São Paulo, domingo, 29 de agosto de 2004


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FRANCHISING

Texto regulamenta sublocação, franquias públicas e, por causa do ISS, evita utilizar o termo "serviço"

Governo apresenta proposta de nova lei

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Proposta de consenso entre governo federal e iniciativa privada para o texto da nova Lei de Franquias foi apresentada nesta semana na primeira reunião do Fórum Setorial de Franquia, em Brasília.
O fórum, desativado desde 2000, foi reinstalado na última terça-feira pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. O anteprojeto, que pretende substituir a lei nš 8.955/94, deve ser enviado ainda neste ano ao Congresso Nacional.
A nova redação aumenta a lista de informações que devem constar obrigatoriamente da COF (Circular de Oferta de Franquia), documento que precisa ser entregue pelo franqueador ao franqueado até dez dias antes da assinatura do contrato, sob pena de o negócio ser anulado.
A análise dos especialistas é a de que, se aprovado o texto, haverá mais transparência, já que o franqueado terá mais informações sobre a rede antes de fechar negócio.
A COF traria os contatos dos ex-franqueados desligados nos últimos 24 meses (hoje, só há a exigência para o último ano), as regras de transferência do negócio e de renovação do contrato e a informação sobre a existência de associações ou de conselhos de franqueados, entre outros dados.
Antes de se tornar um franqueador, o empresário terá de possuir pelo menos dois anos de experiência em seu negócio. Outra novidade é a regulamentação das franquias públicas e da sublocação do ponto comercial.
Para as chamadas franquias públicas (empresas públicas, sociedades de economia mista ou entidades controladas direta ou indiretamente pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos municípios), a principal mudança será a dispensa de licitação, que viria com a inclusão de um novo inciso no artigo 24 da Lei de Licitações. São franquias públicas a Petrobras, a Caixa Econômica Federal (lotéricas) e os Correios.

Sublocação
Já no tema da sublocação (quando o franqueador loca um imóvel e o aluga ao franqueado), o anteprojeto deixa as portas abertas para a prática. Se as informações estiverem claras na COF e não houver "excessiva onerosidade" (o que seria avaliado pela Justiça em cada caso), o franqueado não poderá reclamar do contrato.
Outro cuidado na elaboração do anteprojeto foi evitar o uso do termo "serviço". A nova lei é uma das apostas das redes para reverter a cobrança do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), que recaiu sobre os royalties do setor pela primeira vez neste ano. (BRUNO LIMA)


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