São Paulo, segunda-feira, 02 de agosto de 2004

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EUA DESACELERAM

A economia americana diminuiu o ritmo de crescimento de 4,5% no primeiro trimestre de 2004 para 3% em abril a junho, de acordo com o Departamento de Comércio dos EUA. A redução na taxa de expansão esteve associada com uma queda de 2,5% na produção de bens de consumo duráveis e uma desaceleração nos gastos militares.
Os fatores positivos foram os investimentos produtivos, que registraram aumento de 8,9%, e o setor imobiliário, que cresceu 15,4% no segundo trimestre. O dinamismo da economia mundial também impulsionou as exportações.
Após subir 1,7% em 2002 e 1,8% em 2003, a inflação projetada para este ano ficou em 3,2% no segundo trimestre, a maior desde o início de 2001. Esse aumento na taxa de inflação pode ser explicado, entre outros fatores, pelas altas nas cotações internacionais do petróleo. Na sexta-feira, o barril havia fechado a US$ 43,80, em Nova York.
Há preocupações com uma possível interrupção na produção petrolífera e com a expansão do consumo global do produto. A disputa fiscal entre o governo russo e a empresa Yukos, ataques à infra-estrutura na Arábia Saudita e Iraque e a instabilidade civil na Nigéria e Venezuela são os principais fatores que alimentam temores de uma queda mais forte no fornecimento do petróleo.
Diante disso, persistem as expectativas de elevação gradual da taxa de juro básica dos EUA em 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Fed (o banco central norte-americano), no dia 10. Para os países emergentes, sobretudo aqueles altamente endividados, como o Brasil, o ritmo moderado de crescimento da economia norte-americana não é uma má notícia, pois pode afastar os temores de mais pressão inflacionária e, conseqüentemente, de uma elevação acentuada das taxas de juros.


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