São Paulo, sexta-feira, 02 de abril de 2004

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PAINEL DO LEITOR

Foto polêmica
"Lamentável a escolha da fotografia dos americanos mortos na Primeira Página de ontem. O que a Folha quis mostrar aos seus leitores? Que é ousada o suficiente para publicar a imagem de atrocidades? A foto nada acrescenta ao relato escrito, que por si só já é suficientemente chocante. Os leitores ganharam engulhos pela manhã e a prova de que não há limites para o mau gosto e o desrespeito à vida."
Ana Carolina Pereira de Carvalho (São Paulo, SP)

Massacre
"Barbárie. É como o mundo chamou a atitude dos iraquianos que mataram e queimaram americanos. Mas não esqueçamos que se trata de agentes imperialistas que bombardearam intensamente seu território e, como se não bastasse, continuam ocupando seu território, violentando e matando suas mulheres e crianças. Não que eu ache esse tipo de comportamento justificável, porém todo esse estardalhaço está sendo feito pela morte de alguns americanos quando ninguém mais se preocupa com as vítimas dos bombardeios promovidos por esses mesmos americanos, que causaram centenas de mortos e deixaram outros tantos mutilados ou órfãos. Como podemos chamar essa matança? Talvez de defesa preventiva ao terror. Mas as armas de destruição em massa de Saddam, que ninguém viu, certamente nem existem. Por fim, barbárie é ver o mundo de braços cruzados enquanto o governo americano destrói um povo."
Edvaldo Ferreira Sales (Salvador, BA)

Ladeira abaixo
"Lamentável a notícia de mais uma queda da economia brasileira. Já fomos a oitava maior economia do planeta, caímos para a 12ª posição e, agora, para a 15ª. Fomos superados por países como Coréia do Sul, México e Índia. Desde 1980 o Brasil vem "descendo a ladeira", em processo de decadência, perdendo competitividade e dinamismo. Até quando iremos aceitar essa situação de falta de rumo, submissão e asfixia pelos banqueiros internacionais? Precisamos urgentemente retomar nosso caminho de crescimento. O Brasil, governado por gente corrupta ou incompetente e por uma elite predatória, virou mero pagador dos juros exorbitantes da dívida externa e isso não pode continuar."
Renato Khair (São Paulo, SP)

Concorrência
"Com referência à observação feita pelo conselheiro Scaloppe transcrita na reportagem "Cade rejeita recurso e mantém o veto à fusão entre Nestlé e Garoto" (Dinheiro, 1º/4, pág. B7), de autoria da jornalista Julianna Sofia, o esclarecimento dado foi publicado de maneira truncada e, assim, ficou falseada sua intelecção. A pedido da repórter, por estar em sessão, enviei-lhe manuscrito, cuja íntegra segue: "As colocações do conselheiro Scaloppe foram feitas à proposta do presidente de que se realizasse curto recesso para que o conselho deliberasse sobre a condução do processo à vista das colocações feitas pelo Ministério Público Federal em sustentação oral. Visava justamente a tornar mais célere o processo."."
João Grandino Rodas, presidente do Cade (Brasília, DF)

Esclarecimento
"Refiro-me à reportagem "Relator tenta favorecer empresário em CPI" (Brasil, 27/3), do repórter Rubens Valente, que merece esclarecimentos. Inicialmente, pelo injustificado título, que desconsidera a coerência das explicações e dos critérios que apresentei para recusar a quebra do sigilo bancário do sr. Antonio Celso Cipriani, presidente da Transbrasil, e reproduz a opinião de um dos interessados, no caso parlamentar do PSDB. Nem o título nem a reportagem informam, porém, que meu parecer não foi para recusar o requerimento e que o sobrestamento deixa pendente para ser apreciado mais à frente, concretamente, quando outros documentos e informações sobre o caso chegassem à comissão. A CPI já havia aprovado convocação e quebra do sigilo fiscal em novembro de 2003, com meu parecer favorável. Minha amizade de longa data com Roberto Teixeira, advogado de Cipriani, não me impediu de votar a favor em novembro nem contra em março. A quebra de sigilo bancário é uma medida drástica que exige provas ou ao menos indícios de irregularidades. No caso específico, indaguei, na reunião da CPI, se alguém poderia afirmar que as operações em questão eram irregulares ou ilegais. Nem mesmo o autor do requerimento -senador Antero Paes de Barros- respondeu à indagação afirmativamente. Exatamente por esse motivo, estamos investigando as transações. Também de maneira equivocada, para não dizer maldosa, o repórter registrou que eu recebi o sr. Cipriani antes da quebra do sigilo bancário, sem dizer que foi a única vez em que o vi e que foi no ano passado -novembro-, logo após a aprovação de sua convocação, quando nem mesmo o requerimento de quebra do sigilo bancário existia."
José Mentor, deputado federal (PT-SP) e relator da CPMI Banestado (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Rubens Valente - O teor dos argumentos do missivista constou da reportagem.

Alívio do ministro
"Interessante o fato de José Dirceu estar aliviado. Por acaso o caso Waldomiro foi esclarecido? Agora, mais do que nunca, é necessária uma CPI que demonstre a participação de todos os envolvidos no caso. Seriedade é apurar todo o episódio. Quem não tem o que temer que aprove a CPI já."
Gualberto Luiz Nunes Gouvêia (São Paulo, SP)

 

"Vi nos jornais a foto do ministro José Dirceu com ar de felicidade e alívio. Eu, que sempre acompanhei notícias a seu respeito, tinha certeza de que não iria me decepcionar. Nunca tive dúvidas a respeito da inocência do senhor ministro no caso Waldomiro. Continuo acreditando nele e no governo Lula."
Henrique Ventura dos Reis (Rio de Janeiro, RJ)

Ter ou ser
"O artigo "Desemprego", de Contardo Calligaris (Ilustrada, 1º/4), é simplesmente genial. Numa sociedade consumista, em que as pessoas são o que têm, não o que são, o desemprego tem um alcance devastador sobre as pessoas por ele acometidas."
Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)

Seleção
"A imprensa especializada está cometendo um crime contra um dos mais sagrados interesses do sofrido povo brasileiro: o futebol. Até o Falcão, atleta exemplar, que sempre demonstrou discernimento e honestidade, resolveu resguardar o Parreira. Seguidor fiel do Cláudio Coutinho, pai dos engessadores de talento, Parreira consegue imobilizar craques que, em qualquer lugar do mundo, dão show. Quarto empate seguido, coisa que já em 94 assistimos angustiados. Professor de educação física, de conhecimento meramente teórico, fracasso até em país árabe, o "técnico" do Ricardo Teixeira enche o bolso de dinheiro. É uma das maiores nulidades a que podemos aplicar o ensinamento de Rui Barbosa: "De tanto ver triunfar...". É um escárnio!"
Homero Benedicto Ottoni Netto (Atibaia SP)

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