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São Paulo, sexta-feira, 04 de abril de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Guerra
"A vinheta "Ataque do império" adotada pela Folha é correta e precisa, pois uma potência militar fez uma invasão desrespeitando a ONU e o direito internacional e está matando centenas (milhares?) de civis com armas de destruição em massa (ou será que se pode chamar de outra maneira as bombas de fragmentação e demais equipamentos "cirúrgicos" norte-americanos?)."
Mário Poloni (São Paulo, SP)

 

"Não sendo árabe, muçulmano, islâmico, fanático de qualquer espécie, terrorista, homem-bomba, admirador de "Sattan" Hussein nem totalmente néscio, receber e ler o parcial exemplar da Folha tornou-se extremamente desagradável. É insuportável o tendencioso e cansativo refrão "Ataque do império", bem como as tolas e insistentes manchetes emocionais e fotos que mostram criancinhas queimadas, como se não estivéssemos fartos de saber que, em guerras, civis, infelizmente, morrem mesmo."
Fausto Leistner (São Paulo, SP)

 

"Realmente a Folha deveria mudar a vinheta "Ataque do império". Mudar para "Carnificina do império". Não dá para acreditar que um homem que se diz cristão promova a mortandade de seres que são o "próximo, que deveria ser amado como a si mesmo". O mais aterrador é que o povo americano, que lê a Bíblia, apóie essa barbárie."
Raul Coury (Piracicaba, SP)


Previdência
"No artigo "Os fetiches do PLP 9" ("Tendências/Debates", 2/4), o ministro Ricardo Berzoini defende a criação de fundos de pensão para os servidores públicos como uma iniciativa importante que seria do interesse dos trabalhadores. Entretanto, comparando a situação existente hoje com essa futura defendida pelo ministro, irão perder não só os servidores públicos como também a União, os Estados e os municípios. Hoje, a contribuição desses entes estatais ocorre na forma da cobertura da diferença entre o que é arrecadado dos servidores na ativa e o montante necessário para a cobertura das aposentadorias. Ou seja, a obrigação do Estado é posterior à aposentadoria. O ministro quer que a contribuição do Estado seja antecipada para a capitalização dos fundos de pensão. O Estado vai perder por essa antecipação e os servidores também, porque vão pagar até 15% pela administração desses fundos -correndo ainda o risco de haver uma má administração, o que pode inviabilizar a complementação esperada. Para o servidor, é melhor a garantia legal que terá a sua aposentadoria assegurada desde que cumpra os requisitos estabelecidos. O Estado precisa fazer os ajustes necessários, estabelecendo um teto e outras condições que viabilizem o pagamento dos ativos e inativos."
Daguzan Cardoso Dias (São Paulo, SP)


PT
"Muito se pergunta por que o PT vota a favor de medidas às quais antes tinha posição contrária. Tenho minha explicação. 1º) O PT ganhou a eleição em 2002 -e não em 89, nem em 94, nem em 98- porque o povo quis assim. 2º) O PT avisou em 2002, meses antes do primeiro turno, que seria a favor das reformas e que priorizaria o controle da inflação. Seus adversários tentavam convencer a população de que isso era só propaganda eleitoral -e a mídia elogiava a "mudança" do PT. 3º) Nas eleições anteriores, o PT se havia posicionado contra as reformas e contra o Plano Real. Os deputados eleitos pelo PT defenderam, portanto, o que o partido havia prometido, representando, assim, corretamente seus eleitores. Eu gostaria que o PT tivesse ganhado com a antiga proposta, mas o povo não quis assim."
Alex Henne (Cotia, SP)

 

"Realmente, aquela máxima que diz que "mudam os governantes, mas ficam as velhas práticas políticas" é, sem sombra de dúvida, verdadeira. O que o país está vendo, estarrecido, nos últimos meses, é o renascimento da velha política do "toma lá, dá cá". Ou seja, o governo do PT, visando obter maioria no Congresso Nacional para aprovar os seus projetos, vem sistematicamente promovendo o loteamento de cargos no primeiro, no segundo e no terceiro escalões da máquina federal. E qual foi um dos fortes motivos para o povo brasileiro depositar tanta esperança e votos no governo do PT? Salvo engano, foi justamente a certeza de que, no cenário político, veríamos o surgimento de novas e melhores práticas políticas de modo que voltássemos a acreditar que era possível fazer política com ética e idealismo, e não com comercialização de cargos e verbas."
Floro Sant'ana de Andrade Neto (Maceió, AL)


Desastre
"O desastre ecológico no rio Pomba é um alerta sobre a dimensão do problema que envolve a questão dos resíduos produzidos pela indústria nacional. Se, há dez anos, essa indústria acumulava sua poluição naqueles tanques, quantas outras indústrias de papel e de celulose fazem o mesmo? E, se não fazem, o que fazem de seus rejeitos? Lançam em doses homeopáticas nos nossos rios?"
Paulo Cezar Tosin (Curitiba, PR)


Triste farra
"Aproxima-se a Semana Santa e, com ela, a tristemente famosa farra do boi. Essa festa, além de ser um festival de tortura, promove o embrutecimento do ser humano. Como podemos deixar que crianças participem de tal aberração? Ensinamos a elas, por meio da farra, a se aproveitarem de um ser indefeso, a infligirem a ele todo tipo de tortura e a serem sádicas. O que acontece com os animais submetidos à farra? Ainda vivos, eles têm os seus olhos furados, as suas patas serradas e os seus corpos cortados e espancados. É difícil imaginar que uma pessoa em são juízo tolere uma coisa assim. Pedimos às autoridades que ajam em defesa não só dos animais indefesos mas principalmente das pessoas inocentes que são levadas a praticar tais brutalidades em nome da tradição ou da cultura açoriana."
Renata Grotta e Silvia Stafforini, diretoras da associação Arca de São Francisco (São Carlos, SP)


Papel
"A propósito da nota "Conta verde", publicada na coluna "Painel S.A." em 20/3 (Dinheiro, pág. B2), gostaria de esclarecer que a indústria brasileira de celulose e papel se orgulha de não utilizar nenhuma árvore nativa para fabricar os seus produtos. A madeira que nossas empresas utilizam provém exclusivamente de eucaliptos e pinus de florestas industriais plantadas com essa finalidade. É por essa razão que o papel e o papel-cartão de nossas fábricas reúnem três características fundamentais para a sustentabilidade ambiental: são recicláveis e reciclados, são rapidamente biodegradáveis e são produzidos a partir de matéria-prima natural e renovável."
Mario Higino N.M. Leonel , diretor-executivo da Bracelpa -Associação Brasileira de Celulose e Papel (São Paulo, SP)


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