Desmatamento
"Acompanho desde o início da década de 90 a destruição causada pelos fazendeiros e madeireiros no "Desmato Grosso", ação que se intensificou assustadoramente durante o governo Blairo Maggi.
As derrubadas e as queimadas, que hoje em dia se estendem de maio a novembro, deixam um cenário de guerra, como se bombas tivessem explodido na região. O plantio da soja e do capim vem no lugar da rica biodiversidade, e a floresta de transição, um ecossistema especial, está quase destruído. Milhares de espécies de plantas são substituídas por capim e soja. Milhares de espécies animais são substituídas pelo boi. A região está se tornando um deserto.
Será que esses fazendeiros criminosos, muito deles políticos, acham que vão morar em outro planeta junto com o presidente da República, que é conivente com esses atos?"
MARIA CRISTINA TRONCARELLI (São Paulo, SP)

"Sobre o desmatamento da Amazônia, fica claro que a ganância e o egoísmo não têm limites.
Os destruidores da floresta não pensam nas gerações que sofrerão as conseqüências do vandalismo que praticam. O governo não se empenha para impedir que a devastação cesse. Pior, o presidente Lula nem acredita que os dados do Inpe sobre o aumento do desmatamento sejam verdadeiros. Ele acha que há exagero nos números divulgados.
Daí vão sobrevoar a área para confirmar se, de fato, a devastação aumentou. E quem vai junto para essa averiguação? O governador devastador Blairo Maggi, que endossa a desconfiança de Lula.
É a famosa história da raposa que vai tomar conta do galinheiro."
RITA LOPES (São Paulo, SP)

Carnaval
"Quero externar minha tristeza pelo fato de a escola de samba Viradouro ter escolhido o Holocausto como tema deste ano -pior ainda, com alguns componentes caracterizados de Adolf Hitler. Ainda bem que o Ministério Público proibiu o desfile.
Pena que os organizadores da escola não tenham escolhido como tema a degradação da Amazônia, isso sim seria conclamar o mundo a uma profunda reflexão.
Outro tema interessante seria a violência no Rio de Janeiro, que vive diariamente em guerra e entre balas perdidas e onde inocentes pagam com a vida."
JOSE PEDRO NAISSER (Curitiba, PR)

"Um irmão do meu avô foi preso em Viena pelas tropas de ocupação nazista e foi morto em 1941 num campo de extermínio de judeus.
Nem por isso acho justificável a obscurantista proibição (solicitada pela Federação Israelita do Rio de Janeiro e aprovada pela juíza Juliana Kalichstein) de a escola Viradouro desfilar com um carro alegórico de crítica ao Holocausto.
Os nazistas promoveram o sumidouro de milhões de judeus, e agora alguns judeus conseguem dar sumidouro à liberdade de expressão."
CLAUDIO JANOWITZER (Rio de Janeiro, RJ)

Aeroportos
"Em relação à reportagem "Secretaria ataca proposta da Anac para desafogar SP" (Dinheiro, 1º/2), esclareço que esta secretaria tem por tradição manifestar-se em processos de consulta ou de audiência pública apresentados pelas agências reguladoras visando contribuir com esses órgãos.
No caso específico do Parecer Analítico sobre Regras Regulatórias nº 002/2008, a manifestação da secretaria busca contribuir com elementos para aprimorar a ação da Anac, reconhecendo o trabalho e o esforço da nova diretoria daquela agência.
A análise reconhece o mérito e a relevância de medidas de curto prazo para equacionar importantes gargalos do setor aéreo em São Paulo. Nesse sentido, a análise da secretaria visa destacar que, além das medidas de curto prazo, uma solução estrutural para os problemas de congestionamento no sistema aeroportuário requererá a elaboração de estudos mais profundos, opinião compartilhada por grande parte dos especialistas.
Cabe destacar que a SEAE reconhece que soluções estruturais são complexas e, portanto, requererão tempo e maturidade de reflexão por parte da Anac.
A SEAE mantém estreita sintonia com a nova diretoria da Anac para a modernização e aperfeiçoamento normativo do setor aéreo.
NELSON BARBOSA, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Brasília, DF)

Razão e fé
"Em relação à opinião exposta em "Tendências/Debates" contra o repúdio ao papa na universidade italiana La Sapienza ("Quem tem medo da razão?", 1º/2), digo que razão e fé são, sim, valores incompatíveis. Antagônicos na verdade.
É cada vez mais comum encontrar religiosos alicerçados no belo discurso contra a patrulha ideológica e o totalitarismo epistemológico.
De fato, a liberdade de pensamento e de expressão são valores caros às sociedades civilizadas, mas não devem servir de escudo para o discurso religioso invadir o ambiente acadêmico.
É irônico que esse discurso seja atualmente utilizado pelo mesmo grupo que outrora se ocupava de queimar livros ou mesmo pessoas."
MARCELO OTAVIO CAMARGO RAMOS (Botucatu, SP)

"O texto belicoso de Francisco Borba Ribeiro Neto relata só parte do que aconteceu na universidade La Sapienza, em Roma. Uma importante parte omissa é que os professores contrários à presença do papa explicavam que ele seria bem-vindo, como qualquer outro palestrante, ao longo do ano. Não achavam bom que estivesse palestrando na abertura do ano acadêmico.
Quem conhece a confusa situação política italiana sabe quanta interferência existe nessa política por parte do Vaticano. Informações parciais não ajudam no confronto construtivo."
MARCELO NETTO RODRIGUES (São Paulo, SP)

Universal e Folha
"Chega a ser surreal a notícia de que 39 fiéis da Igreja Universal entraram com ação contra a Folha pela publicação da reportagem "Universal chega aos 30 anos com império empresarial". Faço uma pergunta simples: há alguma mentira na referida reportagem? Já não é de agora que os negócios da Universal ultrapassaram os pórticos dos templos para invadirem áreas que muito pouco têm a ver com o Evangelho e com o Reino de Deus."
DANIEL ROCHA, pastor evangélico (Caieiras, SP)

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