São Paulo, sábado, 01 de junho de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Mário Lago
"Um dia, ali pelos idos dos anos 50, li um texto do mestre Mário Lago que conclamava todos nós, jovens daquela época, a tomar consciência e a aprender a lutar contra a nossa situação de povo usado como massa de manobra pelos poderosos daqui e de lá. Aprendi muito com aquele texto do grande poeta, escritor, artista, comunista, idealista ao extremo e, acima de tudo, patriota. Ai, meu Deus, que saudades de Mário Lago..."
Humberto Mendes (São Paulo, SP)

"Choram "Amélias" e todos os homens brasileiros de verdade. Mário Lago foi para a eternidade. Será sempre glorificado como ator, radialista, produtor, poeta, escritor e político legitimamente brasileiro. Será sempre lembrado como um dos nossos melhores cidadãos, como verdadeiro patrimônio nacional! Ele não veio à vida a passeio. Dedicou-se ao que fazia por inteiro!"
Fernando d'Avila (Rio de Janeiro, RJ)

Publicidade e saúde
"No artigo "A verba privilegiada" (Brasil, pág. A5, 31/5), o jornalista Janio de Freitas diz que as campanhas de vacinação do Ministério da Saúde não são exemplos de bons gastos publicitários. Segundo ele, a divulgação de tais eventos já é feita "sem restrições de tempo e de espaço" por meio do noticiário dos jornais, revistas, televisões e rádios. Sem desprezar a importância da cobertura feita pelos veículos de comunicação do país, devo dizer que ela é insuficiente, sim, para informar e sensibilizar a totalidade do segmento da população brasileira a ser atendido pelas vacinas. O espaço dispensado a tais eventos é irregular e, infelizmente, restringe-se ao noticiário da véspera e à cobertura do dia, o que pressupõe que o universo das pessoas a ser atingido pelas campanhas devesse necessariamente estar exposto aos noticiários de tais datas. Para ter uma idéia do esforço de comunicação necessário para alcançar as metas dessas ações, o ministério começa a divulgar suas campanhas de vacinação com o mínimo de uma semana de antecedência. No caso da vacinação do idoso e da rubéola, outros dois exemplos desse tipo campanha, porém com tempos de oferta da vacina mais prolongados, a mídia aplicada chega a quase um mês, período esse que não é acompanhado pelos noticiários. Se não empreendêssemos tamanho esforço, certamente não teríamos conseguido vacinar mais de 17 milhões de crianças menores de cinco anos em cada uma das etapas da campanha de vacinação contra a pólio nem teríamos imunizado contra a rubéola 12 milhões de mulheres em 2001, ou ainda levado a vacinar 10,4 milhões dos nossos idosos neste ano, só para citar os exemplos mais recentes."
Cristina Gutemberg , chefe da Divisão de Publicidade do Ministério da Saúde (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Janio de Freitas - Não se esperariam outras considerações de quem faz o alto gasto, mas faltam as comprovações. Ao passo que o caso da paralisia infantil, citado no artigo como exemplo de eficácia do noticiário, está comprovado.

Educação
"Parabéns ao sr. Rodolpho Pereira Lima ("Painel do Leitor", 31/5) pela sua análise curta, mas inteligente, da educação no Estado de São Paulo. Gostaria de complementar dizendo que temos de saber em quem votar para o nosso próximo governo estadual. Esses Malufs, Alckmins e Quércias da vida deveriam deixar a vida pública, porque, se um desses for eleito, podem acreditar, as escolas públicas vão para o fundo do poço de vez."
Celso Antonio Bodini (Americana, SP)

Alianças
"Claro, conciso, lógico e justo. É o mínimo que podemos dizer do que escreveu o sr. Clóvis Rossi em sua coluna de 30/5 ("Perto do poder, longe da decência", Opinião, pág. A2). Quando Lula tomar conhecimento dela, não deverá mais ser o português a sua principal preocupação, mas, sim, a sua consciência."
Carlos Eduardo Pompeu (Limeira, SP)

"Sou leitor diário da Folha e, às vezes, fico perturbado com o emocionalismo de certos artigos assinados pelos colunistas. Em 30/5, foi o sr. Clóvis Rossi. Acho que ele faria melhor se assumisse logo um lugar no comitê de José Serra. Afinal, o PT não pode fazer o jogo político? Por que Rossi não analisa com a mesma "indignação" a cooptação do governador Itamar Franco pelo governo federal em troca de R$ 2 bilhões para tapar o buraco da dívida mineira? Da mesma forma, não entendo qual o questionamento aos dados da secretaria petista sobre desemprego no Brasil. Pelo que li nos jornais, a comparação do Brasil é com outros países tão populosos ou mais que o nosso. O Brasil é o sexto em população e o segundo em desemprego. Qual o motivo de considerar a divulgação desse dado uma leviandade? Escondê-lo é que o seria."
Mauricio Shatner (Belo Horizonte, MG)

Estradas
"Em relação à reportagem "Pedágio privado estraga rodovia pública" (Cotidiano, pág. C4, 29/5), a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) gostaria de fazer alguns esclarecimentos. 1) Desde que as concessionárias privadas do Estado de São Paulo começaram a operar, em 1998, investiram, até dezembro de 2001, R$ 3,5 bilhões nas rodovias, diferentemente do que informou o texto, que disse que "as concessionárias já gastaram R$ 3,5 milhões na construção de novas estradas". 2) Quanto ao trecho que diz que, "de julho de 1994 a janeiro de 2002, as tarifas de pedágio subiram 380%", informamos que as concessionárias iniciaram suas atividades em São Paulo no primeiro semestre de 1998. Desde então, a tarifa foi reajustada em 43,45%, com base na variação do IGP-M do período, conforme contratos de concessão. 3) Estudos demonstram que o uso de vias alternativas não representa redução de custos. Pesquisa do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado de Minas Gerais, onde não há programa de concessão de rodovias, mostra que o mau estado das estradas provoca aumentos de mais de 30% nos custos do setor."
Ivson Queiroz, Máquina da Notícia, assessoria de imprensa da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias -ABCR (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Sobre os investimentos em rodovias pelas concessionárias, leia a seção "Erramos".



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