São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2011


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TV abre espaço para produtoras

Canais buscam ampliar conteúdo nacional na programação; parceria com empresa é aposta

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O espaço de atuação de produtoras não se concentra em longa e curta metragens e filmes publicitários.
Programas e séries para TV são outro filão para essas empresas, especialmente em canais fechados, que sinalizam o aumento do tempo em suas grades para produções independentes nacionais.
O GNT, canal que visa ao público feminino, por exemplo, vai ampliar o número de programas nacionais de 14 em 2010 para 20 em 2011.
O Multishow, voltado aos telespectadores de 18 a 34 anos, tem planos de passar de 45 para 60 as produções brasileiras neste ano.
"Somos parceiros de algumas produtoras, mas estamos abertos a novas propostas", afirma Christian Machado, gerente de produção artística do Multishow.
O orçamento para a elaboração dos projetos é de, em média, R$ 25 mil por episódio de 30 minutos e de R$ 13 mil por episódio de 15 minutos.
A TV aberta também começa a ensaiar movimento de abertura para parcerias com produtoras.
É o caso da Band, que tem contrato com empresas como a argentina Eyeworks - Cuatro Cabezas e a brasileira Academia de Filmes.
Na avaliação de Giuliano Cedroni, 37, da produtora Prodigo, há duas vantagens nas parcerias com TVs.
"O tempo de produção [de conteúdo em relação a longa metragens] é menor e a captação de recursos fica por conta do canal, e não da produtora", compara ele, que desenvolve uma série para a HBO Latin America.
Há ainda quem aposte em conteúdo patrocinado, em que uma empresa recorre a uma produtora para a elaboração de um programa.
Um exemplo é o do canal da TV aberta Esporte Interativo, que firmou acordo com a companhia de bebidas Ambev para desenvolver o Brahmeiros FC, sobre futebol.
"Nos próximos anos, os anunciantes devem migrar parte de seu investimento do formato de comercial de 30 segundos para novas propostas", analisa Fernando Rocha, 43, da Pix/Vagalume.

LEGISLAÇÃO
Além de comemorarem a ampliação no espaço reservado a produtoras nacionais, donos de produtoras esperam a aprovação do Projeto de Lei Complementar nº 116/ 2010, que prevê cotas de produção independente e nacional na TV por assinatura.
O projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados e agora tramita no Senado.
"[Se for aprovado], a demanda vai aumentar rapidamente, é preciso estar preparado", analisa Alex Mehedff, 42, da Hungry Man.


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