São Paulo, quinta-feira, 03 de agosto de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Ciro Gomes
"A propósito da matéria "Diretor de banco estatal faz arrecadação para eleger Ciro" (2/8), solicito, em respeito aos leitores da Folha, esclarecer que: 1) O diretor em questão não faz arrecadação, como foi informado ao repórter; 2) A iniciativa que tomei obedece absolutamente à legislação em vigor acerca de contribuições partidárias e em nada fere a ética com que sempre me comportei na vida pública; 3) Para as convenções partidárias -antes, portanto, de constituídos os comitês financeiros das coligações-, os partidos políticos são legalmente autorizados a receber contribuições de pessoas físicas ou jurídicas em suas contas bancárias, de tudo prestando contas regulares à Justiça Eleitoral. Foi estritamente o caso em questão. Disto o repórter foi informado, e dos leitores da Folha tal informação foi escamoteada. Disse ao repórter que os recursos em questão foram depositados na conta do partido através de depósitos bancários regulares e contra recibos formais. Disse mais: que a contabilidade do partido estava à disposição do repórter, e isto também foi omitido na matéria infamante em questão; 4) Fiz uma carta transparente -evidentemente malfeitores não documentam suas ações por cartas assinadas-, e o repórter, de forma repugnante, omitiu, no texto, um de dois parágrafos (embora o fac-símile demonstre), justamente o que afirma textualmente que a contribuição solicitada a pessoas físicas havia que se conformar aos padrões legais e éticos com que sempre pautei minha vida pública. Minha iniciativa teve a intenção de dar total transparência ao esforço inevitável de financiamento da campanha. Aceito humildemente a crítica política se alguém considerar impertinente a forma que usei, mas repudio a dubiedade que insinua qualquer ilegalidade ou imoralidade; 5) A legislação brasileira e os padrões éticos pertinentes ao assunto em nada se ferem se um servidor público, filiado a um partido político, fora do expediente, preste serviços voluntários ao partido ao qual é filiado. Importante repetir que o servidor público em questão não arrecadou, apenas levou uma carta minha solicitando uma contribuição regular para o esforço partidário."

CIRO GOMES (Brasília, DF)

"A Folha publica em 2/8 notícia sobre arrecadação de dinheiro para a campanha eleitoral de um candidato a deputado federal pelo Ceará. A reportagem também menciona suspeitas sobre um financiamento concedido pelo Banco do Nordeste do Brasil ao STN (Sistema de Transmissão Nordeste), já refutadas pelo Tribunal de Contas da União. O assunto não tem conexão com o pretexto da reportagem nem com a realidade. Evocou-se uma obra da maior importância para o Nordeste brasileiro -a implementação de linhas de transmissão de energia elétrica entre Teresina e Fortaleza-, obra concluída em fins do ano passado, o que foi feito graças a financiamento do BNB. É preciso esclarecer que não existe nem existiu consórcio algum envolvido com o caso. O jornal cita suspeitas e "conclusões" do Ministério Público de que teria havido irregularidade na operação, mas omite que o contrato já foi examinado e reexaminado pelo Tribunal de Contas da União, que concluiu, por unanimidade, que a transação foi absolutamente regular e correta. Afastou-se, portanto, toda e qualquer suposição maliciosa em torno do caso. O Sistema de Transmissão Nordeste repele a indevida associação de fatos que não guardam qualquer relação entre si, bem como o resgate de suposições que não encontraram qualquer respaldo na vida real."

ANDRÉ ARON, assessoria de Imprensa do Sistema de Transmissão Nordeste (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Rubens Valente - Ao contrário do que diz o missivista, não houve "suspeitas e conclusões" do Ministério Público: houve denúncia formal protocolada na Justiça Federal, ainda sob análise no Tribunal Regional Federal da 5ª Região. A decisão do TCU favorável ao BNB consta da entrevista feita com o diretor do banco. A STN é formada pelas empresas Alusa e Chesf, daí o uso do termo "consórcio". Em sua página na internet, a Alusa se refere à STN como "um consórcio".

Cotas
"O artigo de Sérgio Danilo Pena "Ciência, Bruxas e Raças" (2/8) consiste, a meu ver, em uma rica e generosa contribuição ao debate do tema das cotas raciais. De argumento e retórica impecáveis, enraizados na melhor tradição humanista, ele sinaliza com precisão o que há de socialmente perverso e empobrecedor em uma eventual admissão, se assim o quiser o legislador, da disposição que obrigue a cidadania a conceber a sua identidade principalmente a partir da cor da sua pele. A sociedade decerto que conhece formas superiores de combate às desigualdades sociais e à discriminação racial, infelizmente ainda fortemente manifestas entre nós."

LUIZ WERNECK VIANNA (Rio de Janeiro, RJ)

"A respeito do artigo de Sérgio Danilo Pena (2/8) afirmando que no futuro a idéia de que existiriam raças humanas será obsoleta como é hoje a crença medieval em bruxas, e que por isso o Estatuto da Igualdade Racial não faz sentido, cabe perguntar se seria então correto pedir, naquela época, às mulheres que estavam para ser queimadas como bruxas, que não se preocupassem nem tomassem nenhuma atitude, pois no futuro os motivos que levavam a sociedade a supliciá-las seriam considerados crendice sem qualquer base na realidade?"

CARLOS FIGUEIREDO (São Paulo, SP)

Chico de Oliveira
"Não concordo com a descrição depreciativa camuflada que José Arthur Giannotti faz do professor Chico de Oliveira (Mais!, 30/7). Nos mais de 10 anos de minha convivência profícua com Chico de Oliveira no Cebrap, estive entre aqueles que se beneficiaram de sua criteriosa busca pelo alvo preciso, não raro na figura de pássaro de plumagem muito bem definida."

CARLOS NOVAES (São Paulo, SP)

Globo
"Ao contrário do que foi publicado na Ilustrada (29/7), o programa "Linha Direta/Justiça", da TV Globo, não perdeu em audiência para a final de "Ídolos", do SBT. O "Linha Direta/Justiça" foi exibido das 22h43 às 23h28, alcançando média de 25 pontos de audiência com 40% de participação, em São Paulo, enquanto "Ídolos", no mesmo período, registrou 17 pontos de audiência, com 28% de participação, com uma diferença a favor do "Linha Direta" de oito pontos percentuais."

LUIS ERLANGER, Central Globo de Comunicação (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do jornalista Thiago Ney - A reportagem diz que "Ídolos" foi líder de audiência entre 23h29 e 23h56, o que de fato ocorreu, mas nesse horário só concorria com o "Jornal da Globo". Leia a seção "Erramos".

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Tales Castelo Branco: O julgamento de Zélia Cardoso de Mello

Próximo Texto: Erramos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.