São Paulo, sábado, 03 de maio de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Investimento
"Muitos estão querendo, aqui neste "Painel do Leitor", desqualificar ou minimizar os méritos do governo Lula pelo crescimento econômico que estamos vivenciando, assim como a obtenção do "investment grade", da Standard & Poor's.
Dizem que o mérito é do governo passado, que criou os "fundamentos" para todos esses sucessos. Além de achar isso uma aberração e uma desonestidade com os fatos e com a história do que realmente foi o governo tucano, tenho uma opinião diferente.
Se o atual governo tivesse seguido os "fundamentos" do governo FHC, hoje estaríamos, talvez, pela sexta vez, com o pires na mão pedindo dinheiro ao FMI -e o dólar estaria a, pelo menos, R$ 5.
E, logicamente, a culpa seria da crise no Zimbábue."
NYLSON GOMES DA SILVEIRA FILHO (Bertioga, SP)

Indenizações
"Ao defender o pagamento de pensões/indenizações aos perseguidos e torturados pela ditadura, reporto-me ao direito do cidadão e ao dever do Estado, estampados em nossa Constituição federal -direitos de todos e garantia a todos. Não se pode admitir o Estado que tortura, que não garante ao povo os mais elementares direitos, entre os quais o de ser respeitado em sua dignidade.
É preocupante a ignorância sobre o ocorrido em nosso país tão recentemente. Os que instituíram OSPB e EPB nos currículos escolares tiveram êxito, por isso é necessário falar sempre na "revolução", para que tais episódios não mais se repitam. Torturar, jamais!
Em nenhuma circunstância, em nenhuma época."
ORLANDO GOMES DE FREITAS (São Paulo, SP)

"Santificar os que, com armas, se opuseram à ditadura militar não resolve. Os milhões que vão para essas pessoas seriam mais úteis no saneamento básico, diminuindo a "tortura" que é ver filhos morrerem por doenças do século 19.
E uma pergunta a quem justifica tudo isso: como teria sido o governo do pessoal da luta armada (stalinistas, maoístas etc.) se tivessem vencido? Teriam agido dentro dos princípios dos direitos humanos? Não teriam matado, torturado, seqüestrado ninguém?
Nada justifica uma ditadura, mas menos ainda que se troque uma pela outra."
FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Governos
"Fora a linguagem chula utilizada pelo jovem deputado Rodrigo Maia ("O Lula dos ventos e a tempestade dos juros", "Tendências/Debates", 2/5), concordo com muitas de suas colocações sobre o governo Lula, sua sorte e suas limitações.
Mas o que realmente não dá para imaginar é que ele e seu partido pudessem fazer melhor.
O mais próximo exemplo administrativo do parlamentar, a Prefeitura do Rio de Janeiro, comandada por seu pai, não deixa dúvidas sobre quem é o verdadeiro "biruta"."
JOSÉ HAMILTON CRUZ (São João da Boa Vista, SP)

Lula e Cid Gomes
"É inadmissível a defesa que o presidente Lula fez do governador do Ceará, Cid Gomes, querendo justificar a falta de seriedade no gasto de dinheiro público com outras malversações desse tipo, feitas por diferentes políticos ou funcionários públicos.
O que se pode esperar de um país cujo presidente dá um exemplo assim tão degradante para os seus cidadãos? Na verdade, foi dado o sinal verde para que todos procedam da mesma forma.
Não é à toa que a nossa juventude está à deriva. Sem bons exemplos, a honestidade, a responsabilidade e outros valores cívicos não têm como prosperar.
O presidente Lula está se iludindo com o momento favorável que o país vive. Mas que ele não tenha dúvida de que toda essa gastança irresponsável de dinheiro público e essa falta de seriedade no exercício da função pública logo cobrarão o seu preço, jogando o país numa grave crise econômica e social."
ALOÍSIO DE ARAÚJO PRINCE (Belo Horizonte, MG)

Baianos e QI
"O coordenador do curso de medicina da Universidade Federal da Bahia, Antônio Natalino Manta Dantas, com sua infeliz declaração sobre o QI dos baianos, só deixou claro que, além de incompetente, é um indivíduo extremamente infeliz na escolha das palavras.
Todo professor precisa pensar duas vezes antes de colocar em seus alunos a culpa por seus próprios fracassos.
Principalmente para nós, professores, é muito triste saber que entre aqueles que trabalham nas nossas universidades federais há gente que, além de ser incapaz de ensinar, se mostra desinteligente até para detectar as verdadeiras causas de sua ineficiência."
LUIZ LYRIO, professor de história (Belo Horizonte, MG)

"É pena ouvir uma crítica dessas de um próprio baiano. Já não bastassem os sulistas julgando-os como preguiçosos, agora dou de cara com um baiano "detonando" de vez com o seu próprio povo.
Em certos momentos de ira, podemos ser infelizes nas falas, entretanto, quando notamos os erros, desculpamo-nos. E até agora não soube de nenhuma desculpa do coordenador.
E o que é que a Bahia tem? Dorival Caymmi? Castro Alves? Jorge Amado? "Pelô'? Acarajé? Hospitalidade? Ou, infelizmente, comentários tristes e polêmicos como o do senhor Dantas?
O povo aguarda uma desculpa."
MATHEUS TOMIO (Curitiba, PR)

"E pensar que a Bahia já produziu Castro Alves, Jorge Amado, Carlos Marighella, Milton Santos... Se berimbau tivesse quatro cordas, seria tocado como violoncelo pelos baianos."
PAULO AUGUSTO DE PODESTÁ BOTELHO (São Paulo, SP)

Arte
"Na edição de 30/4 da Ilustrada, o artista plástico Rubens Mano respondeu a artigo de Ferreira Gullar ("O cachorro como obra de arte", Ilustrada, 20/4). Tanto palavreado só reforça, para mim, o ponto de vista de Gullar. Zeca Baleiro e Zé Ramalho, na música "Bienal", continuam fazendo uma dobradinha sensacional com Gullar."
WAGNER MEMBRIBES BOSSI, arquiteto e urbanista (São Paulo, SP)

Virada Cultural
"A propósito ainda da Virada Cultural, não entendo como o debate na imprensa não passa por uma análise do conteúdo de tal empreendimento político em véspera de eleição.
A Secretaria Municipal de Cultural diz que esse amontoado de shows, localizados apenas no centrão de nossa cidade, significa "levar cultura de qualidade à população".
Eu acho que isso é debochar de nós todos que lutamos há anos por um programa de políticas públicas na área da cultura.
Eventos passam como o vento. Vamos parar com demagogia e respeitar mais a cultura, os nossos artistas e o nosso povo. Basta de pão e circo!"
LULU LIBRANDI, produtora teatral (São Paulo, SP)

CARTA REGISTRADA
"Gozado. Lula tem mais de 50% de aprovação, e este "Painel do Leitor" só publica cartas contrárias ao governo."
MIGUEL DANIEL NETO (São Paulo, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Marcos Mesquita: É preciso mudar o foco

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.