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São Paulo, sábado, 04 de outubro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Edward Said
"O artigo do sr. Nelson Ascher publicado na Folha em 29/9 ("Edward Said -1935-2003'), a pretexto de comentar a morte de Edward Said, é uma ofensa a todos os que alimentam, como fez o intelectual palestino durante toda a sua vida, a esperança de ver israelenses e palestinos conviverem em paz, com justiça. O escrito é uma baixeza deliberada e covarde, que merece repúdio, e não resposta." Antonio Candido, José e Guita Mindlin, Francisco de Oliveira, Arnaldo Antunes, Celso Furtado, Roberto Schwarz, Marilena Chauí, Emir Sader, Raduan Nassar, Ruy Fausto, Milton Hatoum, Paulo Arantes, Davi Arrigucci Jr., Fábio Konder Comparato, Fernando Novaes, João Manuel Cardoso de Mello, Anna Mariani, Monique Gardemberg, Jacob Gorender, Renina Katz, Liana Aureliano, Ricardo Antunes, Luiz Gonzaga Belluzzo, Paulo Sergio Pinheiro, Carlos Nelson Coutinho, Maria Victoria Benevides, Flávio Aguiar, Ana Luisa Escorel, Francisco Foot Hardman, Maria Rita Kehl e mais 152 assinaturas (São Paulo, SP)

Amazônia
"Gostaria de prestar alguns esclarecimentos em relação à reportagem "Tartaruga e tambaqui criam renda no Pará" (Ciência, 27/9). 1) O PDA tem como objetivo principal apoiar projetos inovadores de manejo sustentável dos recursos naturais na Amazônia e na mata atlântica a partir do envolvimento das comunidades locais (ribeirinhos, extrativistas, indígenas, agricultores, pescadores artesanais), visando gerar conhecimentos que possam incidir sobre as políticas públicas estaduais e regionais que objetivem a melhoria da qualidade ambiental, social e econômica dessas populações. 2) Com o Banco do Brasil e com apoio dos países doadores, adotou um mecanismo inovador, flexível e de baixo custo para implementar o projeto. 3) Em oitos anos de execução, financiou 188 projetos (144 na Amazônia e 44 na mata atlântica), envolvendo aproximadamente US$ 22,1 milhões. Tais recursos, de doação, são provenientes da cooperação com países como a Alemanha, por meio do KfW, e a França (Fundo Francês para o Meio Ambiente) e a Comunidade Européia. Os projetos foram apresentados pelas comunidades locais das duas regiões de abrangência do subprograma. 4) Estudos realizados sobre os projetos apoiados pelo PDA na Amazônia e na mata atlântica, alguns dos quais por consultores independentes (vide o "PDA Cinco Anos: uma Trajetória Pioneira -Estudo da Amazônia - versão preliminar - e Estudo da Mata Atlântica), indicam, entre outras coisas, que os investimentos redundaram em benefícios sociais, econômicos e ambientais, tais como: fortalecimento das organizações sociais, aumento do nível de conscientização ambiental com redução do uso de agrotóxico nas propriedades, incremento na renda proveniente da diversificação da produção ocasionada pela implantação de sistemas agroflorestais e recuperação de áreas degradadas, entre outros. 4) Esclareço, por fim, que os referidos estudos se encontram disponíveis para consulta na Secretaria Técnica do PDA, em Brasília, assim como está disponível o acervo de experiências geradas nos projetos pelas populações locais da Amazônia e da mata atlântica para a preservação das nossas florestas com apoio do governo brasileiro em cooperação com organismos internacionais."
Jorg Zimmermann, secretário técnico do PDA -Ministério do Meio Ambiente (Brasília, DF)

TV
"A respeito de nota "Record terá 2ª novela e flerta com Disney" (Ilustrada, 1º/ 10), a Central Globo de Comunicação esclarece que, ao contrário do que está publicado, a TV Globo não tem nenhum interesse em negociar o referido pacote de filmes da Disney."
Luis Erlanger, diretor da Central Globo de Comunicação (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do jornalista Daniel Castro - Globo e Disney tiveram diversas ro- dadas de negociações para uma eventual parceria. Em abril, o diretor de programação da Globo, Roberto Buzzoni, tratou do assunto em reuniões com executivos da Disney em feira de televisão em Cannes (França).


Idoso
"O Estatuto do Idoso falhou pelo menos em um ponto de máxima importância. Será que ninguém pensou no aposentado recente que possuía plano de saúde coberto por sua empresa? Sabem qual o preço inicial de um plano para alguém com mais de 60 anos e que só agora tem necessidade de assumi-lo com rendimentos de aposentado? Ao aposentado que não tinha plano anterior (mínimo de dez anos) só restou o caminho da Previdência, o que é uma lástima."
Flávio de Araújo (Presidente Prudente, SP)

Tradução
"Fomos surpreendidos pela publicação na coluna "Mônica Bergamo" (Ilustrada, pág. E2, 29/9) da entrevista com a bibliotecária Sandra Martins Rosa, que acusa erros de tradução e de revisão em "Vivendo a História", de Hillary Randhon Clinton, livro que lançamos no Brasil em agosto passado. Nossa surpresa decorre, em primeiro lugar, da publicação da entrevista sem que a outra parte pudesse ter se defendido -regra elementar do jornalismo-, ainda que a reportagem tivesse os telefones dos tradutores Cid Knipel e Domingos Demasi, fornecidos por nós. Da maneira como foi apresentado no jornal, o depoimento de Sandra Martins Rosa não oferece ao leitor a menor possibilidade de duvidar ou mesmo de relativizar os reparos da bibliotecária. Em segundo lugar, surpreendeu-nos que a reportagem da coluna tenha preferido confiar exclusivamente nas palavras da entrevistada, que, até o momento, não nos enviou a lista com os erros que teria encontrado em nossa edição. Por meio do site da Editora Globo, não nos foi enviada nenhuma correspondência de Sandra Martins Rosa. Mas ela não precisaria se servir desse expediente, uma vez que possui o e-mail de Alexandra Pereira Lima, nossa assistente editorial, que a atendeu por telefone quando nos procurou com as queixas. Sugerimos à bibliotecária que anotasse os reparos em seu próprio exemplar. Esses reparos, se pertinentes, seriam devidamente incorporados à próxima reimpressão do livro, da qual a entrevistada receberia um exemplar. Esse procedimento seria apenas uma forma de poupar trabalho à bibliotecária e ressarci-la do prejuízo do qual ela se considerava vítima. No entanto, conforme seu relato à Folha, Sandra Martins Rosa limitou-se a declarar-se incompreendida por nós e preferiu tornar pública a denúncia de seus "muitos" reparos antes mesmo que a Editora Globo pudesse avaliar a dimensão e a pertinência deles. Cumpre registrar que a Editora Globo não se exime de eventuais erros em suas edições e que está sempre aberta a críticas e sugestões. O que a Globo não pode admitir é que seus títulos sejam depreciados publicamente sem a menor possibilidade de defesa."
Claudia Abeling, editora da Editora Globo (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Sérgio Dávila, editor interino da coluna "Mônica Bergamo" - A editora foi ouvida pela reportagem e sua resposta foi publicada no segundo parágrafo do texto.


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