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São Paulo, quarta-feira, 05 de março de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Guerra
"Enquanto persistirem as ameaças de guerra dos EUA contra o Iraque é necessário que continuem as ações dos povos do mundo em favor da paz. A maior parte dos países do mundo, inclusive o Vaticano, está a favor de uma saída pacífica para a questão iraquiana. Mesmo em países cujos governos são "capachos" do imperialismo norte-americano o povo se manifesta contra a guerra. O imperialismo norte-americano está sedento por hegemonia, por petróleo e por outros recursos que pretendem surrupiar de outros países. A mídia deveria desmascarar as verdadeiras intensões do imperialismo. Deveria mostrar que, por detrás das palavras "democracia" e "liberdade", tão apregoadas pelo governo norte-americano, estão interesses ocultos. Se os EUA fossem mesmo os campeões da liberdade e da democracia não apoiariam uma série de governos autoritários pelo mundo afora, até mesmo no mundo árabe. Não se justifica nenhuma guerra contra o Iraque. O Brasil não tem nada a ganhar com uma guerra no Iraque, mas terá muito a perder."
José Lourenço Cindra (Guaratinguetá, SP)

"Desemprego Zero"
"Gostaria de sugerir ao governo Lula para trocar o demagógico Fome Zero pelo eficiente "Desemprego Zero". Como? Dando incentivos ao pequeno e ao microempresário para que contratem pelo menos um novo funcionário, direcionando recursos para o pequeno e microagricultor, abrindo frentes de trabalho nos setores ligados à exportação, rodovias e portos, firmando acordos internacionais para que países de Primeiro Mundo comprem a produção oriunda do "Desemprego Zero", fazendo uma rápida e eficiente distribuição de terras e divulgação de técnicas agrícolas. Isso sim seria uma verdadeira revolução social e democrata, que traria progresso econômico para o Norte e Nordeste e faria de Lula o estadista tão almejado por todos."
Rubenal Hermano Santos (São Paulo, SP)

Hospitais
"É preciso endossar cada palavra do professor Giovanni Guido Cerri no artigo "Uma nova política para os HUs" ("Tendências/Debates", pág. A3, 2/3). A situação dos hospitais universitários das universidades públicas, federais ou estaduais, beira o colapso. O Hospital das Clínicas da Unicamp, por exemplo, que atende uma população superior a 5 milhões de pessoas, é referência não somente para a região metropolitana de Campinas mas para inúmeras cidades de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e outros Estados. Essa população muitas vezes tem no HC da Unicamp o único caminho para seu tratamento médico. O custeio de um hospital como o HC da Unicamp, que atende exclusivamente pelo SUS, é enormemente prejudicado pelo teto estabelecido -que limita o pagamento mesmo que um número maior de procedimentos seja realizado. Dessa forma, o investimento em infra-estrutura nunca é possível, e o sucateamento desse patrimônio público é inexorável. O governo federal precisa ser sensível e tratar com urgência essa questão, pois ela permeia o ensino de graduação e a residência médica, que são os formadores dos profissionais que vão cuidar da saúde de todos nós."
Lilian Tereza Lavras Costallat, diretora da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e presidente do Conselho de Administração do HC-Unicamp (Campinas, SP)

Oposição
"Ao ler a reportagem "Lula é pressionado a ter plano "B" econômico" (Brasil, pág. A9, 2/3) é inevitável que se chegue à conclusão de que PT errou ao lutar pela Presidência. O partido atuava melhor na oposição. Aliás, a conclusão é corroborada pela atuação do partido na Prefeitura de São Paulo."
Mario Ladosky (Bragança Paulista, SP)

Cultura
"A secretária de Cultura de São Paulo não fez de fato um discurso inovador nem pessoal em seu artigo de 23/2 na pág. A3 ("Fome de quê?'). Ela apenas dividiu com a massa de leitores uma preocupação que é de todo brasileiro consciente. Nossa fome tem de ser zero, sim. E, acima de tudo, tem de ser fome zero em informação, que está nos livros, que estão nas bibliotecas. Como é possível que uma mulher não coma melancia por estar menstruada? ("Guaribas e Acauã têm déficit de proteína", Brasil, pág. A6, 4/3). Como é possível não comer fruta-do-conde por acreditar que seja fruta reimosa [que prejudica o sangue"? E por aí vai, com mães parindo solitariamente pelo sertão ou com o auxílio de parteiras improvisadas, que curam os umbigos dos recém-chegados com o sarro dos seus cachimbos, com a fuligem do fogão a lenha ou com outras "sabedorias". Fome de comida e fome de informação não são igualmente agudas? Urgente! Comida e livros para todos! Só assim teremos o Brasil com que sonhamos."
Marfísia P.S. Lancellotti (São Paulo, SP)

Olimpíada
"Se o Rio de Janeiro não tem dinheiro para construir um presídio de segurança máxima, como pode ter dinheiro para candidatar-se a sede das Olimpíadas de 2012? Este país é uma piada. Com toda a violência e a pobreza que há por aqui, Rio de Janeiro e São Paulo querem se candidatar a receber as Olimpíadas. E o pior é que existem políticos que aprovam essas candidaturas. Será que pensam que essa imagem negativa não está sendo mostrada ao mundo todo?"
Cláudia Aparecida Rizetti (São Paulo, SP)

Território federal
"A cidade do Rio de Janeiro, por ser uma espécie de "caixa de ressonância" do Brasil, infelizmente acelera em todo o país a metástase desse verdadeiro tumor de corrupção e violência que o narcotráfico internacional nela instalou. Já está mais do que claro que, a esta altura, o remédio da simples intervenção federal não funciona mais. A única solução agora é a transformação da cidade do Rio de Janeiro em território federal ou em município neutro, sob controle direto e total do governo federal brasileiro. O governo federal, com o seu poder político, é o único que talvez ainda esteja à altura do poder do crime organizado internacional do narcotráfico, que domina há tempos uma parcela expressiva do território e da sociedade da Colômbia."
Fernando Salinas Lacorte (Rio de Janeiro, RJ)

Pedágio
"Ao entregar a pista descendente da Imigrantes, em dezembro passado, a Ecovias aumentou o preço do pedágio de R$ 6,60 para R$ 9,60. Justificou esse assalto ao bolso do usuário com a grandiosidade da obra e o conforto por ela proporcionado. Pois bem, no dia 23/2, domingo, após pagar o escorchante preço de R$ 9,60 no pedágio da Imigrantes, fui impedido de descer a serra pela nova pista e fui obrigado a fazer a descida pela horrorosa Anchieta, que já tem meio século de construção. Seja qual for o motivo do fechamento da pista descendente da Imigrantes, a Ecovias cobrou pelo uso de uma pista que não estava à disposição do usuário. Cobrou por um conforto do qual o motorista não desfrutou. Nessas situações, a empresa deveria cobrar os usuais R$ 6,60."
Lauro Alberghini (São Carlos, SP)


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