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São Paulo, sábado, 01 de novembro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Crucifixo
"Os jornais informaram que um juiz na Itália deu razão a um muçulmano que havia solicitado a retirada de um crucifixo de uma escola. O argumento foi de que a igreja e o Estado italiano são separados. É um argumento absurdo, especialmente se levantado por um islâmico. Nos países em que o islamismo é a religião da maioria, é vedada a divulgação de outros credos, especialmente o cristianismo. Há alguns anos, um filipino foi condenado à morte por fazer proselitismo do cristianismo em um país árabe. Na Itália, a discriminação está sendo feita contra a maioria da população, e não contra dois alunos islâmicos. O absurdo dessa decisão equivale a solicitar à Justiça que seja dinamitada a imagem do Cristo Redentor com base no argumento de que o Estado brasileiro é separado da igreja."
Herbert Praxedes (Niterói, RJ)

Desse tipo
"Digno de elogios o artigo escrito por Benjamin Steinbruch a respeito do primeiro ano do governo Lula ("A esperança venceu o medo", Dinheiro, pág. B2, 28/10). É desse tipo de artigo, que aponta as medidas corretas e cobra e mostra os próximos passos a serem dados, que o Brasil e o povo brasileiro estão precisando. Estamos cansados de ouvir e de ler apenas críticas, principalmente das viúvas daqueles que já estiveram no poder."
José Joatas de Almeida (São Paulo, SP)

Saúde
"Demonstro minha insatisfação em relação aos artigos em que Luís Nassif (Dinheiro, 23/10 e 25/10) comenta o PPP -Perfil Profissiográfico Previdenciário. Neles, o jornalista, sem nenhum conhecimento do assunto, afirma ser obrigatório o PCMSO (Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional) e o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) somente para empresas consideradas insalubres. Essa informação é totalmente equivocada, já que estes dois programas são obrigatórios para toda e qualquer empresa, inclusive para o "boteco" onde o senhor Nassif diz tomar o seu café diário. Outro fato relevante é a maneira como o colunista refere-se à nós, "pessoal da medicina do trabalho". Ora, somos especializados em medicina e segurança do trabalho e assessoramos diversas empresas com a finalidade de prevenir danos à saúde dos funcionários e voluptuosos processos contra o empregador -devido a danos morais ou a problemas que atinjam a integridade física do funcionário- e de evitar que a empresa seja autuada pelo Ministério do Trabalho por descumprir normas. E agora, o senhor Nassif percebeu quem somos?"
Dario S. Mello, diretor presidente da KMA -Kontrolle Medizin Arbeit (São paulo, SP)

Resposta do jornalista Luís Nassif - Consultado sobre o tema, eis a resposta de Helmut Schwarzer, secretário de Previdência Social do Ministério da Previdência e Assistência Social: "A partir de 1º de janeiro, só as empresas que expõem os trabalhadores a fatores de risco e já são obrigadas a preencher os formulários serão obrigadas a apresentar os PPPs. Queremos a contribuição da imprensa para alertar contra empresários aventureiros que estão tentando se aproveitar do PPP para aterrorizar empresas pequenas e até condomínios."

Mídia
"Quero parabenizar o senhor Octavio Frias de Oliveira pela entrevista no site AOL em 21/10. O que ele falou não é novidade. Quando assisto ao "Jornal Nacional", vejo um jornal incompleto, tendencioso, pois a Globo é uma das empresas que está necessitando do BNDES. Leio a Folha desde 1968. Meu avô já a lia, e meu pai, atualmente com 80 anos, lê a Folha porque ela ainda apresenta um jornalismo sério. Em relação à entrevista, tenho certeza de que o governo do PT quer a subserviência da mídia, pois só assim eles ficarão livres das críticas. O PT quer fazer do Brasil uma Cuba. Espero que este jornal seja sempre independente e idôneo e que não se deixe levar por esses petistas fanáticos."
José Saez Neto (Curitiba, PR)

Decepção
"Como médico psiquiatra, tenho visto muito mais "barrigas d'água" em consequência de cirrose hepática provocada pelo alcoolismo do que barrigas "saradas" das mulheres e homens maravilhosos que estrelam as propagandas de cervejas. Como petista, sinto uma enorme decepção ao saber que o governo federal vai compactuar com a hipocrisia de manter propagandas de "bebidas leves" na TV. O editorial "Publicidade de droga" (Opinião, 29/10) foi brilhante."
José Elias Aiex Neto, médico psiquiatra (Foz do Iguaçu, PR)

Publicidade
"A propósito da carta "Publicibrás" ("Painel do Leitor", 24/10), cabem os seguintes esclarecimentos: 1) os recursos da Petrobras não provêm dos contribuintes -ou seja, do Tesouro Nacional-, mas, sim, da venda de seus produtos nos portões de suas refinarias; 2) as propagandas da empresa devem mostrar a sua contribuição para o país, a qualidade de seus produtos e ampliar a participação da BR Distribuidora no mercado; 3) os recursos da Petrobras, infelizmente, não pertencem apenas à União e aos brasileiros. Com a venda de ações promovida pelo governo passado, a União detém 55,7% das ações ordinárias com direito a voto e apenas 32,2% do capital social da empresa. Seus lucros são distribuídos como dividendos aos acionistas, e a maior parcela é reinvestida na descoberta de reservas e na produção e no refino de petróleo e de gás. Serão cerca de US$ 6,9 bilhões por ano até 2007; 4) a Petrobras recolheu, em 2002, R$ 33,6 bilhões em impostos e contribuições -além de R$ 6,1 bilhões em royalties e em participações especiais na produção-, que devem ser utilizados pelos governos federal, estaduais e municipais em saúde, em educação e em alimentação, como sugeriu leitor; 5) quanto ao valor destinado às verbas de publicidade, a responsabilidade pela sua aprovação cabe ao Conselho de Administração da companhia, da qual fazem parte três ministros de Estado."
Diomedes Cesário da Silva, diretor da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Rio de Janeiro)

Santa Casa
"Fiquei "realizada" com o artigo "O sequestro na Santa Casa" (Dinheiro, 30/ 10). Tudo o que estava obscuro desde o dia 17/10, Luís Nassif conseguiu tornar público. A injustiça, infelizmente, faz parte do nosso dia-a-dia, mas, com determinação e crença em "um ser superior", a verdade vem à tona. Tenho certeza de que, em poucos dias, os responsáveis por denegrirem a imagem e a integridade da pessoa e da profissional Bernadete Pires Pacheco terão de se pronunciar para tentar amenizar o catastrófico engano."
Márcia Turolla, assistente social da Santa Casa de São Paulo (São Paulo, SP)


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