São Paulo, domingo, 04 de março de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Amazônia
"Helio Jaguaribe apresentou sua opinião sobre o que fazer com a Amazônia e, sobretudo, sobre como tratar as populações indígenas ("A perda da Amazônia", "Tendências/ Debates", 19/2). E, sendo a seção intitulada "Opinião", precisamos respeitar suas opiniões. Opinião por opinião, aqui vai a minha: se 200 mil indígenas ocupam 103 milhões de hectares, é bom saber que 25 mil fazendeiros ocupam a enormidade de 132 milhões de hectares.
E ainda falta alguém explicar por que a ocupação dos fazendeiros representa progresso e a dos indígenas significa atraso. Será que é porque estes preservam a mata no lugar de derrubá-la? Tem mais um detalhe: além destes 132 milhões ocupados, mais ou menos legalmente, cerca de 2.000 fazendeiros roubaram uma área grilada de outros 70 milhões de hectares.
Ao valer a conta feita pelo sociólogo, só estes 70 milhões de hectares grilados poderiam produzir, por dia, dez vezes mais biocombustível do que todo o petróleo da Arábia Saudita.
Será que é necessário tirar terra das populações indígenas? Não bastaria recuperar as terras griladas, uma vez que a lei diz que isso é crime? Aliás, por que será que grileiro ainda não vai para a cadeia? Há muito mais por fazer antes de se preocupar com as terras indígenas."
SANDRO GALLAZZI , Comissão Pastoral da Terra (Macapá, AP)
 

"Acabo de ler o artigo "A perda da Amazônia" e concordo com os comentários de Helio Jaguaribe sobre a região amazônica. Nós, brasileiros, estamos correndo o risco de perder essa terra que Deus nos confiou. É preciso, com urgência, despertar as nossas autoridade para que percebam o que está se passando de grave na região. Parabenizo Jaguaribe pelo grito de alerta que levantou e espero que continue nos alertando sobre o território brasileiro na região amazônica, tão cobiçado pela voracidade da economia capitalista. Faço votos para que o autor consiga despertar a juventude para se motivar na defesa do território brasileiro."
TIBOR SULIK (Rio de Janeiro, RJ)

STF e os poderosos
"Enquanto os juízes de primeira instância e a promotoria pública lutam para realizar justiça e diminuir os privilégios, mais uma vez o Supremo Tribunal Federal mostra sua face de salvaguarda das elites. Ao alegar uso político dos processos de improbidade contra autoridades, baseada em alguns poucos casos entre centenas de ações, barra uma das mais importantes conquistas da sociedade brasileira. E o pior é o silêncio dessa mesma sociedade. Acredito que esse ato do STF seja muitíssimo mais grave do que os crimes hediondos tão comentados no país. Está na hora de a sociedade civil, entidades e imprensa se levantarem contra atos das cortes superiores, que, recheadas dos pensamentos mais oligarquistas da nossa sociedade, impedem o saneamento moral e o combate à corrupção."
EDÍLSON FORLIN (Curitiba, PR)

Violência
"Tenho visto uma ruma de "intelectuais" praticando a nobre arte de se refrescar com a pimenta nos olhos dos outros, clamando por vernizes iluministas etc. Sugiro que, em vez de fazerem o curso de vítima por correspondência, tentem sofrer na pele o horror que tem sido protagonizado pelos queimadores de pataxós, todos filhinhos de papai, alguns muito bem empregados, por sinal, e pelos matadores de crianças, como João Hélio. Talvez se conscientizem de que a maldade não tem hora nem local, mas necessita de severa punição. Fiquem certos de que sua esperança de serem a luz-guia da sociedade é inócua, pois seu pensamento há muito deixou de refletir as condições sobre as quais sofismam."
ALEXANDRE ZACARIAS IGNÁCIO PEREIRA (Rio de Janeiro, RJ)

Voto
"Perfeita a colocação de Nelson Motta sobre o voto obrigatório (Opinião, 2/3). Se nenhum candidato conseguir convencer o eleitor a confiar-lhe o voto, ele deve ficar em casa e pronto. Obrigatório deveria ser o parlamentar cumprir seu mandato trabalhando, comparecendo a todas as sessões, não se envolvendo em maracutaias, não recebendo mensalões nem vantagens descabidas e indevidas. Obrigatória deveria ser a coragem dos deputados e senadores de cassarem seus pares que não honram seus mandatos. Obrigatório deveria ser nenhum representante eleito pelo povo se valer da "impunidade parlamentar" para encobrir seus crimes. Só que tudo isso teria de ser aprovado pelos próprios deputados e senadores, que nunca se sentiram nem nunca se sentirão obrigados com os eleitores."
JOSUÉ LUIZ HENTZ (São João da Boa Vista, SP)

ICMS
"A Associação Comercial de São Paulo esclarece que o comentário de Emílio Alfieri ("Consumidor não é fiscal, diz Associação Comercial de SP", 3/3) não é a opinião da entidade, e sim a manifestação do economista. A posição oficial da ACSP, após ouvidos os órgãos diretivos da entidade, é representada exclusivamente por seu presidente."
GUILHERME AFIF DOMINGOS , presidente da Associação Comercial de São Paulo (São Paulo,SP)

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