São Paulo, segunda-feira, 05 de março de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Greves
"Leio que o governo pensa em definir regras para greves de servidores públicos. Trata-se de mais uma imensa bobagem deste governo. Aprendemos com o próprio Lula, a CUT e o PT dos bons tempos que lei nenhuma segura trabalhador injustiçado e disposto a brigar. Não seria razoável pensar em definir regras para impedir a ocorrência destas greves? Não seria mais racional e justo recuperar a dignidade dos servidores públicos deste país, concedendo-lhes as revisões salariais previstas na Constituição?"
CLARILTON RIBAS , professor-doutor da Universidade Federal de Santa Catarina (Florianópolis, SC)
 

"O governo Lula age racionalmente ao querer proibir greves em setores essenciais de atendimento para a população. É inadmissível as paralisações que ocorrem nos setores da saúde, da educação e dos transportes. Os principais prejudicados são os mais pobres, que dependem exclusivamente desses setores para sobreviver. As centrais sindicais precisam aprender que movimentos e manifestações que não possuem o apoio da população tendem ao fracasso e à derrota política."
PEDRO VALENTIM (Bauru,SP)
 

"A cada notícia Lula se supera. O ex-sindicalista acha que há "abusos em greves", mas pelo jeito não acha nada sobre os abusos que ocorrem dentro de seu governo. Pergunto-me quais interesses estão mantendo o sr. Luiz Inácio no poder, pois certamente não são os interesses do povo brasileiro."
MARIA AUGUSTA BAPTISTA (Curitiba, PR)

Índios
"Sobre a morte dos indígenas por desnutrição e declarações de que o índice de alcoolismo entre esta população é enorme etc., fico pensando para que serve tanta terra se eles dependem das cestas de alimentação do governo para sobreviver, se eles não plantam, não caçam e ainda comercializam madeira de áreas de preservação? Onde estão os programas governamentais (e de tantos governos!) que deveriam ter acompanhado as demarcações de tão cobiçadas terras?"
IZABEL CRISTINA VIOLA (Jacareí, SP)

Exército
"Imoral e injusta a decisão da Justiça Federal autorizando o Exército brasileiro a despejar 32 famílias que vivem há décadas na aldeia de Imbuhi, em Niterói (RJ). O argumento dos militares de que se trata de "área de segurança nacional" não convence ninguém. O Exército instalou um hotel para o veraneio de seus oficiais e quer expulsar do local famílias de pescadores que descendem dos pioneiros que lá chegaram. Os militares, que tantos males já causaram na história recente do nosso país, deveriam se recolher à caserna e deixar os pescadores viverem em paz."
RENATO KHAIR , defensor público (São Paulo, SP)

Violência
"O texto "Dizer o Indizível" (Mais!, 4/3), do professor Renato Janine Ribeiro, é um retrato fiel de um Brasil em estado de guerra. Esgotados os caminhos legais, jurídicos, políticos e sociais, não podemos sentar e esperar pela próxima vítima. Precisamos de coragem para admitir que, neste momento, diante da "desimportância" do clamor popular e da inoperância do Estado, punir e reprimir são forças infinitamente anteriores aos direitos humanos daqueles que, hoje, matam quase por prazer. Assassinatos não podem ser encarados com normalidade, portanto, e até por isso, exigem uma resposta fora de padrão, ousada, para que se restabeleça o estado de direito. Talvez, ao tentar dizer o indizível, Ribeiro esteja apenas indignado, perplexo, como todos nós."
RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói,RJ)

 

"O filósofo Renato Janine Ribeiro está enganado. Ele não deveria ter atribuído os seus sentimentos íntimos aos outros. Diante do horror dos crimes cotidianos, mortes de bóias-frias por exaustão, crimes hediondos, balas perdidas que tiram vidas, incêndios de índios, trabalho precário etc., eu fico triste, às vezes deprimido. Infelizmente nós estamos muito longe das promessas de modernidade, igualdade, fraternidade e liberdade para todos. Não tenho dúvidas, a pena de morte não será a solução."
FELIPE SILVA (São Carlos,SP)
 

"Felizmente nenhum país declarou guerra ao Brasil e nenhuma epidemia se disseminou na população. Se assim fosse, as nossas autoridades, Legislativo, Executivo e Judiciário esperariam passar o momento da comoção, isto é, acabar a guerra ou a epidemia exterminar a população para tomar alguma providência. Resolver o problema da violência no Brasil é uma emergência. Além do sofrimento das vítimas, todos os dias surgem notícias depreciativas nos noticiários internacionais citando a barbárie com a qual convivemos. É uma vergonha."
ULISES CLEMENTE VAZQUEZ (São Bernardo do Campo, SP)
 

"Foi extraordinária a abordagem do tema pelo jornalista Clóvis Rossi ("Um perigo e uma covardia", 3/3). Lamentavelmente, tal lucidez para enxergar o problema está muito longe da capacidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que nem sequer conseguiu enxergar "mensaleiros" e "sanguessugas". A nós caberá continuarmos convivendo com o perigo, com a criminalidade exaltada e com a covardia. Lamentável."
EDUARDO LOURENÇO-JORGE (São Paulo, SP)

Homossexualismo
"No artigo "Bento 16: o alargamento da razão e a caridade" ("Tendências/Debates, 27/2), o bispo-auxiliar de Salvador, João Carlos Petrini, escamoteia a verdade ao defender que "o caminho indicado pelo papa é alargar o uso da razão, levar a sério toda a extensão da experiência humana". Ao insistir que "o homossexualismo é intrinsecamente mau", o papa pisoteia a razão, referendada por todos os ramos da ciência, e desrespeita a milenar experiência humana, ambas comprovando que o amor entre pessoas do mesmo sexo (homossexualidade) é natural e universal, sempre existiu, não ameaça a extinção da espécie humana, constituindo manifestação humana tão normal e saudável quanto bissexualidade ou heterossexualidade. Intrinsecamente maus são o preconceito, a intolerância e a homofobia. Os gays e lésbicas não querem caridade, mas o respeito racional à sua humanidade integral como os demais filhos e filhas do Criador."
LUIZ MOTT , decano do Movimento Homossexual Brasileiro (Salvador, BA)

STF
"Se o STF, mesmo ferindo o princípio constitucional do direito adquirido, conseguiu impor a contribuição previdenciária aos aposentados em nome do princípio da solidariedade, por que também não assegura o processo de improbidade contra autoridades e políticos corruptos em solidariedade a milhões de brasileiros seriamente prejudicados pelos desmandos e abusos dessa elite privilegiada? Acabar com tais privilégios não seria tarefa fundamental da suprema corte?"
CECÍLIA MORICOCHI MORATO (Franca, SP)

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