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ONDA GLOBAL
O crescimento das exportações, que deve proporcionar
neste ano um superávit comercial recorde, na casa dos US$ 30 bilhões,
está longe de ser um fato isolado, um
feito da atual política econômica que
destacaria o Brasil no cenário global.
Levantamento realizado pelo Iedi
(Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) mostra que o
país ocupa a 32ª posição entre as economias que obtiveram os maiores
aumentos em suas vendas externas
nos 12 meses findos em maio em relação ao período anterior.
O estudo reflete um excepcional incremento do comércio entre as nações, num quadro de aquecimento
da economia internacional marcado
pela retomada dos EUA, pela expansão da China e pela valorização do
euro, que abriu as portas do mercado
europeu. As exportações globais,
que haviam subido 4,9% em 2002,
aumentaram 15,8% em 2003.
Nesse contexto, verificou-se acentuada alta dos preços de commodities, entre elas a soja e metais exportados pelo Brasil, fator que tem contribuído para os bons resultados. É
sem dúvida auspicioso que o país
consiga se valer dessa onda de aquecimento do comércio internacional.
É forçoso observar, porém, que o
Brasil ainda ocupa uma posição bastante discreta nesse cenário. Esse fato, associado à alta competitividade
entre as diversas economias e à forte
presença de produtos primários na
pauta exportadora brasileira, deve
servir de alerta para que as autoridades econômicas não descurem das
condições para a continuidade do
processo de expansão.
Nesse sentido, ganham relevância
políticas industriais que induzam a
um aumento da venda de manufaturados e favoreçam a substituição
competitiva de exportações. O país
ainda tem muito a progredir no comércio mundial, tanto pelo lado das
exportações quanto das importações. Avanços nessa direção são importantes para propiciar mais dinamismo, competitividade e estabilidade à economia brasileira.
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