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Painel do Leitor

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Caso Eloá
A juíza do caso de Lindemberg Alves merece os parabéns. Conforme publicado pela Folha ("Defesa de réu desafia juíza do caso Eloá", "Cotidiano", ontem), num embate jurídico durante o julgamento, a advogada do acusado sugeriu que a magistrada voltasse a estudar. É evidente que a advogada poderia ser enquadrada por desacato. Mas a magistrada não o fez. Brilhante!
Tratou-se de evidente estratégia da advogada para que fosse enquadrada, tentando anular o júri ou alegar cerceamento de defesa. Mas, se isso ocorresse, o julgamento de Lindemberg Alves passaria a ficar em segundo plano e as atenções todas se voltariam somente para a advogada.
A advogada Ana Assad está utilizando uma estratégia equivocada ao tentar atrair todos os holofotes para si, tentando minimizar a barbárie cometida por Lindemberg. Porém a frieza e a inteligência da magistrada atrapalharam os planos da advogada.
Ion Miranda (São Paulo, SP)

É preciso parabenizar a advogada Ana Assad, ora em defesa de um réu diante de um tribunal do júri. Como advogada, ela exerce um direito constitucional. Defende um homem acusado de assassinar uma mulher e de tentar assassinar outra. Defende um homem tido como monstro.
Ela está mostrando garra e talento e, após expor à juíza um princípio de direito que esta desconhecia, não agiu senão por espírito de coleguismo, mesmo porque o tal princípio existe, de fato. Ana está lutando contra um corpo de jurados e contra a opinião pública. Independentemente do resultado, a colega merece os parabéns, esperando que a fama não lhe suba à cabeça.
Nereu Augusto Tadeu de Ganter Peplow, advogado (Curitiba, PR)

Cuba
Em resposta à colocação do senhor Rodrigo Ricoy Dias (Painel do Leitor, ontem), afirmo que toda a minha formação escolar foi realizada no sistema público. Também dependi do SUS e do transporte público -levava duas horas para chegar à Unicamp e, depois de formada, duas horas para chegar ao trabalho.
Já estive em Cuba e digo que prefiro depender do SUS e da escola pública, mas ser livre para ir a outro lugar se eu quiser.
O Brasil tem problemas, sim, mas temos a ilusão de buscar oportunidades em outras cidades. Detalhe: em Cuba, até onde sei, não se viaja para outra cidade sem autorização do governo.
Graciana Duarte (Campinas, SP)

Blitze e microblog
Lamentáveis os artigos "Brasil assimétrico" ("Opinião", 8/2) e "Quem confia na polícia?" ("Opinião", 11/2), de Fernando Rodrigues. Embora aparentemente distintos, os textos estão muito relacionados. No primeiro, o colunista compara a AGU ao regime "autoritário" do Irã por requerer à Justiça o bloqueio de contas no Twitter que sabotam o trabalho da polícia ao prevenir motoristas embriagados sobre horários e locais de blitze em Goiás. No segundo, critica a polícia e afirma que bom policial é aquele que libera motorista alcoolizado, em alta velocidade e sem documentos, situação em que o próprio jornalista admite ter sido flagrado nos EUA.
Em recente decisão, o Superior Tribunal de Justiça entendeu que os provedores de internet estão desobrigados de efetuar a fiscalização prévia do conteúdo das informações. Mas, em contrapartida, ao serem comunicados acerca da existência de textos ou mensagens ilícitas, devem agir de forma enérgica e retirarem o material do ar. É exatamente o que propõe a AGU. Entendemos que a conduta do jornalista da Folha nos EUA em 1994 não é bom exemplo e talvez só seja admirada por aqueles que atuam no Twitter em defesa da equação álcool mais trânsito é igual a morte.
Celmo Ricardo Teixeira da Silva, procurador-chefe da União em Goiás (Goiânia, GO)

RESPOSTA DO JORNALISTA FERNANDO RODRIGUES - O Twitter é um meio de comunicação privado, só entra quem desejar. Pela lógica do signatário, seria também um crime quando, numa conversa telefônica, um amigo contasse ao outro sobre uma blitz policial.

Estatais
Em relação ao texto "Investimento das Estatais cai 7,5% no 1º ano de Dilma" ("Poder", 13/2), a assessoria de comunicação do Ministério do Planejamento esclarece que não é verdade que o Dest (Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) utiliza o IGP-DI para a correção dos investimentos das estatais. O índice é usado nos relatórios bimestrais para comparar dotações orçamentárias, nunca para corrigir a execução de investimentos. Esta última é influenciada pelo câmbio e, por isso, corrigida pelo dólar corrente médio.
Conforme essa metodologia universal, os investimentos saltaram de US$ 47,86 bilhões (2010) para US$ 49,22 bilhões (2011), apesar da base de comparação ser 2010, cujo PIB foi de 7,5%.
O texto utilizou um gráfico que aplica o IGP-DI nos valores fornecidos pelo Dest sem informar isso ao leitor, como se a elaboração fosse do Planejamento.
A reportagem ignora a LDO 2012 (Lei de Diretrizes Orçamentárias) quando sugere que a suposta queda nos investimentos visou o superavit primário: a lei define uma participação igual a zero.
O texto também sugere uma falsa polarização entre o Planejamento e a Petrobras ao não deixar claro que a empresa responde pelos seus próprios investimentos quando admite uma redução. Já o Dest fala dos investimentos do conjunto das estatais quando refuta a suposta queda.
Gioconda Bretas, da assessoria de comunicação do Ministério do Planejamento (Brasília, DF)

RESPOSTA DO JORNALISTA BRENO COSTA - As únicas correções de valores presentes nos relatórios do Dest baseiam-se na atualização pelo IGP-DI. O método defendido pelo ministério foi registrado com destaque. A reportagem não atribuiu ao ministério o gráfico, mas a origem dos dados.

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