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São Paulo, terça-feira, 02 de dezembro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Petrobras
"A Petrobras teve a 12ª posição entre as principais companhias das Américas em relação ao lucro obtido. Contudo nenhuma das suas "concorrentes" sacrificou a população para obter a todo custo esse lucro "para inglês ver", como diz o ditado popular -ou, mais especificamente, para o FMI ver. Parte da retração do consumo na economia deve-se à transferência de gastos com combustíveis e impostos. Infelizmente, o brasileiro nunca tem vez, pois o aumento na produção de petróleo não diz nada para nós, pois a Petrobras continua cobrando preço de mercado internacional -além de colocar cerca de 25% de álcool na gasolina (e cobrar como se fosse gasolina pura, ao que parece). Venezuela e México repassam os dividendos da produção para a população."
Lincoln Palumbo (São Paulo, SP)

Surdos
"Parece que todos os brasileiros estavam surdos quando o então candidato a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva bradou a mil ventos a promessa de criar 10 milhões de empregos. Antes, o telhado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso era de vidro e sempre recebia pedradas do PT. E agora nenhuma pedrinha pode ser arremessada contra esse mesmo PT, que não possui plano de governo e tenta iludir o povo com suas bravatas. É uma tristeza ver o país afundando e, o que é pior, sem nenhuma perspectiva de melhora. E essa não é uma visão pessimista, como o presidente Lula prefere qualificá-la quando se vê em descrédito. É simplesmente uma visão realista, de um país em retrocesso."
Maria Elisa (São Paulo, SP)

Exemplo
"A senadora Heloísa Helena deveria seguir o elegante exemplo do deputado Fernando Gabeira e se desligar do PT. Penso que ficar criticando e fazendo birra é uma atitude infantil demais para ser levada à sério. Cansei-me dela e do espaço que a mídia dá para esses bebês chorões."
Sylvia Manzano (São Paulo, SP)

Válvulas e cláusulas
"Na coluna "Reforma política mínima" (Opinião, pág. A2, 1º/12), o nobre articulista Fernando Rodrigues expressa-se como analista superficial de política quando diz que "tudo isso está para ser jogado na lata do lixo". Os 5% dos votos em todo o território nacional -com pelo menos 2% dos votos em nove Estados da federação-, hoje exigidos para a sobrevivência parlamentar dos partidos políticos, são uma fórmula tirada da "caixa de maldades" dos tucanos, quando, hegemonicamente, esperavam ficar no mínimo 20 anos no poder. Esqueceram-se, o articulista e os responsáveis pela lei nº 9.096/95, que a atividade política é uma prática muitas vezes explosiva e que é muito melhor para a coletividade que, nos processos de tomada de decisão de poder, estejam representados os mais variados segmentos da opinião pública por meio de partidos políticos do que, premidos e estimulados pelas injustiças e descaminhos dos governos, do que se enveredarem pelo terrorismo e pela luta armada."
Vítor Nósseis, presidente nacional do Partido Social Cristão (Belo Horizonte, MG)

Leite
"A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia gostaria de fazer alguns esclarecimentos a respeito da reportagem "Lula retoma programa do leite lançado por Sarney" " (Brasil, 31/11). No texto, a presidente do Conselho Federal de Nutricionistas, Rosane Nascimento, desaconselha a volta do programa do Leite. "Retomar a distribuição de leite é um retrocesso. Nutricionalmente não cabe. Só vejo uma justificativa: a mercadológica", avalia ela, que alerta para o risco de tolerância à lactose (produto contido no leite de vaca). Considerando que 6% da nossa população está desnutrida, que a principal forma de desnutrição é a protéico-calórica, que é alto o índice de mortalidade e a ocorrência de doenças relacionadas à desnutrição, que é crescente a prevalência de osteoporose, que o leite e seus derivados são fontes importantes de calorias, proteínas e cálcio, que a ingestão adequada de proteína, de calorias e de cálcio pode prevenir e reduzir sérios problemas de saúde pública -como a osteoporose-, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia afirma que os benefícios do uso de leite em programas de combate à desnutrição superam possíveis problemas relacionados à intolerância à lactose."
Valéria Guimarães, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Brasília, DF)

Orçamento paulistano
"No "Painel do Leitor" de 29/11, o senhor Adilson Laranjeira atacou-me de forma descabida e mentirosa. Jamais ocupei de forma ilegal três cargos públicos e jamais fui condenado pela Justiça. Como não consegue responder às críticas feitas por mim à administração malufista, a prática desse indivíduo e de seu patrão é desqualificar o debate, atacando-me pessoalmente. O que o senhor Maluf precisa explicar verdadeiramente é o custo absurdo da avenida Água Espraiada e o gasto inconstitucional que se deu com a dívida da cidade, que não aumentou somente por causa da taxa de juros -só para citar em dois exemplos dos descalabros de Maluf durante a sua gestão na Prefeitura de São Paulo. Desafio o senhor Maluf a debater publicamente essas e outras questões. O ódio malufista direcionado a mim é antigo e dá-se pelo fato de a maioria das irregularidades de seu governo terem sido denunciadas por mim quando fui vereador (1993/96). E mais: a única vez em que o ex-prefeito foi obrigado a devolver aos cofres públicos dinheiro gasto ilegalmente decorreu de uma ação iniciada também por mim durante o meu mandato. Portanto, tenho muita honra em ser atacado pelos malufistas. Em relação ao senhor Adilson Laranjeira, estou entrando com ação na Justiça por injúria, calúnia e difamação."
Odilon Guedes, ex-vereador pelo PT (São Paulo, SP)

Provão
"Em relação à reportagem "Projeto de Cristovam mantém o provão" (Cotidiano, 1º/12), gostaria de mostrar o quanto acho importante esse aperfeiçoamento na avaliação do ensino superior. Estou ingressando agora na universidade e me preocupo com a qualidade da instituição em que irei estudar. Quero ser uma excelente profissional e levar no meu currículo o nome da minha universidade com orgulho."
Luciana Aragão (Brasília, DF)

 

"Achei muito interessante a reportagem que trata das mudanças na avaliação do ensino superior. É bastante satisfatório para a população ver que o ministro Cristovam Buarque se preocupa em qualificar universidades, cursos e alunos para que eles sejam capazes de resolver problemas de cunho social, como mostrou o exemplo que deu à Folha -'queremos saber se o ensino de um curso de engenharia está voltado para resolver problemas de transporte público ou para a construção de astronaves". É por esse caminho que profissionais de nível superior poderão conseguir resultados para a sociedade."
Fernanda Vieira (São Luís, MA)

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