São Paulo, terça-feira, 04 de julho de 2000


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PAINEL DO LEITOR

Verba para a saúde
"Vez ou outra, vêem-se os membros da administração pública usarem o bom senso. Falo da aprovação, pelo Senado, do projeto de emenda constitucional que vinculará parcela do Orçamento da União, Estados e municípios para a área da saúde. Trata-se de uma situação animadora, mas que revela o quão é ineficiente o Executivo brasileiro. É incabível a necessidade de uma emenda para que o investimento em saúde seja concretizado. Há países, como a Inglaterra, em que a Constituição é não-escrita, costumeira, mas respeitada. A nossa Carta já prevê o investimento em saúde, previsão ignorada pela maioria dos políticos. Pena que a emenda não passará de "letra morta" se nossos representantes não mudarem a praxe de somente olharem para o próprio umbigo."
Marcos Salati, e-mail: optimus@netsite.com.br (Jaú, SP)

Sem verba para tudo
"O ideal era que todos os que desviaram dinheiro público na obra superfaturada do TRT de São Paulo ficassem presos na mesma cela para refletirem que o crime não compensa. Na minha opinião, esse pessoal deveria passar o resto de seus dias na cadeia. O que fizeram é imperdoável, visto que a verba que desviaram poderia ser destinada a tanta gente carente neste pobre país."
Francisco Martins Borges (Campinas, SP)

Posição controversa
"O padre Valeriano Paitoni não só defende o uso do preservativo, mas defende o direito de as pessoas exercerem a sexualidade com liberdade e responsabilidade e sem culpa. Mostra que nossa prática de cristãos/ãs tem que ser a partir da vida concreta das pessoas. Não podemos nos calar quando algumas pessoas, com visão conservadora, afirmam que o preservativo tem eficiência baixa: isso é faltar com a verdade. Ele ainda é a forma mais segura de evitar várias doenças graves além da Aids. Quero expressar o meu apoio e solidariedade ao padre Valeriano e a todas as pessoas católicas que têm a coragem de mostrar outras formas, também válidas, de viver a fé e a religião."
Dulcelina Xavier Secoli (São Paulo, SP)

"O padre Valeriano Paitoni não sabe por que é "padre". Em sua entrevista, diz que não basta pregar os valores do reino de Deus. Se ele não prega os valores de Deus, vai pregar o quê? Os valores do homem? É um pobre coitado que precisa conhecer a Bíblia. O povo que é de Deus não trai e não é infiel, por isso não é preciso usar a tal camisinha, mas, se for pecar, deve usá-la. Essa é a questão."
Maria de Fátima Pires Cunha (Maringá, PR)

Coincidências
"Ora são as testemunhas que deixam desprotegidas para serem assassinadas e, assim, desencorajarem outras de abrir o bico na CPI do Narcotráfico, ora surgem declarações de que as Forças Armadas não devem ajudar no restabelecimento da ordem ou no combate ao narcotráfico das fronteiras, ora as ciumadas de autoridades terminam deixando à vontade os criminosos, ora se providencia o desarmamento da população para ficar mais fácil a atuação dos fora-da-lei, ora se sucateia a Força Aérea para que os céus fiquem livres para a entrada e saída dos aviões que contrabandeiam e traficam."
Alcindo Noleto Rodrigues (Brasília, DF)

Tratamento
"Uma barbárie o que constata a reportagem da Folha sobre o tratamento de doentes mentais em alguns hospitais brasileiros. É louvável o esforço da Câmara dos Deputados para apurar denúncias de tal procedência e importante que as instituições faltantes sejam fechadas ou regulamentadas. O uso de instrumentos de tortura nos pacientes é algo hediondo e assustador."
Flávio Frazão Gevieski, e-mail: ffgevieski@bol.com.br (São Paulo, SP)

Universidades
"O escritor Rubem Alves, em seu texto "Picolépolis" ("Tendências/Debates", 25/6), comete, a meu ver, alguns equívocos. Quando diz "as universidades vendem chaves...", por exemplo. O que vai diferenciar os egressos das universidades no mercado de trabalho é o esforço próprio. A "chave", do autor, pode até abrir portas, mas não garante a permanência. Outro ponto de discordância é quando ele diz: "Motorista de táxi em Nova York, doutor em física pelo MIT". Já vi casos idênticos em outros países, inclusive no Brasil. Todos tinham alguns colegas de turma trabalhando na área escolhida, o que prova que a dedicação e o empenho são responsabilidades individuais e não podem ser imputadas às universidades. Por fim, quando diz "fundar faculdade é uma opção esperta e garantida", o autor ratifica sua ira contra quem investe em educação. Sua visão obtusa não o permite enxergar além dos limites da universidade pública, de onde é oriundo."
Milton Linhares, vice-reitor da Uniban -Universidade Bandeirante de São Paulo (São Paulo, SP)

"O artigo do prof. Rubem Alves ressalta bem um fator que vem contribuindo muito para a desmoralização da educação e dos professores em nosso país. Os estudantes, seus pais e, por extensão, os políticos que os representam estão acostumados, há muito, a considerar que escola é uma creche para adolescentes, na qual, se tudo correr bem, eles se manterão ocupados e obterão um diploma. Assim, poucos se importam com a qualidade do ensino e com o que as escolas dos vários níveis significam para o país. Enquanto o povo brasileiro não se conscientizar de que as escolas são mais que creches para crianças crescidas, os professores continuarão a ser esmagados e as escolas continuarão a ser destruídas por governantes insensíveis. Não é só com prédios e equipamentos "inauguráveis" que se faz um ensino de boa qualidade! Os "recursos humanos" são fundamentais."
Carlos Brisola Marcondes (Florianópolis, SC)

Imagem zelosa
"Moro no Rio e sou paulista. Orgulho-me disso, apesar de tantos motivos para sentir vergonha atualmente. Protesto contra o tratamento que a Folha vem dando à imagem do governador Mário Covas (sem julgamento de seu mérito ou demérito). A foto da edição de 1º de julho em Cotidiano é profundamente desrespeitosa e nada tem a ver com a notícia que ilustra. Este jornal, que deveria trabalhar a favor do Estado de São Paulo, não pode ridicularizar a imagem de seu governador."
Maria Olívia Zílio Novaes, e-mail: jpnovaes@rj.sol.com.br(Rio de Janeiro, RJ)

Útil a todos
"Acho que o estudo ou aperfeiçoamento da língua portuguesa deveria ser constante, porque ela é indispensável a todos os segmentos da nossa sociedade. Nossa língua está sempre em evidência em nosso meio. No entanto, aliada principalmente às pessoas que precisam (ou por vocação) escrever corretamente."
Guerino Soratto (Limeira, SP)



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