 |
 |
 |
 |
São Paulo, segunda, 4 de janeiro de 1999
 |
 |
|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice PAINEL DO LEITOR Mutilação de mulheres "Parabéns à Folha por, mais uma vez, denunciar violências institucionais contra a mulher, até hoje complacentemente acolhidas pelos organismos internacionais (Mundo, 1º de janeiro). O enfoque, no entanto, não esclarece o leitor sobre todos os ângulos da questão. A ênfase dada à falta de higiene e aos métodos primitivos pode dar a impressão de que só pessoas vivendo na periferia da medicina contemporânea recorrem a tais práticas. Mas em grande parte dos países citados, particularmente naqueles sob governos socialistas, a mutilação é feita em hospitais modernos. Meninas de todas as classes sociais, com pais das mais diversas profissões, inclusive diplomatas e médicos, aceitam essa imposição cultural. Desde os anos 70, durante os quais, exilada na França, participei dos movimentos de mulheres que denunciavam essa prática, sofremos intensa obstrução contra essas denúncias por parte da "intelligentsia' das esquerdas. Alegavam ser uma intromissão imperialista criticar costumes de terceiros." Danda Prado (São Paulo, SP) Evangélicos "A mídia nacional sofre do mal da desinformação ou de má vontade no que se refere às orações e às rezas. Anteontem (Brasil, pág. 1-11), sob a foto da posse do governador Anthony Garotinho, vinha a seguinte legenda: "(...) Garotinho (PDT) se ajoelha e reza durante a festa da posse (...)'. A mídia (não só a Folha) precisa aprender que, ao menos para os evangélicos, rezar e orar são coisas diferentes. Rezar é seguir à risca uma oração já feita anteriormente; a oração é algo espontâneo, quando aquele que se dirige a Deus usa suas próprias palavras, não as de outrem. Portanto, o governador, que é evangélico, estava orando." Marcelo Smeets (Mauá, SP) Celulares "É a mais moderna miçanga para os índios do Terceiro Mundo. O nativo compra uma linha de celular e sai por aí, todo garboso, sentindo-se em comunhão com o mundo. Logo percebe que foi vítima de um monumental estelionato: simplesmente não funciona. O cotidiano se enriquece com cenas surrealistas: gente empoleirada na cadeira em pleno restaurante, pessoas fazendo contorcionismo para "caçar' sinais inexistentes. É a coreografia da humilhação, sobre o pano de fundo do Código do Consumidor e com uma trilha sonora de barulhinhos sinalizadores que não servem para nada. Vítimas tragicômicas, persistimos na alegre aceitação do engodo, em nome de um status discutível. Será que nos países sérios também é assim? Ou esse delírio de comunicação só existe mesmo nos filmes de Hollywood?" Minas Kuyumjian Neto (Carapicuíba, SP) Curas alternativas "O Conselho Regional de Medicina mostra bem sua cara quando se nega a verificar os curandeiros espalhados pelo país (Cotidiano, 1º/1). É tão classista que tem medo de encontrar algo que não poderá explicar à luz da razão. Então, seus integrantes posam de seres superiores, acima de todos, inclusive da população, que apresenta índices alarmantes de miséria em termos de atendimento médico." Luiz Antonio Fracarolli (Lençóis Paulista, SP) "Com relação à reportagem publicada em 1º/1 citando o divinismo, acrescento: o divinismo é a verdade reposta em seu verdadeiro lugar. É a grande restauração da doutrina do caminho. A humanidade está próxima do período apocalíptico, um novo céu e uma nova Terra, e continua chafurdando em erro, materialismo e ignorância, frutos dos religiosos profissionais, que desviaram os filhos de Deus dos desígnios divinos, da divina verdade. Religião, para Deus, é viver os Dez Mandamentos e cultivar nobremente os dons do Espírito Santo, carismas ou