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FRANQUIA NA MIRA
Alimentação e beleza lideram indicações para investimento
Educação e informação são outros ramos destacados por 14 consultores
Marcelo Justo/Folha Imagem
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PRATO CHEIO
Depois de analisar alternativas de investimento, Diogo Beltrame comprou uma franquia da Lig-Lig, delivery de comida chinesa
NATALIE CATUOGNO CONSANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com o anunciado crescimento da procura por franquias
-como alternativa de investimento ou opção de renda durante a crise-, fica a pergunta:
em qual segmento investir?
Para responder a essa dúvida
com que se deparam os empreendedores, a Folha ouviu
14 especialistas em áreas como
empreendedorismo, gestão,
mercado e consumo, a fim de
identificar os nichos menos
vulneráveis à crise atualmente.
Alimentação, saúde, cosmético, educação e informação estão entre os ramos que deverão
ser menos afetados, segundo os
consultores. Já turismo e moda
(calçados, vestuário e acessórios), embora bem avaliados
por parte deles, receberam sinal amarelo.
Apesar da apreciação em
parte positiva, é preciso ter
cautela. "O momento é adverso
para abrir um negócio", pondera o economista do Sebrae-SP
(Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas)
Pedro João Gonçalves.
Há consenso sobre a tendência de redução de consumo e
demanda. O consumidor deve
cortar supérfluos, migrar de
marcas mais caras para mais
baratas e adotar atitude mais
racional de compra, independentemente do segmento.
"Claro que há exceções, mas
em 2009 e em 2010 a demanda
estará mais fraca, e os gastos
serão direcionados ao essencial. A perspectiva só é mais
favorável no médio prazo",
analisa Douglas Uemura, economista da LCA Consultores.
Crescimento
Mesmo com o cenário incerto, continua crescendo o número de consultas de interessados
por franquia -que já havia registrado saldo positivo no
final do ano passado e em janeiro de 2009.
No Grupo Cherto, as redes de
cosméticos, alimentação e moda puxaram a alta de 21% na
procura por esse tipo de negócio no primeiro bimestre de
2009 se comparado com o mesmo período do ano passado.
Ricardo Camargo, diretor-executivo da ABF (Associação
Brasileira de Franchising)
-que afirma ter registrado incremento de busca por informações da ordem de 25% em
janeiro e fevereiro-, avalia que
alimentação, acessórios e calçados estão em alta, ao lado de
turismo interno.
As empresas ouvidas pela
Folha também estão otimistas.
O grupo BFFC, dono da rede
Bob's e gestor da KFC, investirá
na expansão do Bob's e deverá
trazer a marca de "hot dog" chilena Doggis para o Brasil, para,
em médio prazo, virar franquia.
Também deve franquear o
KFC a partir de 2010. "Já estamos recebendo propostas de
possíveis franqueados", afirma
Antonio Detsi, diretor administrativo financeiro.
Bon Grillê e O Boticário
-que também atuam nas áreas
bem cotadas- têm planos de
expansão e registram crescimento na procura por franquias de suas lojas após a crise.
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