São Paulo, quinta-feira, 04 de dezembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Criacionismo
"Como ex-aluno do Mackenzie, formado em biologia, demonstro a minha vergonha, indignação e tristeza perante essa atitude retrógrada e obscurantista da Universidade Mackenzie ("Criacionismo no Mackenzie", Mais!, 30/11).
Venho, há alguns anos, com mais um amigo, ministrando um curso sobre o tema "Evolução" naquela universidade, onde sempre tivemos algum problema, mas nunca nos foi vetada a participação.
Espero que a próxima atitude do Mackenzie não seja proibir o nosso curso, que sempre teve como objetivo elucidar e explicar de maneira clara a tão fascinante origem da diversidade na Terra."
PAULO MIRANDA NASCIMENTO, paleontólogo do Museu de Zoologia da USP (São Paulo, SP)

 

"Os ditos criacionistas procuram a todo tempo colocar a evolução das espécies como se fosse uma ideologia ou facção religiosa.
É o que pretendeu o leitor Nivaldo de Oliveira hoje no "Painel do Leitor" de ontem.
Dizer que a Teoria da Evolução nunca foi provada é desconhecimento científico. A inicialmente "hipótese" e "teoria" evolutiva, hoje reiterada e arquicomprovada, é o tripé da biologia moderna, ensinada nos quatro cantos do mundo, porque tanto a genética quanto a bioquímica se entrelaçam com a evolução das espécies com uma harmonia sem precedentes em nenhuma outra ciência.
Se isso não é comprovação, peço ao caro leitor que me apresente um fóssil de coelho do Cambriano, quando então passarei a desconsiderar o senhor Charles Darwin como o maior de todos os cientistas que já passou por este planeta."
HERCULANO KELLES, médico (Belo Horizonte, MG)

De cinco em cinco
"Concordo plenamente com o jornalista Fernando Rodrigues ("Uma empulhação no Congresso", Opinião, ontem) e chamo a atenção dos cidadãos para ficarmos atentos ao assunto.
Há no Congresso a idéia de juntar todas as eleições na mesma data. E mais: aumentar o mandato de todos para cinco anos.
Com o país precisando tanto dos trabalhos parlamentares, eles pensam que vão nos embrulhar com essa "nova".
Na democracia, quanto mais se vota, mais robusta ela fica."
MAURÍCIO GALAN (Curitiba, PR)

Advogados e poetas
"Dentro do princípio republicano, quero tentar reduzir a algo mais simples a discussão sobre liberar os advogados do rodízio: há algo que os impeça de andar de ônibus ou de metrô, como qualquer cidadão?
Achei também curiosa a justificativa da lei (nas palavras do chefe-de-gabinete do vereador Estima, Renato Figueiredo): "Assim como o médico cuida do corpo da pessoa, o advogado cuida da alma". Pois então vamos liberar do rodízio os clérigos e os poetas.
Os proponentes desse projeto deveriam rever seus conceitos de cidadania e, por conseqüência, de justiça social."
FERNANDO GUIMARÃES RODRIGUES, cientista social (São Paulo, SP)

Caso Eloá
"Parabenizo o Ministério Público Federal pela justa multa aplicada sobre a RedeTV por expor menores seqüestrados, como a jovem Eloá, sem nenhum alvará judicial, respeito e ética nas entrevistas grotescas do programa "A Tarde É Sua", de Sônia Abrão.
Há muito tempo este e outros programas de "entretenimento" vêm apelando para sensacionalismos que exploram a desgraça humana e afrontam toda a sociedade. Buscar audiência a qualquer custo, sem ética, sem responsabilidade social e sem humanismo é inadmissível."
JOEL RENNÓ JÚNIOR, coordenador-geral do Projeto de Atenção à Saúde Mental da Mulher do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (São Paulo, SP)

Padrão Osesp
"Em relação à coluna de Marcos Nobre de 2/12 ("Padrão Osesp"), gostaria de fazer dois comentários: 1) Investir seriamente e com responsabilidade em cultura não exime o Estado do dever de investir em "escola e padrões de vida minimamente decentes para toda a população". Não são opções excludentes. 2) A nova São Paulo Companhia de Dança faz muito bem em mesclar coreografias históricas com obras contemporâneas. Abordar coreografias antigas não tem nada a ver com a ilusão de reconstituir algo "como realmente foi", mas, sim, apreender os clássicos. Quanto à obra contemporânea, creio que há mais "lugares-comuns" na afirmação do "fim das vanguardas e das utopias" do que naquilo que o autor chama de "dança contemporânea em forma de exercício"."
NELSON RUBENS KUNZE, editor da revista "Concerto" (São Paulo, SP)

COB
"Sobre a reportagem "Nuzman foge de crítico em audiência no Senado" (Esporte, ontem), informo que o presidente do COB não pôde ficar até o final da audiência pública em virtude de um compromisso anteriormente agendado em Brasília. Essa necessidade foi informada na véspera da audiência ao presidente da comissão, senador Cristovam Buarque. Ao abrir a audiência, o senador informou que o presidente do COB não poderia permanecer até o final.
Após a saída de Nuzman, por indicação do COB, o superintendente-executivo de esporte, Marcus Vinícius Freire, compôs a mesa.
O COB reitera a importância da audiência e o trabalho da Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado, a quem está permanentemente à disposição, bem como ao Senado Federal e à Câmara dos Deputados."
CLÁUDIO MOTTA, assessoria de imprensa do COB (Rio de Janeiro, RJ)

"Tribuna da Imprensa"
"Solicito retificação da informação veiculada ontem dando conta de que esta histórica e combativa "Tribuna" vende "800 exemplares por dia" (Brasil).
Informo que a circulação da "Tribuna" é nacional e que, em média, são vendidos 50 mil exemplares diariamente, com encalhe perto do zero. Há dias em que chegamos a tirar 80 mil, somando a segunda edição, de acordo com informações de colegas do Departamento de Circulação.
Cabe acrescentar a enorme audiência da página da "Tribuna" na internet."
MARCIO GOMES, subeditor da "Tribuna da Imprensa" (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do jornalista André Zahar - A "Tribuna da Imprensa" não tem números de vendagem auditados pelo IVC (Instituto Verificador de Circulação).
A informação de que vende 800 exemplares por dia foi divulgada pelo Sindicato de Jornalistas do Município do Rio de Janeiro.

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