Único caminho
"Gostaria de dar um conselho ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para que coloque em prática, nos primeiros dias de sua administração, os incentivos de isenção ou de diminuição de tributos para empresas que contratarem jovens sem experiência ou recém-formados. Esse é o único caminho que vejo para incluí-los no mirrado mercado de trabalho."
Luciano De Paoli (São Paulo, SP)

Comunicação
"Não é fato, como afirmou a reportagem "BNDES não deve emprestar mais dinheiro à Globopar, indica Lula" (Brasil, pág. A12, 30/10), que o deputado José Dirceu defende o socorro financeiro, com recursos públicos, a grupos de comunicação.
O que o presidente do Partido dos Trabalhadores comentou no programa "Roda Viva", da TV Cultura, é que alguns setores, entre eles o de comunicação, quando com problemas, devem ser tratados como "um assunto de Estado". O deputado falou sobre outras alternativas para enfrentar o problema: a associação ao capital externo, a reestruturação acionária, fusões, associações ou ainda uma engenharia financeira de que possam participar não só a iniciativa privada mas também bancos públicos.
Sobre recursos públicos, o deputado afirmou que "o país tem recursos escassos e precisa ter prioridades e garantias de como e onde colocamos os recursos, sejam do BNDES, sejam de renúncia fiscal". E fez a ressalva: "Eu não posso dar essa posição aqui, hoje. Vamos analisar o que está acontecendo. Descer ao detalhe de como seria uma resposta a essa crise da Globo Cabo seria uma irresponsabilidade minha, até porque eu não tenho mandato para isso".
Pedimos que a Folha esclareça a informação que, editada a partir da entrevista original concedida ao "Roda Viva", resultou em sua distorção."
Telma Feher, assessoria de imprensa da presidência nacional do PT (São Paulo, SP)

Educação
"Em resposta à carta do professor Ariovaldo de Camargo ("Painel do Leitor", 26/10), na qual diz estar estarrecido com a declaração a mim imputada na reportagem "Marta aplica projeto que Genoino critica" (Eleições 2002, pág. Especial 8, 24/10), esclareço que os casos dos alunos com graves problemas de leitura e de escrita na rede estadual de ensino de São Paulo são minoria e, às vezes, referem-se a portadores de necessidades especiais que frequentam classes comuns -numa perspectiva de escola inclusiva.
Esses estudantes podem não ter o mesmo resultado de aquisição de conhecimentos em relação aos demais. Por outro lado, desenvolvem importantes habilidades emocionais e sociais.
Outro exemplo relacionado aos casos diz respeito a alunos provenientes de outras regiões do país que cursam a série adequada à sua idade, mas apresentam dificuldades no acompanhamento do aprendizado em relação ao seu grupo ou classe. É importante deixar claro que, no Estado de São Paulo, há quatro modalidades de recuperação -contínua, paralela, de férias e de ciclos- que a rede estadual oferece para os alunos que apresentam deficiência de aprendizagem."
Arlete Scotto, coordenadora de Estudos e Normas Pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação (São Paulo, SP)

Soja
"Na edição do dia 24/10 do caderno Folha Equilíbrio, foi publicada reportagem sobre as ações da soja na saúde na qual consta uma frase erroneamente atribuída a mim -"Não se sabe ainda com certeza se as isoflavonas da soja transgênica têm a mesma eficácia". Em nenhum momento fiz tal afirmativa.
O que disse à repórter é que a qualidade ou a concentração da isoflavona na soja independem de ela ser ou não modificada geneticamente -estão, sim, sujeitas às condições de cultivo, de clima, de tipo de solo etc. Além disso, deixei claro durante a entrevista que o principal risco dos transgênicos é ambiental."
Alexandros Spyros Botsaris, presidente do Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais (Rio de Janeiro, RJ)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos".

Indenizações
"Em relação à reportagem "Mais de 11 mil pedidos de anistia aguardam decisão" (Brasil, pág. A4, 29/10), a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça gostaria de prestar algumas informações.
Há duas semanas, a reportagem da Folha procurou a assessoria para saber o número de pessoas anistiadas cujos processos já haviam sido publicados no "Diário Oficial" da União. Até aquele instante, esse número era de 16 anistiados.
Ocorre que, daquela data até o dia 28 de outubro, 175 novas portarias foram publicadas no "Diário Oficial" da União.
Dessa forma, está impreciso o quadro "Processos na Comissão de Anistia", que dá sustentação à reportagem e no qual estão registrados apenas os 16 processos de duas semanas atrás. Ao que parece, a reportagem foi apurada e ficou engavetada, tendo sido publicada duas semanas depois sem que o editor tivesse tido o cuidado de exigir uma atualização dos dados.
A Comissão de Anistia, desde a sua instalação, em 22/8/2001, já julgou 730 processos -655 foram aprovados e 75 foram indeferidos.
Desde que tomou posse, em 10/7/2002, o ministro Paulo de Tarso Ramos Ribeiro já assinou 195 portarias de anistia (publicadas no "Diário Oficial" da União).
Outras 350 portarias deverão ser assinadas e publicadas nos próximos dias."
Paulo Félix, assessoria de Comunicação Social do Ministério da Justiça (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Iuri Dantas - Os dados publicados no quadro sobre o número de processos julgados (597) e sobre o número de pedidos indeferidos (57) foram atualizados em consulta feita ao site do Ministério da Justiça em 25/10. Naquela data, o número de pessoas anistiadas era de 171. Em 15/10, como publicado no quadro, o número de anistiados era de 16.

Lucro
"Acabo de ler na Folha que o Banespa lucrou R$ 2,323 bilhões até setembro deste ano (Dinheiro, pág. B3, 30/10).
Gostaria de parabenizar o banco e dizer que me sinto orgulhoso de ter contribuído com esse "modesto" resultado com parte de meus salários, que ficarão sem reajuste por três anos como resultado da política salarial que o banco nos impingiu. Viva o capital! Viva a concentração de renda! Abaixo os miseráveis assalariados!"
Jair Genaro (Rio Claro, SP)

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