ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Diversificar a oferta de produtos tem sido a missão de donos de papelaria. A ideia é conquistar clientes e compradores por impulso, que adquirem artigos mesmo sem necessidade imediata.
Na semana passada, eles garimparam o que 350 empresas apresentaram na Office Paper Brasil Escolar, feira do segmento de produtos e serviços para escritórios e papelarias, realizada de 22 a 25 de agosto em São Paulo.
O dono do Bazar e Papelaria Pérola, em Santo André (SP), Warner Tomoyoshi, era um dos que percorriam os corredores do evento para prover sua loja -que, segundo ele, é cada vez mais parecida com um bazar.
"Fico abastecido [de produtos] o ano todo para datas comemorativas, já que 70% das vendas de volta às aulas ocorrem de dezembro a fevereiro", diz ele. A loja comercializa material escolar, brinquedos e artigos de R$ 1,99.
Claudinei Travagin, que tem duas papelarias em Porto Ferreira (a 228 km de São Paulo), afirma que as papelarias pequenas só conseguem sobreviver com produtos diferenciados e itens como presentes e brinquedos.
O material escolar, antes carro-chefe das lojas, muitas vezes, é fornecido por prefeituras e governos estaduais.

CADERNOS
Os cadernos, porém, ainda têm boa saída, contam empresários. Em parte porque a indústria tem apostado em coleções elaboradas, dizem.
A Credeal criou linhas de moda, mangás japoneses e de vilões da Disney e conta com criações da estilista Agatha Ruiz de La Prada.
Ricardo Foroni, diretor comercial da Foroni, diz que a empresa segue com investimento na linha Justin Bieber após superar 1 milhão de cadernos com o astro pop em 2010. O portfólio da marca inclui Barbie, Hot Wheels, Lanterna Verde e Smurfs.


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