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DEPOIMENTO
Mudança "positiva"
Sílvia Ramos é cientista social
e coordenadora do Centro de
Estudos de Segurança e Ciddania.
"Alguns analistas argumentam
que uma regra sensacionalista
da mídia corresponde ao "if it
bleeds, it leads" (se sangra, vira
manchete). Mas, ao menos no
caso brasileiro, os jornais não
podem ser acusados de exagerar
a violência. Exagerados são os
índices de criminalidade no
país. Entre 1980 e 2002, 695 mil
brasileiros foram assassinados.
O fato é que durante muitos
anos predominou entre os principais jornais do país uma espécie de cortina de silêncio sobre
mortes violentas que recaem, há
mais de duas décadas, concentradamente sobre jovens, pobres, na maioria negros e moradores de favelas e periferias.
É claro que o grande número
de notícias sobre violência e segurança nos jornais não resulta
automaticamente numa cobertura de boa qualidade nem evita
que o sensacionalismo seja um
recurso utilizado com freqüência. Mas é uma mudança positiva os grandes jornais terem incorporado os temas da segurança pública nas suas pautas."
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Marcelo Beraba é o ombudsman da Folha desde 5 de abril de 2004. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
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