São Paulo, domingo, 22 de abril de 2007

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Divulgação de vídeo e fotos gera debate

Um debate intenso mobiliza o jornalismo: foi correto o gesto da rede de televisão americana NBC de pôr no ar o vídeo e as fotos que recebeu do coreano Cho Seung-hui, o alucinado que matou 32 pessoas em uma universidade da Virgínia na manhã de segunda-feira?
Entre a morte de dois alunos e o massacre de mais 30 vítimas, o assassino enviou pelo correio o que um âncora da emissora chamou de pacote multimídia. Amigos e parentes dos mortos viram desrespeito na exibição e protestaram.
Recebi mensagens condenando a publicação da foto de Cho armado. Mas houve elogios à cobertura da Folha.
Existem situações em que não se recomenda divulgar cenas que provoquem dor profunda. Há outras em que o dever de informar é mais forte. É uma decisão às vezes dramática. Acho que a NBC (e os que a seguiram) acertou em expor o material. Havia interesse público em conhecer a mente do monstro por sua própria voz.


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