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PAINEL DO LEITOR
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Governo de São Paulo
"Parabéns à Folha. A entrevista
de domingo do governador Cláudio
Lembo deveria ser emoldurada e
servir como lição aos nossos políticos. Se todos tivessem coragem de
proceder da mesma forma, ou seja,
colocando o dedo na ferida, não escondendo ou omitindo os problemas do país, isso certamente muito
ajudaria a resolvê-los. O Brasil é refém de suas elites, que só pensam
em si próprias."
SÉRGIO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE
(Rio de Janeiro, RJ)
"Oportuna a entrevista do senhor
ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo. O que mais chamou a
atenção deste pobre enganado brasileiro foi uma declaração de Lembo ao entrevistador de que o tradicional Estado deste país está bem
pior que o Nordeste. Isso retrata
muito bem o quanto o governo tucano sucateou o berço paulistano."
CLAUDIO A. MACHADO (Capivari, SP)
"Contraditoriamente à sua frase
"Vivemos uma situação social próxima de um vulcão", presente na entrevista publicada na Folha de anteontem (Brasil, pág. A11), o ex-governador Lembo perdeu uma ótima oportunidade para sinalizar
uma vontade política de minorar os
efeitos danosos desse vulcão social
ao vetar o aumento de recursos para a educação pública na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para
2007.
A situação desastrosa da educação pública de São Paulo salta aos
olhos! Como explicar então o veto
do governador?
As entidades representativas dos
docentes, estudantes e funcionários da Unesp, Unicamp, USP e do
Centro Paulo Souza, representadas
pelo Fórum das Seis, após meses de
negociação com os deputados, conseguiram que a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp)
aprovasse um pequeno aumento de
recursos para a educação pública
na LDO/2007.
Agora, neste início de 2007, essas
entidades continuarão a negociar
com os deputados no sentido de rejeitar os vetos do governador.
Assim agindo, a Alesp estará
atuando de forma autônoma, dando uma lição de prática republicana
tão ausente em nosso país."
JOÃO ZANETIC, professor do Instituto de Física da
USP, vice-presidente da Associação dos Docentes da USP e vice-coordenador do Fórum das Seis
(São Paulo, SP)
Políticos
"Durante a campanha eleitoral, a
Justiça Eleitoral apregoava que o
eleitor estava contratando os políticos que irão trabalhar para a sociedade.
No entanto, deixam ao eleitorado
a escolha entre "sanguessugas" e
"mensaleiros", entre dançarinos de
pizza ou os que desviam verbas públicas, entre corruptos ou legisladores em causa própria. A reforma política precisa acontecer, entre outras razões, para que haja uma pré-seleção de candidatos.
Se assim for, talvez possamos
"contratar" alguma esperança. Estamos inaugurando uma nova legislatura que, por incrível que possa parecer, será pior que a anterior."
MARCO ANTONIO BANDEIRA (Rio de Janeiro, RJ)
Violência
"Na nota divulgada pelo Itamaraty e publicada pela Folha de 30
de dezembro último consta que,
por princípio, o Brasil é contrário à
pena de morte.
Eu constato, estarrecido, o quanto a lei pode ser hipócrita. Na mesma semana em que nosso governo,
através do Ministério das Relações
Exteriores, se diz contra a pena de
morte de um assassino genocida
como Saddam Hussein, em nosso
país, pessoas inocentes são mortas
com requintes de crueldade. Só no
Rio de Janeiro já somam dezenas
de mortos. Enquanto isso, o artigo
5º dos direitos individuais e coletivos da nossa Constituição reza: "(...)
garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no país o
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança (...)".
De que adianta a lei se o Estado
não é capaz de fazê-la cumprir? O
povo do Brasil, principalmente das
grandes cidades, é praticamente refém do banditismo. O mínimo que
podemos fazer é mostrar nossa indignação, ao mesmo tempo em que
nos solidarizamos com as vítimas
inocentes, executadas de maneira
selvagem, diante de um Estado
inerte, impotente e indiferente."
