São Paulo, sábado, 01 de outubro de 2005

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Câmara
"Na base do tudo por dinheiro, o governo conseguiu vergar a Câmara dos Deputados. Nossa democracia está mais abalada, pois um dos Poderes, o Legislativo, dobrou-se de joelhos perante o Executivo. É um mal sinal."
Gerson Dutra Bocardo (Lençóis Paulista, SP)

 

"Depois de anunciar, com todo o aparato midiático, que "começava o resgate da Câmara" com a luta para derrubar Severino -que seus aliados tinham inventado e eleito-, Fernando Gabeira, um dos "darlings" da mídia, votou, com seu partido, o PV, e o PPS, no vice de Severino, o "collorido" Thomaz Nonô. Esse seria o resgate? Sobra mídia e falta coerência e dignidade."
Emir Sader, professor de sociologia da USP e da Uerj (Rio de Janeiro, RJ)

Desserviço
"Li as cartas de José Domingos e de Luciano Vieira no "Painel do Leitor" de ontem (pág. A3) e percebo o que essa corrupção vai deixar no país. A escolha de um presidente que aparentemente veio trazer esperança ao povo conseguiu justamente despertar o sentimento oposto. O PT, vulgo partido dos trabalhadores, sempre na oposição, lambuzou-se com o poder e conseguiu algo mais: mexer com os sentimentos mais profundos e obscuros do ser humano. Agora, o que se escuta nas esquinas, na padaria é: "isso já acabou em pizza'; "se eu estivesse lá, também roubaria'; "o Roberto Jefferson é esperto, denunciou, foi cassado, aposentou-se com um mesada do governo e está rindo de todos". Frases como essas refletem falta de esperança neste país, desunião, vingança, individualismo, egoísmo, raiva, ódio, desespero, revolta! Dessa forma, que fique registrado na história o que o PT conseguiu quando atingiu no poder."
Carolina Lamkowski Naka (Curitiba, PR)

Desarmamento
"Lamentáveis as palavras do deputado Fleury, incitando a população a pensar que ter uma arma torna a vida mais segura ("Cidadão, defenda seu direito", "Tendências/Debates", pág. A3, 30/9). Só covardes precisam de arma para resolver seus problemas. A arma é o recurso de pessoas inseguras e medrosas, que não confiam na própria capacidade de solucionar conflitos. Armas só deveriam ser usadas por Forças Armadas e polícias, no exercício das suas funções, definidas em lei. Quanto ao referendo, a forma de participar parece ter sido pensada com má-fé. A população, que em geral não consegue interpretar textos, terá dificuldade em escolher as opções. Para facilitar, deveria ser o "não" contra as armas e o "sim" a favor das armas."
Marcus V. Vernucci de A. Campos (São José do Rio Preto, SP)

 

"O Estatuto do Desarmamento restringe drasticamente a compra e a posse (não o porte, que continua proibido) de armas de fogo de uso permitido e institui penas rigorosas. Portanto é desnecessário o tal referendo do "desarmamento". Na realidade, o governo está querendo transferir para a sociedade a culpa pelos índices avassaladores de criminalidade no país. A irresponsabilidade do poder público é flagrante. Se o "sim" prevalecer, as invasões de propriedades serão intensas. Principalmente num cenário como o atual, de fome, educação e saúde falidas, altos índices de desemprego e corrupção. Infelizmente o leite já foi derramado. Os gastos com mais esse sofisma sangrarão os cofres públicos em mais de R$ 250 milhões. Resta rezar para dar "não". Senão será o caos!"
José Eduardo Victor (Jaú, SP)

Execução
"Celso Amorim classificou como "execução sumária" a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes em Londres, defendendo uma investigação completa do caso em nome da defesa aos direitos humanos. Interessante a postura adotada, uma vez que, no seu próprio país, o governo, ao qual esse ministro pertence, faz de tudo para obstruir a mesma investigação completa de outra execução sumária, a de Celso Daniel. A defesa dos direitos humanos almejada pelo chanceler deve começar a partir de sua própria casa."
Oswaldo Macek (São Paulo, SP)

USP
"Ao ler a matéria "USP estuda cobrar estacionamento de visitante em campus" (Cotidiano, 28/9), causou-me estranheza a opinião a mim atribuída de que sou favorável à cobrança de taxa para que os veículos estacionem nos bolsões localizados dentro do campus. Quando procurado pela repórter Daniela Tófoli, por telefone, para comentar tal proposta, enfatizei que não deve ser cobrado nenhum tipo de tarifa de estacionamento para alunos, professores, funcionários da universidade, tampouco de visitantes que venham à USP para nossas atividades. Quanto às vagas que eventualmente fiquem disponíveis para outro tipo de público, faz-se necessário um estudo mais detalhado sobre as formas de sua utilização."
Hélio Nogueira da Cruz , vice-reitor da USP (São Paulo, SP)

Ibirapuera
"O "Manual da Redação" da Folha defende que todos os personagens citados em uma reportagem tenham a oportunidade de expressar seus pontos de vista. Infelizmente, em "Ibirapuera estréia auditório 10 meses depois" (Cotidiano, 27/9), fui citado de maneira negativa e não tive chance de ser ouvido, apesar da minha conhecida disposição de colaborar com o trabalho da imprensa. Diferentemente dos demais veículos de comunicação que publicaram o fato, apenas a Folha preferiu citar uma declaração minha, sem nenhuma tentativa de contextualização, em evidente esforço para desmerecer o trabalho da gestão Marta Suplicy, da qual me orgulho muito de ter participado. Certamente não foi com esse tipo de jornalismo que a Folha se notabilizou como um dos melhores jornais brasileiros."
Adriano Diogo , deputado estadual pelo PT e ex-Secretário do Verde e Meio Ambiente do município de São Paulo (São Paulo, SP)

Golias
"Com a morte de Ronald Golias, para mim o maior humorista da TV brasileira, não posso deixar de ressaltar, dentre as muitas homenagens justas que ele recebeu, o texto de Marcelo Madureira, humorista do "Casseta & Planeta", publicado no caderno Ilustrada de 28/9. O texto é simplesmente justo e maravilhoso. De craque para craque. Parabéns Marcelo."
Sérgio Custódio da Silva (São Paulo, SP)

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