São Paulo, Domingo, 02 de Janeiro de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

Presentes de Natal

"Foi só bem à tardezinha que li o artigo "Não quero nada disso de presente de Natal", de Marcelo Coelho (Ilustrada, 22/12, pág. 4-10), pouco supondo, ao folhear a Folha de manhã cedo, que o "disso" do título pudesse se referir: ao meu livro? A Octavio Paz? Ao Pavilhão da Criatividade? À arte popular, folclórica e absolutamente inútil? A qual deles, pergunto, pois não dá para detectar!
Não conheço Marcelo Coelho, mas o admiro. Para voltar aos saca-rolhas, aos pinguins, celulares e aquários que ele diz não querer receber como presentes de Natal, achei interessante o destaque que deu ao meu livro (recentemente lançado) sobre o Pavilhão da Criatividade. No seu curioso discurso cheio de vaivém, mistura de apreço e repúdio, as associações (compreensíveis algumas, outras gratuitas, Solzhenitsyn, por quê? E Mies, Mondrian e Moore?) parecem revelar não um patrulheiro ideológico, mas sim um habitante de uma grande cidade que aliena mais do que aproxima as suas populações."
Maureen Bisilliat, fotógrafa (São Paulo, SP)

Réveillon

"Curiosidade de neobobos: com o custo de quantas cestas básicas a família imperial e sua entourage passam as férias de fim de ano e festejaram a entrada do ano 2000? O forte de Copacabana já foi palco de gloriosas passagens, entretanto passa doravante a ser muito mais lembrado pelo réveillon do imperador."
Oswaldo Catan (São Paulo, SP)

Compras

"É... O Natal passou. Alguns comerciantes pouco faturaram. As vendas diminuíram sensivelmente e a disponibilidade dos produtos oferecidos pelo comércio não fez o Natal do brasileiro mais feliz. A falta de dinheiro e os outros compromissos assumidos pelo cidadão fizeram com que ele deixasse de adquirir presentes melhores.
Mesmo assim, a partir de janeiro, surgirão, com certeza, muitos inadimplência, que foram iludidos pelo impulso consumista. O ano 2000 se transformará num grande pesadelo."
Antônio Rochael (Iguape, SP)

Caserna em turbilhão

"Ao fazer a escolha entre o brigadeiro Bräuer, um muito digno oficial com uma excelente folha de serviços prestados à Força Aérea Brasileira e ao Brasil, e o sr. Elcio Alvares, assíduo frequentador dos noticiários da CPI do Narcotráfico, o governo FHC mostra a sua cara. É uma pena que uma boa idéia, a criação do Ministério da Defesa, seja exposta ao ridículo pela "Maria Antonieta do Planalto"."
Isnaldo Piedade de Faria (Brasília, DF)

Preconceito

"Parabéns a Sueli Carneiro, autora do artigo ""Terra Nostra" só para os italianos" (pág. 1-3, Opinião, 27/12). Esse texto nos convida a ser mais observadores em relação às mensagens que são levadas aos lares cotidianamente, mesmo porque mensagens sutis ou às vezes diretas, como as captadas pela professora, mostram que, mesmo em uma novela bonita como "Terra Nostra", sempre se estimulam a discriminação e o preconceito.
Devemos lutar sempre para que a igualdade que tanto queremos seja uma mensagem permanente nestes 500 anos, inclusive nas novelas."
Vicente Paulo da Silva, presidente da Central Única dos Trabalhadores (São Paulo, SP)

Produtividade

"Até 1996, micro e pequenos empresários vinham dando uma notável contribuição à economia nacional e cumprindo com suas obrigações fiscais e financeiras.
Devido às medidas restritivas ao crédito, aos altos juros, às multas extorsivas, ao aumento de impostos etc., a maioria das firmas desse setor que mais emprega mão-de-obra faliu, e seus donos tentam vender os seus bens e o que resta de suas empresas, a fim de escapar de avisos de cobrança e de protestos. O que resta fazer é pedir a ajuda ao Sebrae e aos influentes políticos para que intercedam junto do governo federal para o perdão das dívidas fiscais.
As micro e pequenas empresas foram as que mais sofreram com a política econômica do ministro Malan."
Antônio Carlos da Silva (Belém, PA)

Fábrica de marginais

"Desta vez, meu aplauso vai para Gilberto Dimenstein, que sempre retratou muito bem os problemas estruturais do país. Fiquei muito comovida no domingo (26/12) com suas considerações em "Por que o Brasil é uma fábrica de marginais". Como professora de história aposentada precocemente e frustrada, quero dizer, também, que a escola pouco ou nada tem feito de seu papel -o espaço democrático e transformador da sociedade que deveria ser."
Joana Darc Faria de Souza e Silva (Toledo, PR)

Corrupção

"Contagiante como a pior das pestes, a corrupção de políticos e autoridades, contamina todo o país. Espalhando-se por repartições públicas, bancos e outras empresas, ela desce até o cidadão comum e ainda reforça grandemente a ação de marginais e criminosos.
O raciocínio é este: "Se eles, que ganham tanto e trabalham tão pouco, roubam desavergonhadamente, eu é que não vou bancar o trouxa...". E multiplicam-se crimes de toda espécie. Cria-se uma situação difícil solucionar. Enquanto não sanarmos lá em cima a podridão, ela vai escorrendo e infiltrando-se por todo este nosso rico Brasil!"
Sueli Rodrigues Bittencourt (Florianópolis, SC)

Ranking

"A pontuação de liderança inconteste do Palmeiras no ranking do século da Folha destaca o mérito de uma equipe com vitórias globais, que por direito deverá ser a representante brasileira no campeonato mundial da Fifa quando os critérios priorizarem as campanhas legítimas, e não as biônicas, como os atuais."
Wilson de Almeida Filho (Santos, SP)

Boas-festas

A Folha agradece as mensagens de boas-festas que recebeu de: Antonio Palocci Filho, deputado federal (Ribeirão Preto, SP); Assessoria de Comunicação Social da Infraero (Brasília, DF); Natan Berger, presidente e Jayme Wydator, secretário-geral da Federação Israelita do Estado de São Paulo (São Paulo, SP); Antonio Carlos Ronco, reitor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (São Paulo, SP); Heloisa Montes, Arthur Andersen; G. Tommasini, presidente do Sinpec; Pedrinho Mattar (Santos, SP); Carlos Alberto Di Franco (São Paulo, SP); Geraldo Sérgio Gonçalves (Belo Horizonte, MG); Fuji Photo Film do Brasil Ltda.; Ateliê de Textos e NovaQuímica/Sigma Pharma (São Bernardo, SP).



Texto Anterior: Marcos Terena: Uma palavra indígena, 500 anos depois

Próximo Texto: Erramos
Índice

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.