SERGIO DA SILVA (São Paulo, SP)
"Eis a diferença de mentalidade e
de atitudes entre um povo altamente desenvolvido e politizado, como
o da Espanha, e um povo conformista, que ignora seus direitos mais
básicos, como o do Brasil.
O atentado terrorista do ETA que
deixou 20 feridos e desaparecidos
no aeroporto de Madri levou as pessoas às ruas para protestar contra o
governo de Zapatero e sua ineficiente política conciliatória com
terroristas, pedindo sua renúncia!
No Brasil, apesar de os bandidos
terem matado mais de 20 civis e policiais e de terem deixado dezenas
de feridos nos últimos atentados do
Rio, a população reagiu de maneira
assustadoramente resignada, como
que anestesiados em uma terra sem
lei. Comemoramos o Réveillon, como se nada tivesse acontecido, desonrando as vítimas desta guerra
urbana, diferentemente dos madrilenos, que cancelaram as festas de
fim de ano.
E, ontem, os culpados por tudo isso tomaram posse para mais quatro
anos de "governo'!"
PAULO KOGOS (São Paulo, SP)
Saddam
"A morte de Saddam Hussein,
considerada até pelo chanceler iraniano Mohammad Ali Hosseini como justa, traz à baila o ódio que todos os leitores têm dos Estados
Unidos, agora com uma âncora especial que é o desastre Bush. Na
verdade, ninguém considerou o alívio para a humanidade que esse fato
representa. Vivo, Saddam representaria um eterno foco de conflitos."
GERALDO SIFFERT JUNIOR (Rio de Janeiro, RJ)
Súmula vinculante
"A propósito da malfadada súmula vinculante, é evidente que criará
dois monstros: o engessamento das
decisões judiciais inferiores ao STF
e uma hierarquia disfarçada entre
os juízes dos tribunais (estaduais e
regionais) e os ministros da Corte
Alta.
É pura falácia que agilizará e modernizará o Judiciário. Culpar juízes por divergirem dos "ministros
supremos" é o mesmo que amordaçar a democracia e inibir a independência daqueles, o que contraria até
a Carta da República.
Se vingar a súmula vinculante, os
juízes só terão o trabalho de "dar o
enter" em suas decisões e dizer
"amém" aos deuses do Supremo."
RONALDO MOREIRA DO NASCIMENTO, advogado
(São Paulo, SP)
Ensino superior
"Concordo plenamente com a
análise que o professor Harley Paiva Martins ("Painel do Leitor", 1º/1),
da Paraíba, fez sobre o texto de Nelson Motta, publicado na Folha em
29/12.
Essas tentativas do governo federal em remendar a situação caótica
do ensino superior não implementam atitudes sérias, de arrojo e eficiência. Não passam de remendos.
Investimento sério no ensino público de qualidade começa na base.
O alicerce de qualquer construção
começa de baixo, mas todos estão
acostumados a olhar de cima para
tudo -e consideram coisa pouca
atender aos que não têm ainda o
poder de voto. Devem lembrar que
qualquer planejamento tomado ao
acaso das circunstâncias políticas
não dará o retorno eficiente."
DORALICE ARAÚJO, professora (Curitiba, PR)
Boas-festas
"A Folha agradece e retribui os
votos de boas-festas recebidos de:
Custódio Pereira, diretoria geral
da Fundação de Rotarianos de São
Paulo (São Paulo, SP); Paulo Ribeiro, Cacique e Café Pelé (Barueri, SP); Mário Grieco, presidente, e
Antonio Carlos Salles, diretor de
Assuntos Corporativos e Relações
Governamentais da Bristol-Myers
Squibb (São Paulo, SP); Tati Isler,
South Africa Tourism (São Paulo,
SP); Klaus Walther, Rolf Halbroth e Amélie Lorenz, Lufthansa
(São Paulo, SP); Eloisa Salles, Alitalia (São Paulo, SP); Marcelo
Lins, ML&A Comunicações (São
Paulo, SP); Sofitel São Paulo (São
Paulo, SP); The McGraw Hill-Companies (São Paulo, SP).
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