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NA LISTA DA PIRATARIA
O nome do Brasil foi mantido
na relação dos 14 países que
menos asseguram os direitos de propriedade intelectual na edição 2006
de relatório publicado anualmente
pelo governo dos Estados Unidos. A
China continua a encabeçar as preocupações do USTr (agência do governo americano que lida com comércio externo), secundada pela Rússia.
O texto elogia o que considera progressos do Brasil na questão da propriedade intelectual. Cita operações
de vulto contra dois notórios centros
de venda de produtos ilegais em São
Paulo. Também avaliza a criação de
um conselho público-privado destinado a combater a pirataria.
"Apesar desses avanços", afirma o
relatório do escritório de comércio
internacional dos EUA, "altos níveis
de pirataria e falsificação ainda existem [no Brasil], e os processos criminais permanecem mínimos".
A lista de países "condenados" pelos americanos na questão da propriedade intelectual é sobretudo uma
forma de pressionar as nações que
negociam com empresas dos EUA.
Está inserida na complexa rede de
defesa comercial de Washington,
que abrange até a manipulação de
barreiras extratarifárias contra outros países. O propósito de um relatório como esse do USTr, pois, não
se distingue do interesse econômico
norte-americano.
Até janeiro, com base nessa política
de pressões, o Brasil estava ameaçado de exclusão do Sistema Geral de
Preferências, que concede facilidades a países "bem comportados" aos
olhos de Washington em suas transações com empresas americanas.
O Brasil deve resistir a pressões indevidas dos americanos a pretexto de
defender a propriedade intelectual.
Freqüentemente esse e outros temas,
como o ambiental, o trabalhista e o
sanitário, apenas disfarçam o protecionismo de Washington. Isso não
significa que Brasília deva deixar de
admitir a existência de enorme facilidade para a proliferação da pirataria
em solo brasileiro -e de atuar com
energia em seu combate.
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