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EUA DESACELERAM
A economia americana diminuiu o ritmo de crescimento de
4,5% no primeiro trimestre de 2004
para 3% em abril a junho, de acordo
com o Departamento de Comércio
dos EUA. A redução na taxa de expansão esteve associada com uma
queda de 2,5% na produção de bens
de consumo duráveis e uma desaceleração nos gastos militares.
Os fatores positivos foram os investimentos produtivos, que registraram aumento de 8,9%, e o setor
imobiliário, que cresceu 15,4% no segundo trimestre. O dinamismo da
economia mundial também impulsionou as exportações.
Após subir 1,7% em 2002 e 1,8%
em 2003, a inflação projetada para
este ano ficou em 3,2% no segundo
trimestre, a maior desde o início de
2001. Esse aumento na taxa de inflação pode ser explicado, entre outros
fatores, pelas altas nas cotações internacionais do petróleo. Na sexta-feira, o barril havia fechado a US$
43,80, em Nova York.
Há preocupações com uma possível interrupção na produção petrolífera e com a expansão do consumo
global do produto. A disputa fiscal
entre o governo russo e a empresa
Yukos, ataques à infra-estrutura na
Arábia Saudita e Iraque e a instabilidade civil na Nigéria e Venezuela são
os principais fatores que alimentam
temores de uma queda mais forte no
fornecimento do petróleo.
Diante disso, persistem as expectativas de elevação gradual da taxa de
juro básica dos EUA em 0,25 ponto
percentual na próxima reunião do
Fed (o banco central norte-americano), no dia 10. Para os países emergentes, sobretudo aqueles altamente
endividados, como o Brasil, o ritmo
moderado de crescimento da economia norte-americana não é uma má
notícia, pois pode afastar os temores
de mais pressão inflacionária e, conseqüentemente, de uma elevação
acentuada das taxas de juros.
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