São Paulo, segunda-feira, 21 de dezembro de 2009 |
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Ensaio Mary Tripsas Empresas mudam de nome para proteger seu futuro
A maneira como uma empresa responde à tumultuada paisagem tecnológica e competitiva de hoje depende em grande medida de como ela se define, ou, em alguns casos, se redefine.
Idealmente, uma identidade forte garante continuidade e coerência, permitindo que uma empresa priorize as oportunidades de maneira eficiente. Por exemplo, quando a cirurgia a laser para a visão emergiu como possível substituta para o uso de óculos, o grupo Luxotica optou por não participar. “Somos uma empresa de óculos, e nossas melhores oportunidades para crescimento contínuo ainda estão em nossa atividade principal”, diz Kerry M. Bradley, presidente da Luxotica. “Assim, decidimos não trabalhar com a correção de visão a laser.” Mas as técnicas a laser se casavam bem com a identidade da Bausch & Lomb, fabricante de lentes de contato que se define como empresa de saúde oftalmológica. Ela desenvolveu seu próprio tratamento oftalmológico a laser, chamado Zyoptix. Assim, cada empresa reagiu às oportunidades da cirurgia a laser de maneira coerente com sua identidade. Mas a identidade tem ainda um perigo, que pode resultar no que Kimberly chama de “armadilha”. A Polaroid tinha identidade forte como empresa de fotos instantâneas e, apesar de ter desenvolvido conhecimentos técnicos de foto digital, nunca conseguiu superar sua mentalidade anterior sobre qual modelo empresarial seguir. A empresa entrou com pedido de concordata em 2001. Em alguns casos, ter uma identidade ampla permite evitar essa armadilha. A Fujifilm teve êxito maior que a Polaroid na transição digital e liderou o mercado de câmeras digitais no Japão. “Nós nos enxergávamos como empresa de imagens, em filme ou digitais”, diz Shigetaka Komori, presidente e executivo-chefe da Fujifilm. Mas mudar de identidade pode gerar ambiguidade. “Não somos mais apenas uma empresa de ‘informação e imageamento’”, diz Komori. “Mas é difícil transmitir exatamente o que somos, e isso cria desafios para a organização.” Mary Tripsas é professora-associada na Escola de Negócios de Harvard Texto Anterior: Hoteleiros se voltam à região Ásia-Pacífico Próximo Texto: Como tempo livre vira ofertas de emprego Índice |
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