São Paulo, terça-feira, 02 de janeiro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Governo de São Paulo
"Parabéns à Folha. A entrevista de domingo do governador Cláudio Lembo deveria ser emoldurada e servir como lição aos nossos políticos. Se todos tivessem coragem de proceder da mesma forma, ou seja, colocando o dedo na ferida, não escondendo ou omitindo os problemas do país, isso certamente muito ajudaria a resolvê-los. O Brasil é refém de suas elites, que só pensam em si próprias."
SÉRGIO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE (Rio de Janeiro, RJ)

"Oportuna a entrevista do senhor ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo. O que mais chamou a atenção deste pobre enganado brasileiro foi uma declaração de Lembo ao entrevistador de que o tradicional Estado deste país está bem pior que o Nordeste. Isso retrata muito bem o quanto o governo tucano sucateou o berço paulistano."
CLAUDIO A. MACHADO (Capivari, SP)

"Contraditoriamente à sua frase "Vivemos uma situação social próxima de um vulcão", presente na entrevista publicada na Folha de anteontem (Brasil, pág. A11), o ex-governador Lembo perdeu uma ótima oportunidade para sinalizar uma vontade política de minorar os efeitos danosos desse vulcão social ao vetar o aumento de recursos para a educação pública na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2007.
A situação desastrosa da educação pública de São Paulo salta aos olhos! Como explicar então o veto do governador?
As entidades representativas dos docentes, estudantes e funcionários da Unesp, Unicamp, USP e do Centro Paulo Souza, representadas pelo Fórum das Seis, após meses de negociação com os deputados, conseguiram que a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovasse um pequeno aumento de recursos para a educação pública na LDO/2007.
Agora, neste início de 2007, essas entidades continuarão a negociar com os deputados no sentido de rejeitar os vetos do governador. Assim agindo, a Alesp estará atuando de forma autônoma, dando uma lição de prática republicana tão ausente em nosso país."
JOÃO ZANETIC, professor do Instituto de Física da USP, vice-presidente da Associação dos Docentes da USP e vice-coordenador do Fórum das Seis (São Paulo, SP)

Políticos
"Durante a campanha eleitoral, a Justiça Eleitoral apregoava que o eleitor estava contratando os políticos que irão trabalhar para a sociedade. No entanto, deixam ao eleitorado a escolha entre "sanguessugas" e "mensaleiros", entre dançarinos de pizza ou os que desviam verbas públicas, entre corruptos ou legisladores em causa própria. A reforma política precisa acontecer, entre outras razões, para que haja uma pré-seleção de candidatos.
Se assim for, talvez possamos "contratar" alguma esperança. Estamos inaugurando uma nova legislatura que, por incrível que possa parecer, será pior que a anterior."
MARCO ANTONIO BANDEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

Violência
"Na nota divulgada pelo Itamaraty e publicada pela Folha de 30 de dezembro último consta que, por princípio, o Brasil é contrário à pena de morte. Eu constato, estarrecido, o quanto a lei pode ser hipócrita. Na mesma semana em que nosso governo, através do Ministério das Relações Exteriores, se diz contra a pena de morte de um assassino genocida como Saddam Hussein, em nosso país, pessoas inocentes são mortas com requintes de crueldade. Só no Rio de Janeiro já somam dezenas de mortos. Enquanto isso, o artigo 5º dos direitos individuais e coletivos da nossa Constituição reza: "(...) garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança (...)".
De que adianta a lei se o Estado não é capaz de fazê-la cumprir? O povo do Brasil, principalmente das grandes cidades, é praticamente refém do banditismo. O mínimo que podemos fazer é mostrar nossa indignação, ao mesmo tempo em que nos solidarizamos com as vítimas inocentes, executadas de maneira selvagem, diante de um Estado inerte, impotente e indiferente."
SERGIO DA SILVA (São Paulo, SP)

"Eis a diferença de mentalidade e de atitudes entre um povo altamente desenvolvido e politizado, como o da Espanha, e um povo conformista, que ignora seus direitos mais básicos, como o do Brasil. O atentado terrorista do ETA que deixou 20 feridos e desaparecidos no aeroporto de Madri levou as pessoas às ruas para protestar contra o governo de Zapatero e sua ineficiente política conciliatória com terroristas, pedindo sua renúncia!
No Brasil, apesar de os bandidos terem matado mais de 20 civis e policiais e de terem deixado dezenas de feridos nos últimos atentados do Rio, a população reagiu de maneira assustadoramente resignada, como que anestesiados em uma terra sem lei. Comemoramos o Réveillon, como se nada tivesse acontecido, desonrando as vítimas desta guerra urbana, diferentemente dos madrilenos, que cancelaram as festas de fim de ano.
E, ontem, os culpados por tudo isso tomaram posse para mais quatro anos de "governo'!"
PAULO KOGOS (São Paulo, SP)

Saddam
"A morte de Saddam Hussein, considerada até pelo chanceler iraniano Mohammad Ali Hosseini como justa, traz à baila o ódio que todos os leitores têm dos Estados Unidos, agora com uma âncora especial que é o desastre Bush. Na verdade, ninguém considerou o alívio para a humanidade que esse fato representa. Vivo, Saddam representaria um eterno foco de conflitos."
GERALDO SIFFERT JUNIOR (Rio de Janeiro, RJ)

Súmula vinculante
"A propósito da malfadada súmula vinculante, é evidente que criará dois monstros: o engessamento das decisões judiciais inferiores ao STF e uma hierarquia disfarçada entre os juízes dos tribunais (estaduais e regionais) e os ministros da Corte Alta.
É pura falácia que agilizará e modernizará o Judiciário. Culpar juízes por divergirem dos "ministros supremos" é o mesmo que amordaçar a democracia e inibir a independência daqueles, o que contraria até a Carta da República.
Se vingar a súmula vinculante, os juízes só terão o trabalho de "dar o enter" em suas decisões e dizer "amém" aos deuses do Supremo."
RONALDO MOREIRA DO NASCIMENTO, advogado (São Paulo, SP)

Ensino superior
"Concordo plenamente com a análise que o professor Harley Paiva Martins ("Painel do Leitor", 1º/1), da Paraíba, fez sobre o texto de Nelson Motta, publicado na Folha em 29/12. Essas tentativas do governo federal em remendar a situação caótica do ensino superior não implementam atitudes sérias, de arrojo e eficiência. Não passam de remendos.
Investimento sério no ensino público de qualidade começa na base. O alicerce de qualquer construção começa de baixo, mas todos estão acostumados a olhar de cima para tudo -e consideram coisa pouca atender aos que não têm ainda o poder de voto. Devem lembrar que qualquer planejamento tomado ao acaso das circunstâncias políticas não dará o retorno eficiente."
DORALICE ARAÚJO, professora (Curitiba, PR)

Boas-festas
"A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Custódio Pereira, diretoria geral da Fundação de Rotarianos de São Paulo (São Paulo, SP); Paulo Ribeiro, Cacique e Café Pelé (Barueri, SP); Mário Grieco, presidente, e Antonio Carlos Salles, diretor de Assuntos Corporativos e Relações Governamentais da Bristol-Myers Squibb (São Paulo, SP); Tati Isler, South Africa Tourism (São Paulo, SP); Klaus Walther, Rolf Halbroth e Amélie Lorenz, Lufthansa (São Paulo, SP); Eloisa Salles, Alitalia (São Paulo, SP); Marcelo Lins, ML&A Comunicações (São Paulo, SP); Sofitel São Paulo (São Paulo, SP); The McGraw Hill-Companies (São Paulo, SP).

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