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MAIS FISCALIZAÇÃO
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgou a primeira
pesquisa com os preços de combustíveis em revendedores de 60 cidades.
A lista causou polêmica entre alguns representantes dos postos, que
alegam praticar valores diferentes
dos divulgados pela agência reguladora. Nem todos os estabelecimentos foram pesquisados. A ANP admitiu que houve falhas e declarou que
elas serão corrigidas.
Mas o principal objetivo foi atendido. A lista seria uma forma de facilitar a obtenção de combustível mais
barato pelos consumidores e, assim,
estimular a concorrência.
Alguns preços, porém, causam estranheza. É certo que existe adulteração tanto em postos que praticam
preços menores quanto naqueles
que cobram mais caro pelo litro de
combustível. Mas é também inegável
que preços muito baixos indicam
que pode haver adulteração.
Antes, liminares possibilitaram
que alguns postos e distribuidoras
não pagassem o PIS e a Cofins, o que
fornecia significativas vantagens de
custo a essas empresas e aumentava
a amplitude dos preços ao consumidor. Evidentemente, isso dificultava
a identificação de postos que vendiam gasolina abaixo do custo por
estar adulterando o combustível.
Entretanto, desde julho passado,
todo o recolhimento de PIS e Cofins
da cadeia produtiva está sendo feito
nas refinarias, o que praticamente
acabou com essa possibilidade.
Preços abaixo do custo somente
são possíveis com adulteração. Ou
melhor, também são possíveis quando existe sonegação. Mas isso exige
fiscalização da mesma forma.
A ANP fiscalizava somente postos
que eram denunciados pelos consumidores. Por isso, é importante que
estar atento aos postos suspeitos.
Agora, a ANP pretende também verificar a qualidade do combustível
em postos que vendem abaixo do
custo, fazendo bom uso da pesquisa.
A gravidade do problema exige que
a agência leve a termo uma fiscalização ampla e preventiva.
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