FREE-LANCE PARA A FOLHA

Entre desfiles e palestras, empresários de moda e vestuário tiveram de se desdobrar para visitar os 11 eventos do setor realizados em São Paulo na última semana. No mais tradicional deles, a Fenit (Feira Internacional da Indústria Têxtil), que completa 45 anos em 2003, várias etiquetas exibiram coleções que apostam na versatilidade para atrair consumidores de diferentes estilos.
Quem usa materiais artesanais e inova em mão-de-obra para criar peças teve destaque na edição primavera-verão da feira.
Com roupas femininas de tricô feito à mão, a gaúcha Consuelo Ferreira tenta aumentar as conquistas do ano passado, quando passou a vender para outros cinco Estados além do seu. A matéria-prima vem de uma associação de 75 tricoteiras em Canguçu (RS).
Seguindo a tendência, o empresário do setor de baterias Edson Mororó Moura, 73, que cria cabras, foi à feira expor uma coleção de roupas com o couro do animal.
Já a Textura Natural, de Jundiaí (60 km de São Paulo), mostrou peças para praia com tecidos pintados por ex-pichadores. "É a primeira vez na feira, e já fiz vários contatos para exportação", diz o empresário Antonio Rossi, 44. A idéia é compensar a queda de vendas no inverno brasileiro exportando para o hemisfério Norte.
Entre as novidades de praia, o consórcio de exportação Tropical Spice, formado por 25 pequenos fabricantes, exibiu um biquíni bordado com pérolas de água doce revendido na Inglaterra por cerca de R$ 2.700. Já o Centro Universitário da FEI levou ao evento o maiô para natação competitiva WF-Skin, da Pro Swim -o primeiro do tipo no Brasil, segundo o centro universitário.
As criações artesanais também tiveram destaque no Salão Infanto-Juvenil e Bebê, com produtos como os artigos de pelúcia feitos à mão em Tabatinga (330 km de São Paulo), conhecida como "a cidade do bicho de pelúcia". (BL)

Informações: www.fenit.com.br


Texto Anterior: Feiras: Fispal produz cardápios inusitados
Próximo Texto: Pequenos avançam nas passarelas
Índice