São Paulo, segunda-feira, 01 de janeiro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Saddam
"Em alguns de seus piores crimes, Saddam Hussein contou com o apoio dos Estados Unidos e de alguns países europeus. Existia a possibilidade de que, ao ser julgado por tais crimes, Saddam trouxesse à atenção da opinião pública internacional fatos bastante constrangedores para esses países. Foi uma sorte incrível que ele tenha sido julgado por um acontecimento que nada tinha a ver com esses fatos. Acabou condenado e rapidamente morto."
JOSÉ ALBERTO MARCONDES MACHADO (Carapicuíba, SP)

"É uma boa notícia saber que a maioria dos países criticou o enforcamento de Saddam Hussein (Mundo, pág. A13, 31/12). Isso quer dizer que existe uma parte da humanidade que está evoluindo. A cena do enforcamento me fez sentir em plena Idade Média, quando a pena de morte era considerada algo normal e os condenados eram executados em locais públicos. A execução de Saddam cheira mais a perseguição e a vingança norte-americana (que passou de pai para filho) do que um ato de justiça. Os EUA invadiram o Iraque passando por cima do Conselho de Segurança da ONU, com a falsa alegação de que havia armas de destruição em massa, mataram dois filhos de Saddam e instalaram uma guerra civil em que milhares de pessoas já morreram. E nenhuma sanção é tomada contra eles. O mundo inteiro omisso. É uma pena."
MARCELE NOGUEIRA (Itaúna, MG)

"Com a execução de Saddam Hussein, a Casa Branca triunfa. Ao contrário, no Iraque, a "democracia" proposta por Bush filho vai de mal a pior. Num Estado sedento por justiça e igualdade política, o enforcamento só alimenta a vingança, o ódio, a segregação religiosa. O episódio foi só mais um exemplo do demérito da pena capital. Mata-se um ditador, seus crimes permanecem sem ser julgados, cria-se um mártir e seu exemplo se perpetua."
FILIPE TEIXEIRA DA SILVA (Jundiaí, SP)

"Com a sentença de morte por enforcamento decidida por uma corte xiita totalmente parcial e controlada pelos Estados Unidos, Saddam Hussein teve um duplo benefício: escapou do sofrimento da prisão perpétua e não foi julgado pelos outros crimes graves cometidos. Nada melhor para um ditador fanático religioso ter encurtado o seu caminho ao encontro de Alá."
RENE VERI FURLAN (Mogi das Cruzes, SP)

2007
"Tenho esperanças de que em 2007, ainda mais unidos, possamos, com graça, encontrar novas idéias e concatená-las de forma sublime e harmoniosa, não obstante crítica, em especial em direção aos nossos diários e prementes desafios na educação, na saúde e na segurança pública. Aos novos governantes e às autoridades constituídas, em todas as instâncias, gostaria de lembrar que estamos cada vez mais atentos. Permita Deus que continuemos guardando a mansidão dos humildes e o dinamismo dos vencedores e que, a partir de nossa vinha, sejamos capazes de caminhar ligando pontos, tecendo redes, criando laços e salvando vidas. Quanto à Folha, que siga fazendo história e continue levando sempre um pouco mais de luz."
RONILSON DE SOUZA LUIZ , oficial da Polícia Militar, doutorando em educação na PUC-SP e colaborador na Universidade da Cidadania Zumbi dos Palmares (São Paulo, SP)

Metamorfose
"Com total imparcialidade, e com a maestria de sempre, Janio de Feitas nos mostra a metamorfose do presidente Lula depois de assumir o poder e chegar ao segundo mandato ("No Brasil de Lula a mudança foi de Lula", Brasil, 30/12). Nunca neste país se viu tamanha mudança -ou seria apenas fingimento?"
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

Acaso
"Cumprimento Nelson Motta por seu artigo "A ética do acaso" (Opinião, pág. A2, 29/12). De forma contundente, mas sem deixar de ser diplomático, chamou o feito à ordem. A onda demagógica de desconsiderar o sistema de mérito como critério para a seleção de candidatos a cursos superiores está produzindo suas seqüelas. As cotas raciais foram o início. Seguiu-se o "bônus de conhecimentos", em que a nota de determinados candidatos é aumentada arbitrariamente. Se essas excrescências estão sendo alegremente admitidas, o projeto de sorteio de vagas do senhor Sibá Machado é o nec plus ultra. Revoga de vez o sistema de mérito e apresenta vantagens tentadoras: é mais "democrático" e não necessita da adoção de cotas. Enquanto isso, investir seriamente em ensino público de qualidade, nem pensar."
HARLEY PAIVA MARTINS , professor universitário (João Pessoa, PB)

Aftosa
"A tardia confirmação de não ter havido focos de aftosa no Paraná ratifica a desconfiança dos pecuaristas de que houve um estardalhaço doloso, por parte das autoridades sanitárias, no caso do aparecimento dos focos da febre em 2005. Do ponto de vista comercial, "aftosa" significa menos exportação e conseqüentes preços baixos no mercado interno. Tudo o que interessava ao governo federal num período pré-eleitoral. Afinal, carne barata e inflação baixa são ótimos puxadores de voto."
LUIGI PETTI (São Paulo, SP)

Indústria
"A reportagem "Indústria tem pior resultado da década" (Dinheiro, 31/12), que mostra que o setor industrial teve o pior desempenho da década e que o setor financeiro, de juros celestiais, foi, mais uma vez, o mais exitoso, é emblemática. Esse "capitalismo" neoliberal, que praticamente só nós, teimosamente, continuamos a aplicar, é quase suicida, como estamos vendo nas ruas das nossas grandes cidades. De nada têm adiantado as lúcidas críticas das lideranças empresariais produtivas do país, Fiesp à frente, no sentido de uma responsável flexibilização do modelo macroeconômico vigente. Espera-se que 2007 venha com um choque de gestão na administração pública, começando com a mudança dessa filosofia de "pensée unique" na economia brasileira."
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

Boas-festas
"A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Eduardo de Almeida Carneiro, presidente voluntário, Fátima D'avila Gonçalves, diretora de mantenedores voluntária, e Matheus dos Anjos, 10 anos, AACD -Associação de Assistência à Criança Deficiente (São Paulo, SP); Antônio de Pádua Ribeiro, ministro do Superior Tribunal de Justiça (Brasília, DF); Jorge Bornhausen, senador pelo PFL-SC (Brasília, DF); Raul Jungmann, deputado federal pelo PPS-PE (Brasília, DF); Ivan F. Zurita, presidente da Nestlé Brasil (São Paulo, SP); Equipe do Instituto Ayrton Senna (São Paulo, SP); Integration (São Paulo, SP); FSB Comunicações (Rio de Janeiro, RJ); Fundação Abrinq (São Paulo, SP).

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