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São Paulo, domingo, 31 de agosto de 2003

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Tudo pode

Apesar de ser adotado com frequência, o verbo "poder" é um dos que toda escola de jornalismo ensina seus alunos a evitar na confecção de títulos ou manchetes. Ele é impreciso, denota incerteza, tende a ser especulativo. Afinal, como se diz, tudo pode...
Outra coisa que o estudante aprende logo de cara: não se deve repetir verbos nos títulos de uma mesma página. Além de refletir falta de criatividade, a prática cria no leitor uma espécie de déjà vu.
Pois o suplemento Fovest (em formato tablóide) da última quinta-feira conseguiu descumprir, a um tempo, as duas recomendações.
O verbo "poder" apareceu em títulos ou subtítulos de suas sete páginas (a oitava era um anúncio) nove vezes -cinco apenas nos textos da reportagem principal (sobre o estresse dos vestibulandos).
Não foi um bom exemplo, ainda mais para quem se esforça para disputar vaga numa faculdade de jornalismo.


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