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Indústria menor
PESQUISA DO IBGE recentemente divulgada confirmou
que a indústria do Estado
de São Paulo vem perdendo participação na indústria nacional.
O peso do Estado na produção
industrial do país recuou de 49%
para 40% entre 1996 e 2005, enquanto seu quinhão no número
de empregados do setor encolheu de 42% para 36%.
Esse processo de redução da
concentração da indústria em
São Paulo se deve, em parte, a fatores espontâneos, e trouxe,
também de modo parcial, repercussões saudáveis.
A experiência internacional
ensina que a partir de certo ponto as vantagens da aglomeração
de indústrias, como o aproveitamento intensivo das infra-estruturas de transportes e energia e a
agilidade logística, tendem a ser
diluídas por desvantagens, como
a degradação ambiental e a sobrecarga da infra-estrutura.
Em grande medida, o crescimento de novos pólos industriais dentro do Estado de São
Paulo esteve ligado à saturação
da região metropolitana. Mas esse movimento implicou uma
desconcentração da indústria
apenas dentro do Estado.
O avanço da indústria nas demais praças do país foi estimulado pela expansão da fronteira
agrícola e da mineração, bem como pelo encarecimento relativo
da mão de obra nas regiões mais
industrializadas. Mas também
pesou a agressiva concessão de
benefícios fiscais.
A redução de impostos é um fator defensável de atração de investimentos quando se trata da
disputa entre países, ou quando
os rivais são municípios vizinhos
de uma região que a racionalidade econômica indicaria ser propícia à instalação de indústrias.
Já a disputa entre Estados,
sem a mediação de uma política
nacional, é danosa. A guerra fiscal produziu distorções óbvias,
que oneram desnecessariamente a infra-estrutura de transportes: plantas industriais muito
distantes dos mercados consumidores e das fontes de matérias-primas e insumos.
O combate a essas distorções
geradas pela guerra fiscal deve
ser -ao lado da redução da carga,
da simplificação e da eliminação
da cobrança cumulativa de tributos- uma das prioridades da reforma tributária que já tarda.
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