UOL




São Paulo, sábado, 03 de maio de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

Soy contra
"Não sou e nunca fui eleitor do PT, mas não posso deixar de ficar indignado com a posição radical de alguns parlamentares do partido -bem como com a de integrantes de demais partidos ditos de esquerda- que se estão posicionando contra a reforma da Previdência Social. Não cabe mais ficar discutindo se as medidas propostas pelo governo vão contra o que o PT pregou durante a campanha presidencial de 2002. O fato é: ou se fazem as reformas propostas, ou a Previdência vai de vez para o buraco. Já está mais do que na hora de esses radicais (encabeçados pela senadora Heloísa Helena) acabarem com esse discurso retrógrado do tipo: "Hay gobierno? Soy contra". O presidente Lula e seus ministros podem ter todos os defeitos do mundo, mas não seriam loucos de tomar medidas impopulares -como as reformas propostas para a Previdência- se houvesse outras alternativas possíveis. Essa gente faria um grande serviço à nação se deixasse o governo trabalhar."
Gustavo Garnett Neto (Campinas, SP)


"Considerando que os parlamentares do PT que são contra a reforma da Previdência defendem exatamente as idéias e ideais sempre defendidos pelo PT, não há por que falar em suas expulsões do partido. A sugestão mais adequada é que aqueles que apóiam a tal reforma se afastem do PT e inscrevam-se no PSDB. Aí, sim, haverá coerência com o quadro atual."
Durval Tavares (São Paulo, SP)

Mil desculpas
"O editorial "Incoerência radical" (Opinião, pág. A2, 1º/5) sugere que o presidente Lula peça desculpas aos parlamentares petistas expulsos do partido em 1984. Gostaria de acrescentar que, além dos deputados expulsos, também os eleitores brasileiros merecem muitos pedidos de desculpas por parte do nosso ilustre presidente. Para usar os mesmos adjetivos presentes no manifesto contra a contribuição dos inativos que Lula assinou em 2001, suas atitudes como presidente têm sido "imorais" e "injustas" para com os eleitores que acreditaram em suas promessas de mudança."
Flávio Galvão Pereira (Campinas, SP)

Cuba
"Tudo bem que a Folha seja um dos mais democráticos jornais do mundo, mas, daí a dar direito de resposta ao embaixador de Cuba, francamente! Fiquei indignada. E isso estragou o meu feriado. Há horas em que dá ódio assinar um jornal tão democrático como esse. Cuba, por meio de seu embaixador, teve um direito de defesa maior do que tiveram aqueles três coitados que foram, num exíguo espaço de 12 horas, julgados, condenados e executados. Não adianta o senhor embaixador falar em ditadura de Fulgêncio Batista. Se o antigo ditador de Cuba tivesse efetuado a mesma coisa que a ditadura atual fez com aqueles coitados, hoje o senhor Fidel Castro seria uma página virada na história. Ou melhor, nem teria chegado a escrevê-la e, como consequência, os familiares de muitas vítimas não estariam chorando a ausência de seus parentes. Em muitos países há, legalmente, a pena de morte. Só que o condenado não é executado sumariamente em menos de 24 horas após a sentença. Em Cuba, a execução foi tão sumária quanto aquelas citadas pelo senhor embaixador."
Neli Aparecida de Faria, advogada (São Paulo, SP)


"Três piratas criminosos foram julgados e sentenciados em Cuba e o mundo inteiro se revoltou. Desde o papa até jornalistas e escritores famosos gastaram rios de tinta condenando o governo cubano. Quinze cidadãos iraquianos foram assassinados em praça pública pelo Exército americano e não se ouviu nem um murmúrio, nem um ciciar, nem sequer um vagido de condenação ao ato nefando. Quanta hipocrisia!"
José Angeli Sobrinho (Curitiba, PR)

Eterno sufoco
"Após oito anos de vice-presidência, Marco Maciel aparece com inúmeras "soluções" para alterar a Constituição e a reforma tributária ("Reforma, realismo e simplicidade", "Tendências/ Debates", pág. A3, 29/4). Fica a seguinte questão: por que ele não propôs ao então presidente FHC, no decorrer de todos os oito anos em que governaram, essas idéias geniais para tirar o país do seu aparente eterno sufoco?"
Francieli Lisboa de Almeida (Curitiba, PR)

Não reciclo mais
"Como cidadã consciente, há anos separo o lixo reciclável e entrego-o nos postos colocados nos supermercados Pão de Açúcar. Apesar disso, estou sendo punida com uma tal de "taxa de lixo". Por isso decidi que não reciclo mais. Pago a taxa, e dona Marta Suplicy que resolva o que fazer com o lixo."
Eliane Guimarães de Vasconcellos (São Paulo, SP)

Justiça vesga
"Ao punir a Ponte Preta por ter escalado um jogador de forma irregular em uma partida, a CBF pretende dar uma idéia de "Primeiro Mundo", como se fosse detentora de uma organização perfeita. Ao não punir os clubes que omitem suas rendas -fato que impossibilita a cobrança pelo INSS de 5%-, os que atrasam salários de jogadores e os que não recolhem devidamente o FGTS, ela mostra sua outra face. Pune o erro burocrático, mas faz vista grossa ao erro social, em uma completa desarmonia com a política do governo Lula."
Ruy Celeste Bertotti (Bauru, SP)

Saneamento
"Equivocada a reportagem "Para Sabesp, projeto de Marta é arrecadatório" (Cotidiano, pág. C3, 30/4), para a qual dei entrevista ao jornalista Sérgio Duran. Além de afirmar que o secretário estadual de Recursos Hídricos havia feito conjecturas infundadas, respondi pontualmente os equívocos da avaliação preliminar do secretário. Dentre elas, que o projeto não prevê nenhum tipo de tributação, pelo contrário. Afirmei que, com planejamento, regulação e ações de saneamento ambiental integradas, poderíamos baixar os atuais níveis tarifários com um aumento na qualidade da prestação do serviço à população, como ocorre hoje em municípios como Franca (com serviço também operado pela Sabesp), onde, além de a tarifa ser mais barata que a de São Paulo, os serviços são de melhor qualidade. Questões de recursos hídricos não fazem parte da regulamentação a que o projeto se propõe, muito embora tenha sido considerado como matéria fundamental para a sua orientação e o seu planejamento. Sem contar que, no caso específico da cidade de São Paulo, não se trata de uma questão metropolitana, mas, sim, de uma questão hídrica nacional. Em relação ao campo jurídico, gostaríamos de salientar que o projeto encontra-se amplamente amparado na Constituição Federal e na Lei Orgânica do Município, assim como está em sintonia com as leis estaduais de recursos hídricos, de saneamento e de concessões."
André Oliveira Castro, chefe da assessoria econômica e financeira da Secretaria Municipal de Infra-Estrutura Urbana (São paulo, SP)
Resposta do jornalista Sergio Duran - A reportagem apenas apresentou as posições da Prefeitura de São Paulo e da Sabesp sobre o tema.



Texto Anterior: NÃO - Marcelo Allain: Oportunidade para o Tesouro

Próximo Texto: Erramos
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.