerca de R$ 33 mil ao optar por uma sede própria. Utilizando a estrutura de um "escritório virtual", os gastos chegariam, no máximo, a R$ 13 mil, calcula.
Cliente da Regus, o consultor de gestão e estratégia de negócios Ricardo Penteado Camargo, 45, apostou no formato como "ponto de apoio" da sua empresa, a Enrich Consultoria.
"Pago R$ 370 por mês por um escritório fixo dentro do centro e, quando preciso, alugo salas de reunião. Gastos maiores só vêm quando atrelados ao andamento de projetos."
O modelo dos "escritórios virtuais" foi copiado dos "business centers" americanos e consiste em concentrar, em um só lugar, toda a infra-estrutura necessária para receber empresários, por duas horas, por dias ou até por anos.
Além de não ter de se preocupar com detalhes como comprar papel de fax, a economia é um atrativo. Alugar uma sala de reunião no YourOffice, por exemplo, custa a partir de R$ 12 por hora. No Regus, o valor fica em torno de R$ 20.