mediunidades. Elias (o mesmo Moisés, o mesmo João Batista, o mesmo Kardec) voltou, como está profetizado, e nesta vida, com o nome de Osvaldo Polidoro, entregou-nos o Evangelho eterno, ou de Deus, profetizado em Apocalipse 14, 1 a 6." Darci Bersani (São Paulo, SP) Mulheres e cofres "Jornalista inteligente e bem informado, Janio de Freitas resvala no preconceito ao afirmar, em "A festa dos cofres públicos' (Folha de 29/12), o seguinte: "Porque cofre público é como aquele cofre feminino: uma vez aberto -bom, deixa pra lá'. Como mulher e cidadã brasileira, espero de nossos jornalistas, agentes culturais e formadores de opinião, respeito e dignidade no uso do espaço que têm na imprensa, não importa quão sórdido seja o tema. Por outro lado, é pena que tão ilustre senhor tenha visão tão negativa do tal cofre feminino." Maria Helena R. Campos (Belo Horizonte, MG) Ciência e tecnologia "Roberto Nicolsky (Dinheiro, pág. 2-2, 1º/1) está corretíssimo na sua análise sobre a necessidade de que a comunidade científica brasileira dê maior ênfase à inovação tecnológica, gerando competitividade para a indústria e bem-estar para a sociedade. Embora o governo federal esteja atento a essa necessidade, é desalentador verificar o descaso com a liberação de verbas (já aprovadas) para financiar projetos científicos de claro apelo tecnológico." Marcelo Menossi (Campinas, SP) Argélia "Há tempos observo o noticiário (pequeno) que dá conta do massacre de pessoas inocentes -inclusive crianças- por fanáticos religiosos e, ao que parece, também por membros do Exército argelino, para jogar a culpa nos fanáticos. As noticias pingam aqui e ali. Um dia, 20 mortos; no outro, 30. Tem sido assim há mais de um ano. Tal massacre vai continuar impune? Não há movimento algum no mundo para rechaçar firmemente tal estado de coisas? Os anos 90 são, além da globalização, os anos da desumanização." Ricardo Lima Vieira (Cruzeiro, SP) Crise? Que crise? "O movimento surpreendente de final de ano no comércio e o feriadão com mais de 2 milhões de paulistanos no litoral (preocupadíssimos com a crise!) são demonstrações de que a economia brasileira está viva e resiste às expectativas negativistas, pessimistas, catastrofistas e apocalípticas dos eternos urubus, agourentos, biliosos, hepatopatas e outras tantas categorias de indivíduos que só conseguem enxergar o lado ruim e negativo das coisas. Dentre eles há gente boa, inclusive Carlos Heitor Cony, que, em suas crônicas, não se vexa de chamar de débeis mentais, cretinos e desinformados os que votaram em Fernando Henrique e ainda encontram razões para encarar com otimismo o futuro deste país." Marcos Araújo (São Paulo, SP) Boas-festas A Folha agradece as mensagens de boas-festas que recebeu de: Colégio Palmares; Escola Nossa Senhora das Graças; United States Information Service - Usis; Elvira Viedma, Centro Oficial de Turismo Espanhol; Caesar Park Hotels & Resorts; Vladimir Války; Timothy Lovell, British Tourist Authority (BTA); Sérgio Padilha (São Paulo, SP); Aroldo Araujo Propaganda (Rio de Janeiro, RJ); Pier1; Taks Tour; Alfredo Spinola de Mello Neto; Avis; Marcelo Credidio Mello; Yosushi Imai, cônsul do Japão (São Paulo, SP); Alberto Calvo, deputado (São Paulo, SP); Roland de Bonadona, Hotelaria Accor Brasil; Abih - Associação Brasileira da Indústria de Hotéis; Soletur; Almita Kauffmann, relações-públicas da Kur (Gramado, RS); G. Vigier, hotel Sofitel (São Paulo, SP); Fabíola Bemfeito, equipe da Walt Disney Attractions - Brasil; Continental Airlines; American Express; Regina Celi de Sousa, presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia - 8ª Região (São Paulo, SP). Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
|
|