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CVM está errada; imprensa também
Trata-se de capricho autoritário a minuta de resolução da
Comissão de Valores Mobiliários que, como descreveu a
Folha, "propõe normas de
conduta para empresas jornalísticas, na publicação de análises de investimentos, que
contenham recomendações
sobre evolução de indicadores
e de valores de ativos".
A autarquia do Ministério
da Fazenda pretende "que as
fontes das informações utilizadas sejam fidedignas". A
CVM não esclarece quem classificaria a fidedignidade. Ou
seja: se um repórter considerar que um dirigente da comissão não é fonte merecedora de
crédito, pode ser punido por
ela. Não é papel da CVM censurar a imprensa.
A proposta tem um mérito:
escancara a absurda ausência
de auto-regulamentação sobre conflito de interesses: não
deveria investir na Bolsa jornalista que apura, edita ou comenta o mercado financeiro.
O "Manual da Redação"
condena a atuação "em interesse próprio, escrevendo sobre empresa ou negócio com
que tenha relação, mesmo indireta". Defendo vetos mais
específicos. Consultada, a direção da Folha me informou
que discutirá o tema.
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Mário Magalhães é o ombudsman da Folha desde 5 de abril de 2007. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
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